Seria a fidelidade coisa dos mais inteligentes?

Certos comportamentos, como a infidelidade, podem dizer muito sobre a mente humana. Veja fatores motivam a traição, e como o diálogo é ponto-chave para o bem-estar da relação.

20 SET 2017 · Leitura: min.
Seria a fidelidade coisa dos mais inteligentes?

A fidelidade é a base para a duração da maioria das relações. Saber que o parceiro teve uma aventura extraconjugal é algo difícil de superar por muitos casais, o que faz com que a maioria opte por seguir caminhos diferentes depois de uma traição.

Por trás de uma infidelidade podem estar muitos motivos. Se destacam questões como baixa autoestima, necessidade de afirmação, ausência de afeto, medo de assumir responsabilidade e, por que não, inteligência. Sim, inteligência!

Ao menos é o que indica um estudo publicado na revista especializada Social Psychology Quarterly, dos Estados Unidos, no qual indica que homens quem traem as suas parceiras normalmente costumam ter um Quociente de Inteligência (QI) menor. Também diz que os homens mais inteligentes tendem a valorizar mais a fidelidade e a exclusividade sexual.

Polêmico, não? Porém, para o autor do estudo, o psicólogo Satoshi Kanazawa, o comportamento de fidelidade do homem pode ser considerado um sinal de evolução da espécie. Isso porque mostra uma mudança de paradigma em relação à história da humanidade, na qual o homem sempre teve uma conduta mais polígamo quando o assunto é relações.

Outros fatores por trás da infidelidade

Como explicam psicólogos especializados em terapia de casal, há uma série de fatores que podem estar por trás da infidelidade. Os mais habituais são:

  • Falta de amor: é comum casais seguirem juntos, mas sem um sentimento sincero de amor, o que abre espaço para a infidelidade. A união se sustenta por questões familiares, por comodismo ou por medo da vida que vem depois separação, o que faz com que falte coragem para terminar.
  • Baixa autoestima: a insegurança emocional e a necessidade de afirmação fazem com que algumas pessoas precisem provar que são importantes e amadas. Acontece que, em alguns casos, a maneira de provar isso é por meio da infidelidade.
  • Idealismo: muitos casais idealizam no outro o par perfeito sempre buscado. Porém, como o passar do tempo, começam a ver que a outra pessoa tem defeitos e carências, que não são o que esperavam. Isso representa obstáculos para a convivência e pode incentivar a infidelidade.
  • Repetição cultural: muitas crianças crescem num ambiente familiar no qual a infidelidade está presente. Isso faz com que, em alguns casos, passem a repetir certos padrões de comportamento.
  • Distúrbio sexual: a impulsividade excessiva por sexo também pode estar por trás da infidelidade. São impulsos não necessariamente racionalizados, e que precisam ser tratados.

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Diálogo é a base de tudo

Psicólogos também afirmam ser comum que a pessoa infiel atribua a culpa, ou pelo menos parte dela, na maneira como o parceiro trata a relação. Porém, o que o problema real costuma ser a falta de diálogo. Assim explica a psicóloga Elizabeth Ventura:

"Todo relacionamento requer muito diálogo e parceria. A terapia de casal esclarece, coloca na mesa as dificuldades, o distanciamento e os obstáculos entre as partes."

A terapia de casal também pode ser um caminho para superar uma separação causada por questões ligadas à infidelidade. Auxilia no autoconhecimento e na compreensão daquilo que facilita ou atrapalha o cotidiano de uma realação.

Fotos: por MundoPsicologos.com

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Comentários 1
  • Anaguita

    O pior é que estou no meio disso tudo! E a culpa me corroe,e a angústia me mata!

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