Desde criança sinto que tem algo errado comigo, me criei brincando sozinha e tinha dificuldade de fazer amigos na escola. Lembro claramente de um recreio que fiquei totalmente sozinha, olhando as crianças brincarem e ficava só contando o tempo para o recreio terminar. Sempre tive preferência por fazer tudo sozinha, adorava trabalhos individuais, até mesmo na faculdade. Sempre me senti o patinho feio da turma, desde criança e até hoje. Não gosto muito de aparecer em fotos, me sinto constrangida ao receber um elogio, pois nunca concordo com o mesmo. Desde que entrei na faculdade acabei me isolando de quase tudo, só fazia o necessário, trabalho e faculdade e raramente fazia algo com os amigos. Me senti mal por diversas vezes ao longo da graduação, tinha minhas crises de choro, estresse e ansiedade. Sempre associei tudo isso a pressão da faculdade e trabalho, mas agora concluí a graduação e, atualmente, estou sem emprego e as vezes sinto a mesma sensação e choro sem entender o porquê. Por diversas vezes me sinto uma inútil e acho que vai ser sempre assim. Nunca busquei ajuda, pois achei que não seria necessário, mas as vezes me sobrecarrega guardar tantos sentimentos só para mim.
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12 NOV 2019
· Esta resposta foi útil a 7 pessoas
Oi Blue
Não, não tem nada de errado contigo, podes estar achando incômodo ter que brincar com quem não quer.
Por que não inventa uma distração sozinha?
Isto te incomoda? Se incomoda, porque? Aí sim precisa procurar ajuda para ENTENDER porque prefere brincar sozinha e porque se incomoda brincar sozinha!
Agora, se gosta de trabalhar individualmente, fica sozinha. Tens o direito de escolher a forma, se individual ou em grupo.
Eu sei que o sistema de ensino te incentiva e manda estar em grupo, mas isso é uma ditadura e faz parte das normas do sistema.
Quando tu resolveu nascer, foi para melhorar aspectos que ficaram nebulosos nas tuas experiências passadas e veio para resolver isso.
Onde voce nasceu, o sistema (família, sociedade) estava organizada com um monte de regras, costumes, leis, valores, normas que existem para poder viver coletivamente. O sistema avalia dentro de padrões: o que está de acordo com os padrões, está certo. O que está fora dos padrões, está errado.
Só que a vida tem outro sistema de avaliação: se fores uma boa construtora de ti mesma ou uma má construtora de ti mesma. Pra vida não tem o conceito de certo ou errado. Tudo podes experimentar, deves experimentar e te guiar pelo livre arbítrio, fazer o que te faz bem e figir do que te faz mal. Saiba que tudo são consequências de tuas escolhas e decisões. Não é o outro que determina o que é certo e o que é errado pra ti. É tu mesma que decide.
Isto te faz ser diferente e deves ter força suficiente para querer ser diferente
Te sente o patinho feio? Ótimo, és diferenciada, cada um de nós é diferente, tenha a coragem de ser diferente, não queira ser igual a todos.
Ok se não gosta de aparecer em fotos, mas também não dá para ficares isolada porque convives em sociedade, mas seja tu mesma e tudo bem. Faça dos possíveis elogios, alavancas para crescer, não para se convencer.
Avalie os sentimentos e as crises de choro, estresse e ansiedade... Estes sim são sintomas de que não estás entendendo a tua missão de vida, o que e como deves fazer. Isto se chama Crise Existencial, muitas pessoas se sentem assim, sem saber quem são, o que fazer...
Procure um bom Psicoterapeuta que te leve a compreender todos estes passos e bola pra frente.
És uma realidade espiritual e material, as duas devem ser levadas em harmonia, basta adotar umas estratégias que tudo vai dar certo.
Mas procure sim alguém que te ajude.
15 NOV 2019
· Esta resposta foi útil a 1 pessoas
Olá Blue, sempre é bom procurar uma ajuda profissional, e o psicólogo pode ajudar o paciente a criar recursos e repertórios comportamentais, cada pessoa se comporta e se relaciona de uma forma diferente, assim devido a aprendizagem que cada um de nos adquire em nossa vida, então podemos dizer que cada pessoa passa por situações diversas ao londo da sua vida, passando por altos e baixos e criam crenças sobre a sociedade e sobre si mesmo, o psicólogo pode ajudar a pessoa a ter o autoconhecimento necessário sobre si mesmo!
12 NOV 2019
· Esta resposta foi útil a 2 pessoas
Blue, primeiramente obrigada por seu relato, o primeiro passo você já deu, fazendo este relato público buscando uma solução e o mais importante, percebendo o quanto este comportamento está afetando a sua vida.
Como você mesma relatou este comportamento iniciou-se na sua infância e até o momento você se sente da mesma forma de quando era criança, possui os mesmos medos de se relacionar e também de ser vista. Demonstrando uma percepção sobre si de desvalorização. Acredito que a psicoterapia vai auxiliá-la em diversos aspectos, como ressignificar esta visão que tem de si, auxiliar para o seu autoconhecimento e como consequência diminuir a ansiedade e ter uma melhor qualidade de vida.
12 NOV 2019
· Esta resposta foi útil a 3 pessoas
Boa tarde, Blue,
Já pensou em refletir consigo mesmo suas escolhas? Estudos, carreira??
Me parece estar vivendo num piloto automático, onde o condutor não é você, mas estas crises.
Que tal dialogar com elas para entendê-las de uma vez?
Se quiser ajuda neste diálogo, estou à sua disposição. Mas lembre-se, crises repetidas são mensagens do inconsciente que se repetem, e se repetirão até ser ouvidas.
Então ouça esta voz do seu inconsciente.
12 NOV 2019
· Esta resposta foi útil a 0 pessoas
Blue, Quando somos crianças, faz parte do processo de socialização ser integrada à grupos e conduzida a participar. Muitas vezes esse trabalho não é feito de forma atenta ou adequada e o que poderia ser uma timidez ou introspecção pode ser levado ao isolamento. Uma forma de defesa natural é acreditar que somos melhores sozinhos do que em grupo. Você não relatou sua adolescência, mas me fez pensar que deva ter sido o mesmo, uma vez que na faculdade esse seu funcionamento permaneceu. Já nesse período alguns sinais de que esse modo de ver as coisas não ia bem, veio à tona com as crises de choro, estresse e ansiedade. Possivelmente com o seu estado atual, você esteja novamente se sentindo excluída, mas isso não precisa continuar assim, a menos que queira. O que terá que aprender, é obter maiores habilidades sociais, para que possa incluir pessoas na sua vida e ser incluída também. Nisso a Psicoterapia pode ser fundamental não só para seu autoconhecimento como também para te oferecer essa nova habilidade. Que tal experimentar?
12 NOV 2019
· Esta resposta foi útil a 2 pessoas
Olá Blue!. Grato por participar. No decorrer de seu relato percebe-se que há forças antagônicas: sentir-se mau por ficar sozinha, sentir-se com dificuldades para viver em grupo. Ocorre que você praticamente, segundo seus relatos, não consolidou parâmetros de como são as pessoas. Como se desvaloriza, coloca as outras pessoas como superiores e, com base nessa percepção, desvaloriza-se sofre quando experimenta interações, sente-se desconfortável. Por mais que conheçamos as pessoas, o que conhecemos é muito superficial. O contrário também é verdadeiro: as pessoas te conhecem muito pouco. Qualquer ser humano, sendo original, harmônico consigo mesmo, torna-se interessante. Lute consigo mesma e persista, insista na busca da interação. Não deixa que seu preconceito (auto desvalorização) não represente a verdade. Também será interessante você contar com a persistência em troca com um psicólogo. Um abraço: Ary Donizete Machado.
12 NOV 2019
· Esta resposta foi útil a 0 pessoas
Perguntei-me sobre sua relação com sua mãe.
O processo psicoterápico, nosso encontro com a realidade, pode ser doloroso, em diversas situações. Porém, quando realizado ao lado de profissional competente, esse choque com o real deve almejar o desenvolvimento da autonomia do cliente diante das mais dolorosas (ou mais prazerosas) circunstâncias em que a vida lhe pode colocar. O sentimento de solidão é uma dessas dores. Solitude, por sua vez, seria o prazer de estar consigo mesma. Talvez você consiga melhor compreensão de si diante de situações como as relatadas, se estiver sendo acompanhada por um psicoterapeuta. Desejo que consiga se sentir melhor o quanto antes.