Sou Denise, tenho 48 anos e sou casada a 5 anos. Meu esposo tenho 12 anos a menos que eu. No início, foi muito complicada a minha relação, por mim mesma, que não conseguia me livrar do fantasma da insegurança e do ciúmes em relação a todas as mulheres, isso porque eu me cuidava, fazia dança, esportes, sempre em alto astral, mas o fato de outras mulheres estarem perto dele ou falarem com ele me incomodava demais, até que tive um choque de realidade com minha mãe, que observou uma atitude minha e que a desagradou completamente. Conversamos e ela me fez ver que eu estava tornando meu relacionamento doente. Consegui superar esta fase. Porém atualmente estou passando por um período nebuloso em minha relação, amo meu marido, admiro demais sua força de vontade, a ética que ele tem, é um pai exemplar, ele é pai de uma filha de 13 anos de um outro relacionamento, ao qual não tenho problema nenhum; porém não concordo com as atitudes de fraqueza que meu marido tem. Trabalhamos juntos, na mesma área operacional, sou uma mulher forte no serviço, porém vejo meu marido como uma pessoa fraca, acovardada diante das situações e isso acaba comigo. Sei que devo separar as "estações", mas é complicado, eu tento não falar nada, mas não consigo e acabo discutindo com ele, praticamente tentando o fazer enxergar que é patético um homem se acovardar diante de algumas situações. Esta semana tivemos uma discussão devido um desses motivos, pois o medo o domina de tal forma no serviço que me da repulsa de estar casada com um pessoa assim, respiro fundo, tento me fazer entender que cada um temo livre arbítrio de agir como quer, mas é algo mais forte que eu. Me ajudem... não quero acabar meu caso por esse motivo.
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17 OUT 2019
· Esta resposta foi útil a 2 pessoas
Denise, você se vê como uma pessoa forte por se mostrar firme no trabalho, ter atitudes prontas e respostas imediatas. Tem certeza que é tão forte assim? Tem certeza de que seu marido é tão frágil diante de circunstâncias na empresa? Não tente ser o chefe dele, no trabalho. Se és, dê um jeito e não fique no controle da atuação dele. Dividam as áreas de trabalho e discutam, os resultados. Aí sim!
E a insegurança que você tinha de si mesma quando casou? Até que ponto está resolvida e até que ponto anestesiou ela apenas?
Conversem entre voces dois sobre como cada um se sente. Creio que muita coisa pode sair, se voces conseguirem ser sinceros um com o outro.
Claro que, se ele sente medo ou é inseguro, deve procurar resolver isto através de um terapeuta.
Contudo a expectativa é destrutiva. A expectativa é a tirania de exigir que a outra pessoa seja o que você quer. Se não, te decepcionas. ... para pensar a respeito.
Costumo usar uma metáfora: a criança e o velho (Idoso). Quem é mais frágil? A criança. Quem é mais maleável? a Criança. Quem se apresenta mais forte? O idoso. Quem é mais rígido? o Idoso.....
O relacionamento humano foi, é e sempre será algo muito complexo!
Se ele concordar, procure por terapia de casal. Se ele não concordar, procure psicoterapia individual para você.
Na psicoterapia, você poderá passar por um processo de autoconhecimento que a auxiliará compreender todas as questões, por você, citadas.
Assim, durante o processo psicoterapêutico, você poderá ter uma real tomada de consciência das que questões que estão impedindo você de ter um cotidiano tranquilo, produtivo e feliz.
Boa noite. O seu relacionamento com seu marido, e todo amor que voce diz sentir, nao impede que voce veja em seu companheiro qualidades e defeitos. As pessoas.nao sao iguais e isto nos possibilita a atraçao pelo oposto. O que deve prevalecer é o respeito a si mesma e ao seu marido. Espero ter te ajudado. Estou a disposiçao.
Bom dia. Percebo que te encontras num momento delicado de dúvidas, angústias e insatisfação. Vocês dividem espaços em comum na vida pessoal e profissional e isso torna as cobranças, inseguranças e até mesmo o sentimento afetivo confusos. Você fala em ser forte e insegura. Percebo que a profissional forte, torna-se no contexto afetivo uma mulher insegura na relação com o marido. Já pensou que talvez o domínio que exerce sobre ele profissionalmente compensa a falta de segurança na relação a dois? Mas, são provocações que te faço, para que reflitas. Busque ajuda de um profissional da psicologia. Irá olhar maia pra dentro de ti mesma e conseguir aparar os aspectos que a deixam tão insegura e angustiada.
Fica bem!
Abração
Patrícia Padilha
Olá Denise, obrigado por participar! Me chamo Willyan e sou psicólogo. Bom, imagino a tamanha angústia que você sente em relação ao seu relacionamento e me comovo com o caso. Porém, pelo que você escreveu acima, me pareceu um pouco contraditório no sentido que ao mesmo tempo que você é forte, você também seja insegura, você não acha que essa questão é um ótimo começo para você iniciar uma análise pessoal de abordagem psicanalítica?
Abraço
Willyan A. Darodda
Psicólogo
Olá Denise!. Obrigado por participar. Sempre é complicada a situação de haver o sentimento de diferença significativa de idade, assim como é muito difícil, viver fisicamente em mesmos espaços, vivendo papéis diferentes: esposa, colega de trabalho. Você vê a realidade dele de um jeito. Será que ela vê do mesmo jeito? O poder apresenta vários jeitos de ser contemplado, segundo as necessidades emocionais de cada pessoa. Por exemplo, alguns dizem: "sou pobre, mas sou limpinho", "não sou bom aluno, mas vivo a vida". Veja cada qual arranja explicação para se fazer legitimado por si mesmo. Um abraço: Ary Donizete Machado.
Boa noite.
Sobre o seu relato é possível analisar que tem pontos bons nesse relacionamento e algumas questões do comportamento do seu marido tem incomodado muito, acredito que a terapia de casal possa contribuir muito para colocar essas questões em pauta ou terapia individual para você conseguir lhe dar com esses sentimentos, emoções e comportamentos.
Oi, boa noite!
O primeiro passo é entender que somos diferentes uns dos outros, que não devemos cobrar do outro uma atitude que nós teríamos, pq nós somos nós e eles são eles. Penso que ao invés de esperar acontecer o fato e entrar em atrito com ele, poderia em um momento de tranquilidade buscar com ele os motivos que o fazem reagir assim (ou deixar de reagir) e tentarem buscar meios de amenizarem isso. Espero ter contribuído. Precisando estou a disposição.
