Namoro ha 3 anos, aparentemente um namoro bom, conversamos sobre tudo, a gente pensa igual sobre muitas coisas e sinceramente o amo muito, mas todos os dias me vem a dor de ele, por acaso, não me amar. Tenho medo de nos casarmos e no futuro ele se sinta infeliz comigo. Tenho a sensação de que ele se acostumou comigo, me trata com carinho mas nada mais! Eu faço o que eu considero normal para continuar nosso relacionamento bem, tento o ver todos os fins de semana e feriados, tento ajudar no que ele precisar, planejo viagens, tento fazer planos para o futuro, faço isso tentando a opinião dele sempre, mas nem todas as vezes são respostas positivas, ele insiste em passar finais de semana longe, não quer viajar, e não tem pensamentos futuros, já conversei com ele sobre esse sentimento de que ele estava sendo egoísta na nossa relação que precisamos sair, planejar o futuro e etc, mas me disse que era seu jeito, que iria mudar e tal, mas sinceramente, não vejo muita coisa. Recentemente, me veio outra situação, conheci uma ex namorada que estava morando em outro lugar e acabou aparecendo de novo, ele havia comentado pouco sobre ela, sua família que sou bem próxima também nunca tinham tocado no assunto. Mas como nunca tinha tido contato com ninguém do seu passado fique curiosa e perguntei a minha cunhada, e ela me falou até inocentemente que ele gostava muito dela, fazia questão de quase não aparecer em casa por causa dela e que terminou pesadamente por causa da mudança dela, e começamos a namorar 1 ano depois deles terminarem. Estou com o coração pesado, ele disse que era o jeito dele de não fazer certas coisas mas com a outra namorada fazia questão. Bom, fiquei muito enciumada e sinceramente reforçou muito o que eu já pensava antes. Será que teria outra solução além do término? eu gosto muito dele, e as vezes penso que tudo tá na minha cabeça apenas e que ele nem sequer pensa sobre, pelo menos não demostra, eu acredito que estou muito dependente dele, ele é todo o meu tempo livre, meus pensamentos, e sinceramente não quero terminar.
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4 DEZ 2024
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Oi, Isa
Pelo que descreveu, me parece que carrega a ferida do abandono, por isso teme ser abandonada por ele. Vc tem medo que ele se sinta infeliz com vc no futuro e não pensa que tb pode se sentir infeliz com ele. Vc está colocando ele e o relacionamento no centro da sua vida, como se fosse a coisa mais importante e isso cria dependência. As relações afetivas são importantes, mas não devem ser o centro da sua vida, vc deve ser o centro e ter outros pilares: sua vida profissional, seus objetivos, planos, estudos, amizades, sonhos, etc. É assim que construímos uma relação saudável e desenvolvemos saúde mental porque se um pilar desmoronar, "a casa" não cai inteira. Vc não perde o chão. O medo de ser abandonada vem disso, de ficar sem "nada", vazia e sem chão. E isso realmente pode acontecer, se continuar colocando ele pedestal dessa forma. Vc tem sintomas de dependência emocional e baixa autoestima, recomendo que faça psicoterapia para tratar essas questões e obter mais clareza sobre o seu relacionamento. Não adianta se esforçar sozinha, uma relação é feita a dois e se a pessoa não esforça e não quer as mesmas coisas que vc, por que vai insistir? Acha que pode fazer ele mudar de ideia? Não se compare com a ex, nada disso é sobre ela e sim sobre ele. Se ele tem questões mal resolvidas com ela e isso estiver afetando o seu relacionamento, cabe repensar se vale a pena continuar com alguém que gosta de outra ou não encerrou um ciclo. Independente do tempo que passou do término, o luto pelo fim muitas vezes é longo. Não sei se esse é o caso, mas se for é melhor que tenha consciência disso para tomar uma decisão. Vc gosta dele como ele é ou gosta do potencial que enxerga nele? Não se iluda achando que ele vá mudar por vc, as pessoas mudam apenas se quiserem e não há nada que possa fazer sobre isso. Ele já disse que não vai mudar e do jeito que está, tá bom para vc? Pense nisso com honestidade, sem se enganar e se precisar de ajuda, estou a disposição para te atender. Um abraço
Oi ISA,
Pois isso pode ser um problema: "não quero terminar"...
Você é verdadeira, está aberta, dialoga, o chama para despertar, compartilha teus pontos de vista, mas ele se mantém longe, afastado, no mundo do "tanto faz".
Pergunte-se: O que a faz continuar tentando? Ok que ele pode ser conquistado. então provoque ele, pergunte da diferença entre de postura dele diante de você e da outra namorada...
Questione-o sobre a forma de ele ser com a outra e diferente com você... quem é ele afinal?
Valorize-se e diga que você não é uma mercadoria para ser testada... mas quem ele prefere?
E se ele preferir a outra, deixe-o livre, por amor a si mesma. As circunstâncias estão indicando que ele não está na tua altura de vibração e se você forçar ele a ficar contigo, você pode baixar a tua vibração e vai sofrer as consequências.
Provoque-o a fazerem Psicoterapia, fzerem análise de como a mente de cada um funciona. Se ele concordar, ele está demonsrando que te prefere. Mesmo assim, questione-o sobre a outra, onde ele a colocará no coração dele; isso, para que ela não seja um fastasma que o persegue e impede a convivência contigo, a expressão de sentimentos entre voces dois.
Abraços
Oi Isa, sinto muito por essa fase difícil que esta vivendo. Me parece estar confusa sobre como "deveria" agir, já que nota pouco envolvimento do seu namorado na relação e sente que falta algo (que ele não te ama). Na terapia você teria espaço pra entender se são pensamentos difíceis ou são fatos a considerar antes de tomar uma decisão. De toda forma, você relatou que ele é todo o seu tempo livre e que já nota uma dependência. Terapia seria tão importante pra você se olhar, se amar e se reconhecer nessa história.
Estou a disposição. Um abraço
Bom dia, Isa! Grato por escrever. O grande namorado de casa pessoa, somente pode e precisa ser ela mesma. Você não está sendo namorada de si mesma. Antes de ter o namoro com outra pessoa como prioridade precisamos conhecer melhor a natureza humana, a cultura. Precisamos desenvolver turmas de colegas e conhecidos que sejam éticos e saudáveis para vivenciarmos trocas sociais diversificadas e amplas, não depositando todas as nossas carências e trocas culturais/sociais, em namorado e família. Precisamos consolidar estudos profundos, trabalho consistente. A sociedade atual é muito complexa.
Em média, mais ou menos até os vinte e oito anos de idade, as pessoas precisam priorizar essas coisas, integradas com a questão da identidade pessoal, da compreensão da própria personalidade, com originalidade e respeito para com a essência pessoal.
Você está cheia de dúvidas, fragilidades, incertezas; precisa amadurecer.
Pratique esportes coletivos de contato, vivencie grupos de estudos, teatro, arte e cultura.
Ao mesmo tempo, conte com a assessoria científica de um de nós, psicólogos.
Atenciosamente,
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
