Boa tarde,
Tenho uma menina de um ano e dez meses. Ela é maravilhosa, mas está na terrível fase da adolescência. Aliás desde pequenina já sinto que ela tem personalidade muito forte.
Ela tem feito bastante birra, não obedece e vários momentos perdi a paciência.
Já tentei explicar as coisas, conversar, mas tem horas que acabo dando um tapinha na mão ou na bunda para ver se dessa maneira ela obedece.
Porém, ontem perdi o controle. Ela foi para o sol (de no mínimo 30 graus) e descalço na brita por umas três vezes, mesmo eu falando que não era para ir, que estava quente e iria fazer dodói nela. Na última vez eu peguei o chinelo e bati na bunda. Não tinha a intenção de ser forte, mas acabou sendo e ficou com a bunda bem vermelha.
Ela chorou muito, muito. Eu vi que ela ficou com medo.
Foi a pior sensação do mundo e me sinto mal até agora.
Eu sei que devo conversar com ela, explicar com paciência, entender que ela ainda não entende o que se passa dentro dela.. Mas é difícil controlar.
O que eu devo fazer?
Obrigada.
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3 JAN 2019
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Olá Cristiane!
Ser mãe e educar um filho não é uma tarefa fácil. Erros fazem parte do processo. O importante agora é você assumir o erro e explicar à sua filha que você ficou nervosa e agiu errado. Pedir desculpas e explicar novamente qual era sua preocupação. Dizer claramente o que você espera dela. Quando ela desobedecer é importante você aprender outras estratégias para educá-la sem o uso da violência. Uma delas é o cantinho do pensamento, no qual você coloca 1 minuto por idade sua filha para pensar e explica o motivo. Quando passar o tempo conversa com ela e explica qual é o comportamento esperado. É importante você falar baixo e com calma, pois nervosa deixará ela nervosa. Se você se acalmar, você acalma ela.
Abraço e conte comigo!
Psicóloga Jaqueline Elisa
10 JAN 2019
· Esta resposta foi útil a 2 pessoas
Olá Cristiane, entendo a sua dificuldade, que é comum entre mães e pais. Uma das coisas que é preciso considerar, é que o cérebro da criança ainda está em desenvolvimento e não funciona como o do adulto. Ela ainda não controla seus impulsos e as orientações precisam ser repetidas muitas e muitas vezes. Eu recomendo um livro bem didático voltado para pais, sobre crianças até 12 anos. Ele dá dicas muito práticas sobre como lidar com situações do dia a dia e explica princípios de funcionamento do cérebro das crianças. É o livro "O cérebro da Criança". Dos autores: Daniel J. Siegel (Autor), Tina Payne Bryson (Autor), Cássia Zanon (Tradutora). Tenho certeza que a leitura vai ajudar demais.
Outra ideia é fazer algumas sessões com um psicólogo especializado em orientações para pais.
Se precisar, estou à disposição.
Abraço
Roberta Bouchardet
7 JAN 2019
· Esta resposta foi útil a 2 pessoas
Olá Cristiane.
O processo de criar um filho não tem receita pronta. A proposta de ser autocrático ou democrático depende do comportamento de nosso filho(a). É muito importante não nos omitirmos desse processo, é responsabilidade nossa.
Mas penso que, quando gritamos, batemos, ou fazemos algo que posteriormente nos arrependemos, fazemos isso para saciar uma ânsia nossa, jogamos nossas frustrações buscando obter um resultado rápido. No momento nos parece o mais fácil, mas não é o mais certo.
Na verdade o processo de educação, em alguns momentos, vai exigir ações pontuais e, algumas vezes, mais enérgicas. Mas é importante não confundir isso com ações de excessos.
Se você entende que praticou algum excesso e isso pode se repetir, talvez buscar uma ajuda terapêutica seja indicado.
De qualquer forma, procure maneiras que provoquem sua inteligencia de, quando você achar necessário, fazer sua filha pensar sobre o que esta acontecendo. É bem mais difícil, mas o resultado costuma ser promissor.
É mais difícil pois às vezes temos que manter uma posição que nos deixa desconfortável, a de educadores.
A palavra de uma mãe ou um pai tem que ser levada a sério pelo filho(a). Se alguma situação você proibir sua filha de fazer algo, retirar algo que ela gosta, deixá-la de castigo por determinado tempo por questões disciplinares, é muito importante que ela saiba o motivo de forma clara e que você mantenha sua posição o quão séria a situação for.