Estamos casado há 10 anos e nada consegue fazer agente se entender. No começo do nosso relacionamento ele me traiu me bateu várias vezes e ao longo dos anos foram se passando e ele nunca mais encostou a mão em mim. Hoje ele faz tudo para agradar e eu tenho muita mágoa,não consigo fazer nada por nós . Por que já fiz tanto . To esgotada, brigamos por tudo. Não se entendemos. Hoje ele não é culpado, e sim eu. Pois o que aconteceu tá tudo vivo dentro de mim. Ele tá tentando me agradar. Mas eu sou muito infeliz comigo mesma. E não consigo fazer ele feliz. Preciso me separar sim. Mas não consigo. Temos um filho de 9 anos. Mas creio que não é ele que me deixa aqui. Não sei que fazer. Sou amargurada, estressada, totalmente infeliz. E ele hoje, não tem feito nada de errado. Mas não consigo escutar ele brigar comigo, nada. Não consigo engolir mais nada.
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31 JAN 2025
· Esta resposta foi útil a 4 pessoas
Oi Maria
Agressão machuca, deixa marcas profundas no corpo e na alma, por isso está magoada e esgotada. Como confiar e se abrir para se relacionar com alguém que já te traiu várias vezes e agrediu? O medo de que isso volte a acontecer fica presente. Vc não tem culpa, está reagindo ao que te aconteceu, ao que ele fez com vc. Nada justifica a violência e por mais que atualmente ele não aja mais assim, para vc não passou. Como vc mesma disse, tudo está vivo dentro de vc e isso é sintoma de trauma emocional. Violência doméstica traumatiza e é necessário fazer tratamento para que vc se liberte dessa carga traumática. Para ser feliz consigo mesma é preciso se cuidar, tratar as dores e se conhecer de forma profunda. A felicidade vem da saúde, muito dificilmente alguém consegue ser feliz, com dor. A dor emocional é real e toda essa armagura e estresse são decorrentes disso. O ideal é realmente que se separe, geralmente o que mais prende as mulheres nos relacionamentos é a dependência emocional e financeira do parceiro. Ainda que seja uma relação ruim, estar com alguém - mesmo que seja um agressor - parece mais seguro do que ficar sozinha, além disso existe a culpa, a socialização que a mulher recebe na sociedade a respeito dos relacionamentos. É como se prova de amor fosse tolerar abuso, mas amor não machuca, não agride e não traumatiza. Vc disse que ele parou de te bater, mas a violência psicológica e moral também são agressões e brigas constantes se encaixam nessas formas de violência. Ele te agrada, mas tb te agride, querida. Tome consciência sobre relacionamentos abusivos, pesquise sobre o ciclo de violência e busque se fortalecer para romper essa relação. Planeje os seus passos e pare de acreditar que não consegue sair desse relacionamento, vc é capaz. Pense no que precisa para se separar e reúna esses recursos, ainda que possa demorar um tempo. Se for possível, faça psicoterapia, tratando a dependência emocional e recebendo apoio psicológico vc poderá se fortalecer para dar os passos que precisa. Seu filho tb merece viver longe de violência porque o comportamento do pai com vc o afeta diretamente. Fico a disposição para te atender. Um abraço
2 FEV 2025
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Olá, pelo seu relato não dá pra dizer que tudo que sente é culpa sua. São consequências das vivências que foi exposta pelas atitudes do seu marido, que na ocasião, não conseguiu se posicionar para nao se magoar. Sugero que busque acompanhamento para ressignificar as suas vivências e não carregar tanta culpa para então, decidir o que realmente fica e o que não fica na sua vida. Fico a disposição para ajudá-la neste processo, abraços!
2 FEV 2025
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- Olá Maria, primeiramente, sinto muito pela situação difícil que você está enfrentando, parece que você tem carregado um peso emocional muito grande ao longo dos anos, e isso tem gerado um desgaste profundo na sua relação e no seu bem-estar. Mesmo que as circunstâncias tenham mudado, as marcas do passado ainda estão presentes e influenciam suas emoções e decisões. É compreensível que, após passar por tantas situações difíceis, seu corpo e sua mente estejam reagindo dessa forma.
O sentimento de esgotamento, a dificuldade de seguir em frente e a sensação de estar presa podem ser sinais de que suas emoções precisam de um espaço seguro para serem trabalhadas. Você não precisa enfrentar isso sozinha. Existe um caminho para compreender melhor seus sentimentos e encontrar alternativas que respeitem o que você deseja para sua vida.
Se sentir que faz sentido para você, podemos conversar melhor sobre isso em um atendimento online. Estou à disposição para te ajudar nesse processo.
1 FEV 2025
· Esta resposta foi útil a 1 pessoas
Olá, Maria, percebo que sua angústia e pertinente para ser acolhida e compreendida, e quero pontuar a sua coragem em disponibilizar aqui o seu caso para todos! O que deve ser observado são dois pontos interessantes que pontou na sua escrita.
O primeiro deles e a situação em que vivenciou de abuso e violência, deixando feridas que acredito que não está se curando, não e mesmo? Como no nosso corpo, as feridas precisam de componentes para que possam ocorrer a cicatrização (no que se refere a questão física), quando estamos falamos de dores emocionais, diferente do corpo, a nossa mente precisa de aspectos e estratégias para lidar com o sofrimento e angústia, resultando assim na ˜cicatrização˜ emocional. O que posso observar que seja sua dificuldade nesse aspecto.
Quanto ao segundo ponto, e notável a noção que apresenta quando falar ˜hoje ele não tem feito nada de errado˜ como se o fato dele não ter mais esse comportamento, invalidasse toda experiencia que passou, percebe? Muitas das vezes tentamos esquecer o passado e situações que nos fizeram sofrer, e sofremos ainda mais por não está conseguindo. Me parece que esteja justamente nesse ponto. Acredito que todos estão em sofrimento, tanto você, quando ele e seu filho. Nos profissionais da área da psicologia estamos aqui para te oferecer uma maneira de buscar meios que te traga a ter uma vida mais saudável. Procurar ajuda é fundamental, não hesite! Você não está sozinha e se estiver, não precisa continuar sozinha.
1 FEV 2025
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Olá, Maria, primeiramente gostaria de te agradecer pela oportunidade de te ajudar.
Maria, é claro que você não quer mais esse casamento, mesmo que tenha sido em um passado remoto, foi essa mesma pessoa que traiu a sua confiança do compromissado entre vocês como casal, foi essa mesma pessoa que te agrediu. E por cima de todo esse passado violento há desentendimentos, brigas. Como você bem observa: "Pois o que aconteceu tá tudo vivo dentro de mim.", e isso não é má-fé, desinteresse seu, mas sim feridas ainda abertas, não cicatrizadas. Quem hoje tenta te agradar ontem te violentou. Dez anos é uma história relevante de convivência e acontecimentos compartilhados, vocês tem um filho, mas também como tão bem você pondera: "Mas creio que não é ele que me deixa aqui." Você reconhece e assume sua amargura, estresse, total infelicidade, sua garganta está fechada — minha indicação, Maria, é que você inicie a psicoterapia, pois é nesse espaço e momento que tudo que está engasgado, abafado poderá ser devidamente dito, expressado, falado, escutado e acolhido, para daí sim termos as condições para merecida mudança que você precisa.
Parabéns pela coragem de vir aqui, se abrir e desejar mudança para sua vida.
Maria, fico à disposição, realizo o atendimento on-line.
Um cordial abraço,
Bruno Souza Marques - CRP 05/62038
31 JAN 2025
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Olá, Maria! Sinto muito pelo seu sofrimento. É compreensível que você se sinta assim em relação ao seu marido, foram muitas situações de agressão e não é algo que se supera de forma simples, e apesar de você relatar que hoje ele tenta te agradar, as brigas continuam sendo uma forma de violência. Reflita sobre o que você sente e qual o seu real desejo, que vá de encontro com uma vida que não tenha tristeza e estresse. Pode ser muito difícil tomar decisões que tornem nosso desejo real, procure o apoio de amigos e familiares, e se for possível, entre em processo de terapia com um psicólogo, para que tenha um ambiente seguro e acolhedor para lidar com tudo isso. Lembre-se que um ambiente que envolva brigas e infelicidade não favorece nenhuma criança.
Fico à disposição. Abraço!
31 JAN 2025
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O que você está sentindo é completamente válido. O passado não desaparece simplesmente porque o tempo passou ou porque a outra pessoa mudou. Você viveu experiências traumáticas, e essas marcas não somem com boas atitudes no presente. A logoterapia fala muito sobre a busca de sentido, e parece que, neste momento, você se sente presa em um ciclo de sofrimento, onde não vê um propósito claro na relação. Você já fez muito, tentou, mas sua dor ainda está presente. Isso não é culpa sua. Seu cansaço emocional indica que algo dentro de você precisa de atenção, e talvez a separação seja um caminho para sua cura. Mas, antes de qualquer decisão, é essencial que você olhe para si mesma com mais compaixão. Você não é obrigada a ficar onde não se sente bem, assim como não precisa se culpar por não conseguir superar algo que foi tão doloroso.
Seu filho pode ser um fator que te faz hesitar, mas crianças percebem quando os pais estão infelizes. Pergunte-se: que tipo de ambiente você quer oferecer a ele? O que ele pode aprender ao ver a sua relação? O que você gostaria que ele entendesse sobre amor e respeito?
Se você sente que não consegue tomar uma decisão sozinha, buscar apoio psicológico pode te ajudar a organizar seus sentimentos e enxergar novos caminhos. Seu sofrimento não é frescura, nem exagero. Você merece viver sem essa angústia constante. A pergunta que talvez precise fazer a si mesma agora é: qual vida faz sentido para mim? E, a partir daí, começar a dar os primeiros passos para alcançá-la.
31 JAN 2025
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Bom dia, Maria! Grato por se colocar. O fato de vocês terem um filho de nove anos, de você reconhecer que ele fazer tudo para te agradar, sugere que será preciso analisar com maior completude e profundidade a situação.
Sugiro que, com mente aberta, persistência, disciplina e regularidade, procure por um de nós, psicólogos, para que te ajudemos a construir um encaminhamento que possa oferecer a melhor harmonia para você.
Você não pode permanecer amargurada, estressada ou sentir-se infeliz com regularidade.
Atenciosamente,
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador de carreira.