Estou em um relacionamento a alguns anos, porém nós dois somos bem novos, e é meu primeiro relacionamento. No começo não conseguia ficar longe dele, era uma saudade imensa e os meus melhores momentos eram junto com ele. Porém eu não sei o que mudou, mas agora não sinto mais tudo isso, as vezes sinto raiva de tudo o que ele fala, mesmo não sendo nada importante. Perdi bastante a libido, e as vezes sinto que passar tempo com ele fosse um esforço. Eu trabalho e estudo, logo fico muito cansada quando chega o fim de semana, e eu sinto que eu tenho a obrigação de ver ele, como se fosse um fardo. Ele é uma pessoa incrível e temos muitos planos de morar junto e nos casarmos, nossas famílias se dão muito bem e tem momentos que a gente se diverte e me lembro o porque me apaixonei por ele. Eu só queria saber como me livrar desse sentimento, ou se é algo definitivo e significa que o relacionamento está acabando?
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9 FEV 2023
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Ola, Laura
Não é possível que alguém te diga o que fazer, isso anularia a sua liberdade e independência para tomar decisões. É importante lidar com essa dificuldade para que assim você consiga encarar melhor o onus e o bônus de suas decisões (não me refiro apenas ao termino do relacionamento).
"Bater o martelo" numa escolha envolve todo esse processo de mobilização que as vezes podem nos paralisar e nos manter refém de uma situação desconfortável. Por isso te sugiro elaborar sobre esse sentimento num processo de terapia para que você consiga avaliar isso de forma articulada com o restante de sua vida, não apenas com essa situação de forma isolada, assim podemos crescer emocionalmente.
Boa sorte no seu caminho
Qualquer coisa fico a disposição.
Oi, Laura. Só assim não temos as informações necessárias para te ajudar de fato. Precisamos saber sobre o que você pensa sobre relacionamentos, como você funciona, o quanto que a família influencia nas suas decisões, e outras coisas do teu próprio relacionamento. Agende um horário para te ajudarmos melhor! Estou à disposição.
Steffany Alves
CRP22/01308
Ter dúvidas em relação ao que sentimos por nosso parceiro, é algo que pode acontecer com muita frequência, mesmo em relações mais consolidadas, como casamento. Algumas vezes essas dúvidas não correspondem a realidade, e na verdade significa apenas que queremos exercer nossa individualidade, fazendo o que queremos fazer para nós mesmo, e isso não implica que o sentimento acabou, mas sim que queremos ter, também, algum tempo para nós. Outras vezes, esses sentimentos podem ser reais, e realmente indicam que a relação pode estar acabando. Por isso, é preciso que você compreenda esse seu sentimento, e entenda do que se trata. Ao longo da busca dessa compreensão, busque sempre ser sincera com seu parceiro, explicando o que está sentindo, e procurando conversar abertamente com ele. Vocês ainda são jovens, como você falou, e ainda estão em processo de descoberta no capo afetivo, entendendo o que pode funcionar, e o que não pode funcionar, buscando encontrar um equilíbrio entre suas individualidades e os acordos e compromissos de uma vida compartilhada. Procurem não se apressar dentro deste processo, vivam um momento de cada vez. Cada um de vocês deve buscar construir a autonomia necessária para viver a vida de acordo com o que desejam, primeiramente para si, depois para os dois. Não encarem essa relação como algo fixo, pesado, cheio de responsabilidade, mas como uma boa oportunidade de se conhecerem, e conhecerem a si mesmo, de maneira natural, sem tanta cobrança. Quando vocês tiverem mais autonomia e liberdade de escolhas na vida, cada um a seu modo, vocês estarão mais maduros para assumirem um próximo passo, ou não, na relação de vocês. Se desejar aprofundar seu autoconhecimento neste processo, um Psicólogo pode te ajudar neste sentido, e vai ampliar sua visão sobre essa questão, oferecendo mais subsídios para que você lide melhor com o amadurecimento e transformação necessária para que você possa experimentar um relacionamento de maneira mais segura, e coerente com aquilo que você deseja para sua vida.
Oi Laura
Primeiro, voce precisa resolver a sua carência, a sua dependência... talvez isso tenha provocado a aproximação tua com ele...
Qual o teu objetivo de vida? Ser você mesma, buscar realizar os teus sonhos, ser autônoma, tanto emocionalmente como financeiramente, profissionalmente. Você não nasceu para casar-se, embora possa se casar, mas nasceu para se realizar, para ser feliz.
Segundo... Você precisa analisar se não está seguindo uma programação social, sistêmica: estudar, casar, ter filhos e viver dependente do marido... isto não te realiza...
Você precisa ser a Laura, viver o que você é; a vida te deu a liberdade e o livre arbítrio para você escolher e decidir. Já o meio, o sistema te coloca obrigações, o “dever”.
A quem você quer ser fiel? A ti mesmo ou ao sistema? A escolha será sempre sua, sabendo que de acordo como escolhe terá os devidos resultados/consequências.
Abraços
Olá Laura! Obrigado por escrever. Todos nós, somos pessoas em constante construção, nossos namoros também, nossos estudos, nosso trabalho, nossa visão de mundo; tudo se transforma. Ao relatar que vocês são bastante jovens e você aponta a hipótese de terminar, indica que você percebe que o ser humano contém o namoro, mas não está contido somente no namoro, que antes de namorar a ele, você precisa namorar a si mesma, amadurecer. Para amadurecer precisa ter turma de colegas e conhecidos éticos, saudáveis, com vínculos de qualidade, precisa conter estudos sérios e consistentes, trabalho sério e profundo, precisa familiarizar-se com os esportes coletivos de contato, com a cultura, arte, viagens e outros componentes sociais. Logo, você indica que não está pronta para continuar esse namoro, sem namorar essas outras frentes de vida (namorar essencialmente a si mesma).
Estarei a disposição para maiores aprofundamentos.
Abraços! A Covid, a Dengue, exigem cuidados e atenção. Vacine-se, vacine as crianças. Valorize mais a Ciência. Ela não é perfeita mais permite avanços. É impressionante como falsos políticos e falsos religiosos usam a fé dos mais simples. Cuidemos do atual resgate da civilização e da democracia. Não há meios de comunicação neutro ou perfeito, mas há instituições mais sérias, mais abertas. Verifiquemos as informações com maior critério. Vejamos o que falam as TVs educativas, os canais abertos com maior tradição de cultura. Valores aprimorados por décadas, não podem ser descartados por interesses de pequenos grupos radicais. Quem apoia terrorista, antidemocrático, bárbaro, se faz um deles.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
Bom dia,
Você está em um processo de auto analise de sua vida e por ser muito jovem e ser seu primeiro relacionamento, isto te traz mais insegurança, porém não quer dizer que não possa dar certo ou que você esteja se preparando para um novo ciclo.
O importante é ter um apoio para que você possa ter claro em sua mente os passos que dará e como se adaptar a isso.
Espero poder te ajudar mais, e desenvolvermos juntas um caminho para você.
Fique bem
Carine Dias
