Tenho 47 anos. Talvez vocês possam me ajudar. Há 15 anos tive uma forte crise de ansiedade (emagrecimento involuntário, tremores, palpitações, pensamentos acelerados, perda total de apetite, sudorese, pensamentos intrusivos, diarréia, dores pelo corpo, tonturas, enfim). No princípio eu achava que estava com alguma doença grave, devido ao emagrecimento, mesmo me alimentando forçadamente. Fiz vários exames exageradamente. Rs. Até que meses depois procurei, por orientação médica, uma psiquiatra. Ela disse que eu era hipocondríaco, não aceitei o diagnóstico, pois via minha procura por exames como sintomas de comorbidade. Outro psiquiatra disse que eu tinha fobia social. Outro me disse que era Pânico. Minha terapeuta, na época, me disse que era TOC. Pelos meus sintomas e pelas pesquisas que eu fiz, eu acho que, na verdade, eu tenho TAG. Tomei por dois anos Paroxetina, depois, a pedido meu, devido a baixa libido, o médico me receitou Escitalopram. Atualmente, estou há uns 7 anos, tomando apenas 5mg de escitalopram. Sinto que minha ansiedade está sob controle, mas a minha libido nunca mais foi a mesma. Então, fiquei sabendo da vortioxetina. Fui em três psiquiatras e nenhum quis me receitar e o último ainda me disse em 5 minutos de consulta que eu sou bipolar, acho que isso foi porque eu falei pra ele que fiquei acelerado na minha crise há 15 anos. Não me sinto bipolar, falei pra ele, mas mesmo assim ele me receitou Torval 300 CR. Não vou tomar. Vou procurar mais um profissional médico (psiquiatra), explicar meu caso e tentar a receita do Vortioxetina e tentar, de vez, um diagnóstico mais preciso. Grato pela atenção.
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26 JAN 2020
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Olá José,
Pelo que descreveu, também não acredito em Bipolaridade.
Os médicos gostam de colocar as pessoas em caixinhas e rotulá-los com alguma doença.
Fizeste mal em procurar na área da Psiquiatria... e não precisas de medicação. Precisa ser entendido.
Tu precisa de um Psicoterapeuta que possa te dar a origem dos problemas que tens e o que precisas fazer para te recuperar.
Pouco importa agora o diagnóstico, precisas entender porque estás assim, de onde veio este problema e traçar um plano de recuperação.
26 JAN 2020
· Esta resposta foi útil a 2 pessoas
Olá José! Grato por participar. Seu texto gera uma resposta importante: há uma busca significativa pela identificação do nome de uma "doença". Isso é compreensível: sabendo o que se tem, busca no saber científico e suas produções, as formas de tratamento consagradas com adequadas àquela referida doença. No seu caso, várias pessoas deram denominações diversas com a consequente alteração das terapêuticas, além disso, fica claro que, segundo sua narrativa, algumas vezes, conclusões em prazos muito curtos. Quando envolve questões psicológicas, cada pessoa é única, contém sua subjetividade, logo, cada pessoa tem que ser mapeada na sua individualidade: isso somente o psicólogo, com muitas sessões, consegue fazer de forma contributiva. A questão central então, é resgatar a ideia de que você é uma pessoa única, muito rica de possibilidades, complexa, que contém uma parte, sentida por você, como inadequada, mas não uma parte inadequada que contém uma pessoa. O grande e precisador do seu diagnóstico, com o direcionamento persistente de um bom psicólogo, será você mesmo. Um abraço: Ary Donizete Machado.
26 JAN 2020
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Olá José.
É importante lembrar que, embora os medicamentos sejam necessários em muitos casos, nenhum medicamento psiquiátrico promove a cura de doenças mentais, ele proporciona a estabilização. A estabilização é importante para que a pessoa seja capaz de colocar as coisas em ordem e adentrar num tratamento psicológico. Você precisa procurar um profissional capacitado e fazer terapia independente do diagnóstico. Encontrar um diagnóstico não será a solução para seu problema, a solução é você se ligar à necessidade de mudar a si mesmo e sua vida em função da sua saúde mental. Grande abraço.