Minha mãe sempre foi uma guerreira, minha ídola, inspiração e exemplo de força, persistência e superação. Ela se separou do meu pai quando ainda era criança e criou eu e meu irmão sozinha. Apos a separação, ela se formou e se tornou uma profissional de muito sucesso.
O problema é que agora ela está idosa e ficando limitada. Não gosto de olhar pro seu rosto e corpo senil. Fico incomodada com as limitações impostas pelo peso da idade que avança.
Sou uma mulher de meia idade e tenho verdadeiro horror da velhice. Eu não queria ficar velha e não aceito minha mãe assim.
Além disso, ela tem mudado seu comportamento, está mais carente, pede (indiretamente) carinho da minha parte, mas eu não consigo sentir carinho por ela porque ela nunca foi de me dar carinho, pois tinha que trabalhar, estudar pra por comida dentro de casa.
O mais intrigante é que dou muito carinho para minhas filhas (apesar de não ter recebido carinho dela) e me sinto mais a vontade de abraçar um estranho do que abraçar minha própria mãe.
Por causa disso, sinto uma culpa imensa, eu me sinto a pior pessoa do mundo, a mais ingrata e insensível.
Todo santo dia penso nisso e já começo a me ver depressiva. Me ajudem... Obrigada!
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9 DEZ 2019
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Oi Giovanna!
Talvez esta postura de não gostar da velhice seja da vontade de perpetuar a imagem da mãe guerreira que foi.
No entanto, ela sempre será majestade, como cada um de nós. Somos seres essencialmente espirituais que alugamos uma porção de matéria (nosso corpo) para poder realizar o nosso projeto de vida.
O corpo, como matéria, tem um prazo de validade e sofre as ações do tempo. Naturalmente ele se transforma mas jamais fica feio. Uma árvore, quanto mais idade tem, mais bonita ela se torna, fica Majestosa. Claro que diferente de uma nova. Assim, nós pessoas.
Tu também está sofrendo as ações do tempo (corpo) e também será transformada, mas isto é bom porque estamos de passagem aqui. Nosso Pátria não é esta. Este plano é um laboratório onde cada um gestiona a si mesmo para realizar e experimentar coisas. Somos filhos de Deus e como tais, tudo nos é permitido fazer, temos o livre arbítrio e através dele vamos seguindo nosso caminho.
O sistema (família, sociedade, estado) sim é impositivo, julgador, castigador, permissivo... ele impõe condições. A vida não.
Analise o que é que interfere no teu modo de pensar e te põe condições na forma de ver as pessoas e a si mesma.
Tua mãe sempre será tua mãe. Através dela foi possível a tua existência. Ela merece todo o nosso carinho e consideração, não temos o direito de julgá-la.
O que está te pegando é um convite para o desenvolvimento pessoal, através dos sentimentos que nutres pela tua mãe.
Acorda e aproveita isso para o teu desenvolvimento.
9 DEZ 2019
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Olá Giovana,
É muito importante você trabalhar essas questões em terapia. Esses sentimentos estão te
trazendo sofrimento e impactando na relação mãe e filha. Um suporte profissional te ajudará
a entender essas questões e aliviar esses sentimentos que tanto te incomodam.
9 DEZ 2019
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Olá Giovanna, sinto muito por esta situação. Vejo que há muitas questões para serem trabalhadas neste caso. E com certeza a ajuda de uma Psicoterapia traria bastante alívio da sua dor. Mas se eu puder te ajudar pelo menos um pouco de longe, eu diria para você não se sentir tão culpada e acolher seus sentimentos e respeitá-los. No momento certo e com muito respeito você conseguirá voltar a admirar a sua mãe. Mas antes disso você precisa se aceitar e aceitar o curso natural da vida. Fico a disposição para uma sessão online ou presencial.
Abraços!
9 DEZ 2019
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Ola Giovana! Sua história é um tanto interessante. Sugiro que procure por um profissional da psicanálise para uma boa análise, que com certeza existem marcas emocionais profundas a serem resgatadas. As suas emoções estão ligadas a algum tipo de memória que necessariamente precisam ser resgatadas e entendidas e isso, só será possível através de uma boa análise. Não se desespere, procure por ajuda e poderá ver com os olhos da alma tudo que lhe assusta! Sucesso
9 DEZ 2019
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Olá Giovanna!. Obrigado por participar. Você relata sentimentos com predomínio de admiração e potencial amoroso, confirmado pelo sentimento de culpa. Certamente. ao longo da sua história, você reprimiu necessidades afetuosas, por sentir que precisaria admirar e entender a sua mãe em sua luta pela vida de vocês. Sua mãe, pelo lado dela, certamente, com a separação, envolveu-se com os cuidados e a formação escolar, sufocando as expressões de carinho, por fazer, na época, a leitura de que precisava manter o foco nas questões práticas da sobrevivência. Seus relatos indicam que você precisa de ajuda para permitir que o seu coração faça trocas com o coração da sua mãe. Você precisa elaborar a história, reorganizando porque as coisas aconteceram como aconteceram, mas também entendendo que, atualmente seu coração e sua mãe, pedem que a história adquira novo tempero. Um psicólogo te ajudará muito. Um abraço: Ary Donizete Machado.
9 DEZ 2019
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Olá Giovanna.
Nossa relação familiar é permeada por algumas adversidades que no decorrer da vida vamos esquecendo. São fantasias infantis que se juntam à realidade e formam aquilo que chamamos de sintomas.
Essas nossas histórias, carregadas de sentimentos, quando reprimidas (esquecidas) ressurge de diversas formas, e algumas delas são por exemplo os sentimentos de culpa.
A terapia é uma oportunidade que você possui de entender o que se passa com você, se autoconhecer, e, a partir daí resignificar os acontecimentos, ou seja, separar a fantasia infantil da realidade e conviver melhor com sentimentos e pensamentos negativos
E quando damos esse passo, temos um bom caminho dado em prol da boa saúde Emocional e psíquica.