Fui viajar para fora do Brasil em março de 2023, um lugar muito longe, 20 horas de voo, primeira vez viajando pra fora, ao entrar no avião estava bem, fui com uma amiga, mas a hora que o avião subiu, senti palpitação e comecei a ficar ansiosa, me controlei, mas veio uma sensação ruim, e a viagem toda fiquei ansiosa com medo de tudo, não conseguia comer e só pensava na volta. Passei 10 dias viajando e ansiosa, querendo voltar pra casa… quando voltei, tive uma palpitação de novo quando estava em um rodízio com duas amigas (isso foi 2 dias após voltar de viagem). E foi do nada… desde aí eu desenvolvi medos, ansiedade anormal, insegurança, fico com pensamentos intrusivos negativos, minha mente não relaxa, fico perto do meu namorado e começo a achar que é culpa dele, sinto ansiedade perto dele, sinto ansiedade no serviço as vezes…a cada semana sinto algo, oscila demais, tem dias que sinto mais ansiedade e tem dias que sinto meus pensamentos intrusivos a mais, todos negativos! Sem sentido… é possível essa viagem ter gerado uma ansiedade? Já cheguei a ter medo de engolir quando estava comendo algo, isso em casa… do nada. E eu sempre fui ansiosa, mas não nesse ponto. Já estou a 2 meses e meio assim! Faço tratamento com psicóloga e tomo remédios naturais para ansiedade
Uma viagem traumática pode manifestar essa ansiedade?
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7 JUN 2023
· Esta resposta foi útil a 2 pessoas
Olá! Tudo bem?
A viagem pode ter te colocado diante da ideia de um medo muito grande, o que é razoável, afinal também implica em riscos. Toda a nossa vida é cercada desses riscos. Por muitas vezes vivemos ignorando-os, mas me parece que você se deu conta de que eles existem.
O sentimento de ansiedade muitas vezes se relaciona com esse controle diante dos riscos, já que eles são uma ameaça. Em um tratamento para a ansiedade pensamos em formas de transformas esse medo em cuidado, afim de prevenir aquilo que for possível ser prevenido. Mesmo assim entendemos que nem tudo pode ser cuidado, por isso buscamos desenvolver recursos (ou tomarmos consciência dos recursos que já dispomos) afim de enfrentar o imprevisto.
Não sei se tudo isso faz sentido para ti nesse momento, mas penso ser uma pauta interessante para o trabalho com um terapeuta que te ajude a explorar esses sentimentos.
Boa sorte no seu caminho
Qualquer coisa fico a disposição.
Você disse que sempre foi ansiosa. E ao sair do seu lar, da zona de conforto e segurança, piorou muito, né, a ansiedade. Como se saisse daquilo que é seu controle. Foi muito tempo afastada do seu "lar". Importante entender tuas questões familiares, tua infância, teus sentimentos de desproteção e abandono nesse periodo. Isso pode ser a chave para entender isso que vem ,que te invade, pega de surpresa. O medo de engolir: o que precisou aceitar, colocar pra dentro sem questionar. Vamos trabalhar a fundo essa ansiedade? Estou à disposição.
Steffany Alves
CRP 22/01308
Bom dia, Line,
É mais comum do que pensa criar fatores de ansiedade por eventos importantes, como uma viagem como a sua. 20 horas de avião? Minha esposa passa mal só de imaginar uma viagem de 1 ou 2 horas, passa dias antes e depois agitada.
Há alguns fatores a se levar em consideração:
O emocional (no caso da minha esposa, um medo absurdo de alturas), que fica antevendo situações que nunca acontecerão, e te privam de aproveitar o momento, de construir, planejar e pensar na viagem, fazendo seus pensamentos só se concentrarem nas coisas negativas que estiver sentindo;
Outro fator é o estresse físico de uma viagem dessas, que somado à ansiedade pode causar um esgotamento por esforço no corpo, deixando uma sensação de fraqueza que perdura por dias, às vezes semanas.
Seja como for, consulte um médico pra ver se está tudo bem, caso haja quadros agudos de palpitação e faltad e ar.
E se ele descartar fatores orgânicos, saberá que tudo está na sua cabeça, rs. Ou seja, é o medo falando com você, esta ansiedade de que algo esteja errado.
A psicoterapia breve pode te ajudar a lidar com estas questões focais, até mesmo através do aprendizado de como lidar com a própria insegurança. Pra que este sentimento não perdure, e você possa aproveitar melhor o tempo e as próximas viagens.
Se tiver interesse, fico à disposição.
Oi Line! Obrigado por escrever. É bastante comum pessoas sentirem medo de avião. De outro lado, pensando em particular o que você relatou, o avião implicou uma experiência forte, mas você já tinha essa tendência. Pelo relatado a viagem não foi traumática, o que ela representou para você em particular, pode ser caracterizado como traumatizante, na tua individualidade, mas você não relatou pane, turbulência, problemas gerais do voo. Dois meses de trabalho profundo com psicólogo, ainda é pouco tempo para consolidar melhoras nesses casos.
Abraços! A Covid e a Dengue estão vigentes: sejamos cuidadosos. A maior parte dos políticos não são confiáveis. Dentre os religiosos, há muitos que se dizem religiosos, mas na verdade, são falsos: querem é dinheiro. Fazem teatro para enganar os descuidados. Os meios de comunicação não são neutros, mas aqueles que apresentam tradição de muitos anos ou recebem o selo educativo/cultural, e não estão a serviço de alguma seita religiosa, são razoáveis. Tenha sabedoria para filtrar. A Ciência não é perfeita, mas como fez o avião, a geladeira, o rádio, o celular, faz as vacinas. Confie na Ciência! Vacine-se, vacina as crianças.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
Line
A viagem apenas te trouxe à lembrança de um conflito que precisa ser resolvido.
A viagem foi apenas a gota dágua do copo transbordar.
Precisa fazer Psicoterapia para encontrar a razão do conflito ou trauma e resolver.
A vida nos mostra o problema quando já temos capacidade de resolver, não antes.
Portanto, se agora este problema está na tua consciência, precisa resolver.
Abraços
