Sou uma mulher de 33 anos. Sempre fui muito tranquila. Nunca fui de correr atrás de homem ou ficar me apaixonando atoa. Também sempre fui muito tímida.
Não sou casada e não tenho filhos.
Há alguns meses troquei olhares com um rapaz, e fiquei totalmente apaixonada. Não consigo lembrar se tive essa intensidade com outra pessoa. Ele é meu vizinho. Um rapaz que deve ter mais ou menos 20 anos de idade, em outra fase da vida.
Curioso que anteriormente ele nunca havia chamada a minha intensão.
Sempre tive consciência que isso não faz o mínimo sentido, nem na possibilidade. Tanto que a minha vontade era de que ele não percebesse. Porém em algumas ocasiões tive a impressão que ele também sentiu algo.
Quando passava por ele evitava olhar. Mas ele percebeu, e compartilhou com amigos, conhecidos vizinhos. Isso me deixou muito encabulada.
Não entendo o porquê dessa atitude dele. Se por falta de caráter, imaturidade, ou buscava aprovação das pessoas.
Acho que quando sabemos que alguém que não é do nosso interesse gosta da gente, não fazemos questão de sair espalhando por aí.
Mas gostaria de entender o motivo dessa paixão.
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28 DEZ 2021
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Olá senhorita Flávia, bom dia. Obrigado pela oportunidade que me oferece de poder conhecer um pouco de sua história. Parece-me um tanto quanto incomodada com este sentimento repentino. Provavelmente, isso a incomoda mais pelo fato de estar acontecendo pela primeira vez e aos 33 anos de idade. Bem, vamos entender o porque: é importante partir do princípio de que sentimento não se controla, ele vem e pronto. O fato de estar apaixonada aos 33 anos, não há nenhum problema. Os sentimentos aparecem em qualquer idade, com você não seria diferente. Por outro lado, é bom refletir e ver se o que mais incomoda é estar apaixonada ou se o problema é a idade do "príncipe". Aqui podemos fazer algumas conjecturas: socialmente falando, parece uma distorção uma paixão com essa diferença de idade. Por outro lado lado, há também o fato de ele sair por aí, falando com as pessoas sobre algo que deveria (sob o seu ponto de vista) ser guardado em segredo, o que é compreensível. Contudo, acho mais importante, refletir sob o olhar compreensivo sobre o ser humano. Como disse acima, não temos controle sobre qualquer sentimento, principalmente nesse em questão. Você parece não entender o porque desse sentimento nesta idade. Em meu ponto de vista, isso é de somenos importância. Você é mulher, jovem, autônoma, livre e competente para decidir o que é melhor para si. Portanto, em plena condição de ter esse tipo de sentimento por alguém independente da idade. O conveniente nesse caso, é ponderar as possibilidades: será que ele está disposto, a vai ser bom, não vai ser bom e assim poder decidir se vale a pena ou não. É bom também ter em mente que só há um meio de ter certeza sobre alguma coisa, fazendo. Com certeza, havendo uma relação ou não, esse sentimento vai passar, a paixão pela sua própria natureza, passa. Como ninguém é obrigado a dar conta de tudo o tempo todo, não vejo nenhum problema em procurar ajuda de um psicólogo se julgar necessário.
Seja feliz
Benjamim Amorim, Psicólogo clínico e psicopedagogo.
3 JAN 2022
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Olá Flávia, não sabemos o porquê desta atitude dele, mas aproveite esta paixão, esta coisa intensa, esta troca de olhares, tome uma decisão em falar com ele de alguma forma, busque uma resposta da parte dele. Sabemos que a paixão não dura eternamente, mas quando há oportunidade, por que não aproveitá-la? Ele pode ter espalhado por diversos motivos, inclusive insegurança ou não saber o que fazer, inclusive pode ser tímido tanto quanto você. De qualquer forma, paixão não precisamos entender, precisamos viver. E pra você, parece que vivê-la envolve renunciar a esta Flávia que sempre foi a moça tranquila, que não corre atrás de homem ou que não se apaixona a toa. Deixe que esta antiga Flávia ceda espaço para esta que está querendo surgir, que vem para te interrogar nas certezas que você adquiriu sobre você mesma durante a vida, veja onde ela te leva, aí está a graça da vida! Se quiser conversar mais sobre isso, estarei disponível para atendimentos a partir de 20/01. Grande abraço, e um bom fim de ano, espero que recheado de surpresas!
27 DEZ 2021
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Olá Flávia.
Li seu relato com muita atenção. Você trás ao nosso conhecimento que se percebeu apaixonada por alguém mais novo. Você não esperava por isso, aconteceu, de repente. Você também percebeu que ele sentiu algo. Os sentimentos se balançaram. Te doeu no entanto, vê-lo compartilhar esta intimidade com outras pessoas, pensaste sobre ser "falta de caráter, imaturidade ou necessidade de aprovação das pessoas"....No fim, você se indaga porque apaixonou-se...
Bem, eu te devolvo a pergunta...por que não amar? embora tenha uma diferença de idade, os sentimentos não seguem uma lógica racional...os sentimentos tem lógica própria...Não há problemas em amar...não há problemas em sentir-se inclinada ao amor...quando no máximo existe consequência...
22 DEZ 2021
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Olá Flávia! Grato por compartilhar essa história. Certamente tua história explica, e explica com muita nitidez essa paixão. Paixão é a palavra certa, posto que é cega, posto que é rápida, momentânea, transformando-se em algo menos intenso ou gerando direção contrária de sentimentos. Você se descreve tímida, com trinta e três anos, nunca tendo vivido algo assim antes. No caso dele, como o de todos nós, diante de experiências novas, estamos despreparados, imaturos. Não se deve buscar o centro da explicação da atitude dele na natureza do caráter ou busca de aprovação, deve-se sim, ponderar o símbolo (por empatia), do interesse de uma mulher de trinta e três por um adolescente de vinte anos.
Será muito bom e enriquecedor você poder se situar, quanto a identidade, autoconfiança, metas, rotina de vida, com a ajuda científica de um psicólogo. Estaremos à disposição.
Abraços virtuais (em tempos de pandemia verdadeira, de maioria de falsos políticos, de grande maioria de falsos religiosos (atores, comerciantes da fé, opositores do conhecimento), até de alguns falsos cientistas, sigamos recomendações de instituições como: TVs Educativas, Universidades Públicas, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Organização Mundial da Saúde!)
Vacine-se!
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.