O que é ansiedade?

Os sintomas fisiológicos que acontecem quando estamos diante de situações reais ou imaginárias são mecanismos de defesa que nos auxiliam no preparo para enfrentá-los.

27 OUT 2014 · Leitura: min.
O que é ansiedade?

Ansiedade são os diversos sintomas e reações fisiológicos que nós sentimos diante de situações desconhecidas, ou situações que se tornaram assustadoras após o conflito ser estabelecido.

Quando um gato está encurralado, e se sente ameaçado ele fica todo arrepiado, para parecer maior e assustador para o adversário. "Isso é uma forma de defesa". Quando nós estamos diante de uma situação conflitante, os sintomas que sentimos são "meios de defesa" que temos para nos preparar para enfrentar esses desafios.

Existem situações que são de ameaças reais e situações de ameaças imaginárias. Existem também sintomas toleráveis e sintomas intoleráveis. Dependendo da pessoa, observam-se sintomas toleráveis para situações extremamente reais, enquanto que em outra pessoa, observam-se sintomas intoleráveis para situações com ameaças irreais.

Um exemplo são pessoas que têm ansiedade generalizada. Ao saber que vai precisar pegar trem para se locomover de um local que se encontra, para outro que precisa ir, esta pessoa começa a sentir a respiração ofegante, os dedos das mãos adormecer, uma dor na região da garganta, como se tivesse alguma coisa fechando a mesma. Por vezes, os sintomas são tão intensos que esta pessoa não consegue fazer o que precisa, evitando o enfrentamento. E por vezes a pessoa enfrenta a situação e não suporta a pressão dos sintomas e desce na primeira estação que o trem parar, e outras vezes ela consegue chegar ao destino, porém, com muito sofrimento.

O que tem em um trem que circula com milhares de pessoas por dia para causar tanto pânico? Aos olhos da maioria das pessoas nada, porém, dentro do mundo imaginário de uma pessoa traumatizada por uma situação extremamente conflituosa que aconteceu dentro de um trem, muitas coisas.

Imagina uma pessoa que nunca teve uma experiência traumática, sendo bombardeada por um desencadeamento emocional, acontecendo dentro de um trem que é expresso e só tem parada garantida no seu destino final depois de uma hora. Uma coisa é certa, quando o trauma acontece em condições desfavoráveis, a crença estabelecida na cognição mental é forte como uma crença nuclear, que é formada ao longo dos anos. O impacto é tão forte, que se torna muito difícil para a pessoa entender que o problema não é o trem, mas sim o conteúdo reprimido que causou o transtorno.

Diante deste exemplo, podemos entender melhor porque as intensidades das ameaças "reais" ou "imaginárias" podem causar sintomas "toleráveis" ou "intoleráveis". Um outro exemplo é os sintomas fisiológicos sentido por uma pessoa que vai palestrar para uma grande plateia desconhecida, tais como um frio na barriga, mãos suadas, boca seca, etc. pode ser entendido de forma normal, da mesma forma, sentir esses mesmos sintomas, diante de um assaltante armado, com a arma apontada na sua direção também é normal.

Mas por que em duas situações, sendo uma com perigo real e uma com perigo irreal, os sintomas fisiológicos podem ser similares?

Em primeiro lugar podemos dizer que cada pessoa tem estabelecida em sua estrutura mental, um critério para avaliar as situações, sendo que o estado emocional de uma pessoa, em resposta aos eventos, tem intensidade diferente.

Em segundo lugar, as crenças estabelecidas em cada pessoa têm suas características próprias, como no caso da pessoa que vivenciou a situação no trem, só ela sabe como foi difícil suportar e sobreviver àquela situação.

Podemos ainda associar os sintomas e as intensidades que cada pessoa sente, com as experiências de cada uma vivenciou, e não menos importante, a personalidade de cada pessoa interfere na reação diante dos eventos.

Em outras palavras, as respostas emocionais de uma pessoa diante dos fatos vão variar de acordo com as regras estabelecidas em sua estrutura cognitiva, ou seja, somos o que esta arquivada em nossa memória como aprendizado.

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Escrito por

Waldir de Oliveira

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