Quando o padrasto não consegue tratar o enteado bem

Feita por >Bia · 11 jun 2020 Terapia familiar

Ola a todos. Tenho um filho de 11 anos, que está no espectro autista (asperger). Me separei do genitor dele ainda grávida e o caminho foi bem tortuoso até aqui. Engravidei na Irlanda e depois q meu filho tinha 4 anos, decidi voltar ao Brasil. Fiquei 2 anos e ao final desse tempo, conheci meu atual marido. Vivíamos extremamente bem e meu filho tem verdadeira ADORACAO pelo padrasto. Porém, começo e eu conseguia tolerar a rispidez sem motivo dele para com meu filho. Foram várias conversas, tentativas de fazê-lo entender como é o espectro autista, quais são as grandes limitações, desafios, fraquezas... enfim, ele simplesmente não consegue deixar de gritar, de ser rude, intolerante e até por vezes, desprezando ou sendo muito irônico, coisa que os autistas tem bastante dificuldade em interpretar. Eu cheguei a um ponto em que não quero mais seguir adiante com esse casamento, ja q meu filho logo mais entrará na adolescência e tempos difíceis estão por vir. Estou morando novamente na Irlanda e ja tentei buscar ajuda sem êxito. O que faço??
Eu sempre deixei claro que a minha prioridade é meu filho e que ele ten sorte por ter um enteado que o ama e NUNCA teve ciúmes ou qq coisa do gênero. E para finalizar, meu marido tem verdadeira AVERSÃO à paternidade e hoje agradeço por não termos tido um filho! Preciso de ajuda!!!! Sei q uma separação iria ser devastadora na vida do meu filho, bem mais no que na minha!!! Obrigada!

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A melhor resposta 12 JUN 2020

Olá Bia! Grato por participar. Ter sensibilidade, sabedoria e habilidade para lidar com pessoas autistas é um aprendizado de vida. As pessoas vão, com o tempo, com muito cuidado, desenvolvendo um vínculo com o autista. Você, como mãe, sabe muito bem disso. Nas escolas, demora-se a desenvolver essa vinculação que, geralmente é direcionada a um profissional. Para se ter terreno fértil que permita a criação de bom vínculo com essas pessoas, é preciso muito amor, flexibilidade, abertura mental e criatividade. De outro lado, o fato de seu filho ter essa vinculação com ele (que não é recíproca), não é razoável para justificar sua continuidade de vinculação, caso a essência da manutenção do relacionamento não tenha seu centro em você mesma. Antes é preciso ponderar: você participa de algum grupo de pais de Aspergers? Quais serão os vínculos que propiciaram uma redução do sofrimento pelo afastamento desse vínculo? Em que medida o sofrimento do seu filho será real? Em que medida você pode estar aumentando, hipoteticamente, o sofrimento de seu filho? Quais são os outros vínculos bons que seu filho tem, que podem compensar o afastamento desse vínculo. Lembre-se: a separação será sua, explicada por dificuldades de interação do padastro com seu filho, mas a separação será sua. Você não tem como dimensionar, de forma precisa, como será para o seu filho. Você pode estar enganada. Espero ter ajudado. Estou à disposição para aprofundamentos. Atenciosamente: Ary Donizete Machado - psicólogo clínico.

Ary Donizete Machado Psicólogo em Limeira

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