Fobia dentária

Apesar dos avanços tecnológicos da odontologia moderna, o medo e a ansiedade ainda estão presentes em crianças e adultos, estabelecendo uma barreira para a atenção bucal.

25 NOV 2014 · Última alteração: 26 NOV 2014 · Leitura: min.
Fobia dentária

O cuidado com a saúde bucal é uma atividade indispensável a todos, independentemente da idade, poder aquisitivo ou escolaridade. Dentre as pessoas que buscam atendimento odontológico, alguns apresentam medo, interferindo no atendimento. Tal fobia, conhecida como odontofobia ou fobia dentária, conduz o paciente a acreditar que serão submetidos a algum procedimento intolerável durante o tratamento.

A fobia dentária induz o paciente a ter medo de sentir dor; da anestesia; dos instrumentos e equipamentos; de sangue; e dos efeitos imediatos dos procedimentos odontológicos como inchaço prolongado da boca ou bochechas, por exemplo.

Para ajudar a superar esse medo, a psicologia aplicada à odontologia traz conhecimentos teóricos e técnicos para avaliar, controlar e modificar os comportamentos que o indivíduo sofre com a fobia dentária.

Os procedimentos de intervenções por parte da psicologia podem ser utilizados em todas as áreas da odontologia, como a clínica geral ou até as especialidades, incluindo a ortodontia (especialidade que ajusta a posição dos dentes e dos ossos maxilares dispostos de forma imprópria), a periodontia (tratamento que visa à cura de processos inflamatórios e infecciosos da gengiva) e a endodontia (tratamento odontológico que visa tratar o canal dentário comprometido).

A fobia pode ter surgido a partir das primeiras experiências infantis com tratamentos odontológicos mal conduzidos, ou com os relatos dos pais sobre as próprias experiências traumáticas, ou com a ideia vendida nos programas de televisão que insistem em caricaturar os profissionais da odontologia como agressivos e sanguinários; contribuindo com o desenvolvimento de crenças disfuncionais acerca das situações de tratamento odontológico.

Dentre os tratamentos psicológicos existentes, há a modelação: que é um procedimento onde a criança assiste a um vídeo contendo cenas de outra criança que passou pelo o mesmo procedimento odontológico que ela irá passar e depois o relaxamento muscular é administrado com o intuito de suavizar a tensão muscular da criança através de estímulos mentais por meio de imagens. Já a distração, apresenta atrativos conflitantes com a tensão psicológica, como colocar o paciente para ouvir música durante todo o procedimento, por exemplo.

A estudante de Odontologia da Universidade Federal de Uberlândia, Thais Thereza Basso do Prado, orientada pela Profª DªFabiana Sodré de Oliveira através do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica PIBIC/CNPQ/UFU, está desenvolvendo um estudo com o objetivo de conhecer o tratamento odontológico sob o olhar da criança através da interpretação do desenho infantil.

Thais Prado relata que o medo da anestesia é muito presente na sua pesquisa. "Apesar dos avanços tecnológicos da odontologia moderna, o medo e a ansiedade ainda estão presentes em crianças e adultos, estabelecendo uma barreira para a atenção bucal", afirmou.

Portanto, a ajuda psicológica será de grande auxílio, pois é possível tratar fobia dentária. Entretanto, não há mágicas. Pois depende do paciente querer enfrentar gradualmente todos os pensamentos catastróficos existentes.

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