Meu nome é Rodrigo, tenho 33 anos e minha esposa 28. Temos sete de casamento. Moramos juntos, não temos filhos, levamos uma vida tranquila, com nossas responsabilidades profissionais e estudos. Hoje percebo que a nossa relação foi distante, talvez pelo fato de trabalhar bastante finais de semana e feriados, com pouco temos para nós. Nossa relação foi esfriando nos dois primeiros dois anos. Fui levando sem ter certeza se queria continuar. Sentia um sentimento de pena, pois ela morava na casa dos meus pais e seus familiares em outro estado. É uma esposa muito boa, companheira, amiga, trabalhadora, mas o lado mulher, o lado feminino me incomodava. Via que não procura se cuidar. Foi deixando a rotina de uma vida casada envolver seu dia a dia. Isso me incomodava. Não havia a procura por sexo. Acabei me envolvendo com outras mulheres como fuga, mas em uma dessas, acabei de me apaixonando, vivendo com essa pessoa. Íamos à praia, no motel toda semana, namorávamos na praça. Me sentia feliz ao lado dela. Fazia questão de estar bonita, arrumada, me agradar, fazer carinho, andar de mãos dadas, de me levar para sua casa e eu levei ela na minha de maneira escondida. Tive momentos que nunca havia sentido com minha esposa. Ela trabalhava no mesmo trabalho antigo, nos víamos diariamente no final de expediente. Fui muito feliz ao lado dela. Mas, com o tempo, ela me cobrava uma posição. Fui levando sem saber o que fazer, se me entregava nesta relação com ela. Hoje ela tem 23 anos e dois filhos, um de 6 e outro de 4. Por motivo do falecimento do seu irmão, teve que ir embora. Ainda nos falamos uma vez na semana, pois não tem comunicação fácil. E até agora ela me cobra o que vou fazer da minha vida, pois ela iria deixar a casa dos pais dela onde está agora e viria morar comigo. O fato é que não sei o que fazer com esse sentimento, a dúvida de esse novo relacionamento dar certo, ainda mais com os dois filhos que ela possui. Eu queria ter o meu com ela. O que faço? Esqueço ela, e um dia me arrependo de ter tido a oportunidade de ter vivido feliz com ela, ou tento encontrar dentro de mim um sentimento forte que a faça esquecer e continuar com minha esposa?
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29 MAR 2016
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Rodrigo, boa tarde!
O ser humano pode ter sempre estes questionamentos que lhe permite instabilidade quanto aos seus sentimentos e emoção, bem como a sensação de se sentir perdido. Muitas pessoas entram em relações sérias com objetivos específicos: união, família, filhos, estabilidade para uma vida. E assim, as pessoas acabam se casando para estarem certas da presença do outro. Depois, acabam por ter que saber lidar com o fato de estarem presentes, mas não terem o amor e carinho, que precisa de demonstrações/ manifestações que o casamento nem sempre propicia.
Neste contexto que você apresentou, por termos processos químicos intrínsecos a nós que nos deixa mais propício à busca de aventuras/desafios (em algumas pessoas com maior intensidade, em outras menos), precisamos cuidar cada dia mais dos nossos sentimentos, sensações, emoções e razão em nosso modo de ser e agir. Permitindo-nos a cada dia conhecermos nós mesmos! Quando estamos apaixonados, as inconstâncias de nossos hormônios interferem em nossa capacidade reflexiva e, fatalmente, criamos mundos imaginários de ilusões e expectativas que, com o passar do tempo, e o contato com a realidade em si, se mostram diferente e geram frustração. Não porque a realidade em si seja ruim, mas talvez porque seja diferente do que imaginamos. E, assim, deixamos até de curtir momentos e pessoas que poderia ser interessante de vivenciar. Portanto, a vida que você talvez se imagine vivendo, pode ser que esteja somente na sua imaginação, a realidade pode ser bem diferente e você precisa perceber e se responsabilizar por tudo isso.
Relacionamento é sempre negociação e muita conversa, para lidar com todas as fronteiras de valor, de contato, de sentimentos... que impactam no nossa forma de se relacionar.
E para encontrar as suas respostas, seria importante você buscar um processo terapêutico até para entender se precisa realmente dessa vida nova ou se está apenas em uma fantasia, se ama ou não e, se quer reestruturar sua vida conjugal. Estou à sua disposição, caso precise de acompanhamento ou para maiores esclarecimentos. Abraços, Danielle Almeida
24 SET 2016
· Esta resposta foi útil a 1626 pessoas
Olá, Rodrigo.
Diante de escolhas e situações difíceis, a pessoa pode mentir ou omitir do outro informações importantes para se manter um relacionamento saudável ou para que ambos possam dar andamento em suas vidas fora de um relacionamento que já não "vale mais a pena". Como você mesmo já começa a explicar no seu relato, são muitos os fatores que o levaram a essa situação angustiante. Não há fórmula pronta para a felicidade conjugal, mas é comum nos sentirmos mais felizes em relacionamentos pautados em amizade, respeito mútuo e liberdade de expressar o que sente e o que pensa, lidando com problemas à medida em que aparecem e, portanto, evitando que as coisas se acumulem ou alcancem proporções irremediáveis. A psicoterapia pode te ajudar a lidar com esses conflitos e oferecer instrumentos para a construção de uma conjugalidade mais respeitosa consigo mesmo e com a outra pessoa. Experimente procurar um terapeuta focado na área de conjugalidade. Um abraço!
13 SET 2016
· Esta resposta foi útil a 1636 pessoas
Ola Rodrigo, acredito que primeiramente você tenha que ser sincero consigo e depois com sua esposa, por mais duro que seja. Você está abrindo mao da sua felicidade por conta de um sentimento de dó, isso é muito ruim pra você. A vida está passando e você mesmo está vendo que esse casamento não está fazendo sentido. Procure uma ajuda profissional, você vai ver que na terapia conseguirá colocar suas idéias no lugar e conseguira resolver a sua vida da melhor maneira. Espero ter ajudado. Boa sorte e fico a disposição.
30 MAR 2016
· Esta resposta foi útil a 1615 pessoas
Acredito que você precisa se auto-conhecer durante o trabalho de uma terapia, pois assim conhecendo-se melhor seus pontos fracos e fortes saberá tomar a decisão correta na sua vida sentimental.
30 MAR 2016
· Esta resposta foi útil a 1642 pessoas
Olá.. Você talvez esteja precisando compreender-se na sua história para aprender como é tomar uma decisão para depois comprometer-se com outra pessoa... Pense.. Sem estes relacionamentos extras o que tornou sua rotina insuportável? Que qualidade possui a sua conversa com sua esposa? Sua atual situação é não estar sendo justo com você, com a sua esposa e com sua amante.. Que amor você quer viver? Você tem medo de viver uma relação de verdade? Que vazio é esse que você preenche nas relações extras?.. São muitas perguntas que podem ser feitas pra você pensar... Mas com certeza a psicoterapia pode ajudar, coragem!.. Um forte abraço!
30 MAR 2016
· Esta resposta foi útil a 1674 pessoas
Pois é... Me parece que esse relacionamento com a sua amante já esfriou TB, e claro o casamento já está muito frio...na verdade pelo que relata no casamento cada um se individualizou se ao seu modo, ela descuidou se porque talvez achasse que já tinha ganho VC, e na verdade nunca ganhamos ninguém, essa segurança é imaginária, VC se silenciou em casa mas fora foi atrás de suas necessidades... Teve dó da esposa? Deixe me entender dó de se separar e cada um ser livre para procurar seu caminho e ser realmente feliz? No momento que decidiu ter um ou como citou outras mulheres ...quais eram os seus sentimentos em relação a sua esposa? Só que mostrar para você que psicoterapia é algo que vai mostrar que talvez não sentia realmente dó da esposa, outra coisa estava atrás dessa dó... Eu aposto em dizer que certa forma VC está bem confortável no casamento. E que quem não quer ficar sem a esposa é VC. Pq todo namoro eh bom, principalmente qd se pode continuar nos finais de semana tendo o mesmo ritmo... Passear de mais dadas é ótimo... Aí cada um na sua casa e VC no seu sossêgo.
Creio que a análise vai ajuda lo.
Boa sorte, aqui só podemos dar pequenas pistas, compreende...a nossa mente eh uma caixa de surpresas!
