Tenho androfobia ou algo além disso, não sei exatamente. Podem me ajudar?

Tenho 22 anos, estou cursando para Agente Civil. Sempre foi o meu sonho, hoje um objetivo fazer parte da segurança, porém eu tenho androfobia, em uma área dominada por homens seria meio complicado. Não sou do tipo que generaliza, por achar tal atitude muito injusta, procuro não cometer esse erro, mas o meu caso vai muito além de generalizar um gênero num todo. Tenho medo que isso atrapalhe meu desempenho na profissão ou que me influêncie a algo pior. Teria como alguém me dar um conselho ou me recomendar algo?
Não sei como, e exatamente o que me levou a essa situação, só sei que comecei a notar esse medo no início da pré-adolescência. É uma situação que me atrapalha bastante e sinto que está aumentando de maneira descontrolada. Não consigo me relacionar com ninguém. Nunca tive relações com o sexo masculino, e não pq eu não sinta desejo, mas o medo e a raiva é maior do que tudo. Não consigo sequer sustentar um diálogo normal com um homem sem querer sair de perto ou ficar nervosa.
Fui estuprada e molestada duas vezes, a primeira foi dos 8 aos 13 anos, pelo pastor, ele começou me molestando e depois me estuprou. A segunda, pelo vizinho, aos 15 ele me molestou.
Meu pai agredia e humilhava muito a minha mãe, eles se separaram quando eu era criança, mas lembro até as roupas que eu vestia, quando vi pela primeira vez, e mesmo separados, ele continuava indo em nossa casa. Meu irmão e eu sentíamos muito medo dele.
Não sei se isso possa ter alguma relação, já que é algo comum em nosso país, ou talvez tenha e o meu caso seja um caso isolado, não sei. Só sei que preciso muito de uma ajuda, se puderem me responder... Grata

Obs: não contei para ninguém sobre os abusos, pelo menos ninguém que me conheça, não quero me vitimizar.
Pessoalmente só contei para uma psicóloga, que ainda fez pouco caso.

Inicialmente, não contei para minha mãe por medo e vergonha (ele disse que eu teria o seduzido e que ela não acreditaria em mim). E continuo a não contar, pq não quero que se preocupe

Obs: NÃO sou sexista e não faço parte de nenhum movimento