Tenho 24 anos e até hoje tive dois namorados sérios (um com 21 anos e o outro ano passado, com 23). Com os dois a situação se repetiu: comecei a namorar achando que estava gostando do cara, daí poucos meses depois começo a enjoar, e percebo que o que sinto na verdade não é amor, e sim um carinho. Não consigo mais sentir friozinho na barriga, pensar o dia inteiro na pessoa e outros sintomas de paixão, que me eram comuns na adolescência. Nenhum dos meus relacionamentos sérios durou muito por conta disso. Meu último ex namorado era um cara "tudo de bom": bonito, fiel, educado, de caráter... Mas eu não tinha química nenhuma com ele, simplesmente ele não me despertava nada além de um grande carinho.
Na verdade, a única pessoa que me fez sentir algo realmente intenso foi um cara que foi um ficante quando eu tinha 16 anos... Ele foi meu primeiro amor e eu era loucamente apaixonada por esse garoto, posso dizer que durante o pouco tempo que estivemos juntos eu fui a pessoa mais feliz do mundo, mas ele terminou comigo e me fez sofrer muito. Tive até que fazer terapia na época pra tentar esquecê-lo. Hoje em dia não gosto mais dele, porém ainda sinto uma leve queda, por causa das memórias que tenho com ele. Depois dele, nunca mais ninguém despertou algo intenso em mim.
Será que tenho algum bloqueio sentimental por cauda dessa minha decepção amorosa do passado? Ou simplesmente a pessoa certa ainda não apareceu? Tenho muito medo de acabar sozinha, quero muito casar e formar uma família.
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2 MAI 2017
· Esta resposta foi útil a 441 pessoas
Olá Daniela,
A adolescência é um período de sentimentos e emoções intensas. O frio na barriga geralmente vem por conta de nossa inexperiência em lidar com as situações. Toda essa montanha russa de sensações nos marcam para toda a vida, e nem sempre é sábio continuarmos buscando as mesmas reações depois de adultos.
Em seu relato eu gostaria de apontar duas coisas:
1- Quando você diz "não é amor, é carinho", o que você chama de amor? Somos bombardeados constantemente por histórias românticas em livros, filmes, séries. Nos deixamos levar e aceitamos essa definições romantizadas do que é amar, e tentamos trazer essa idealização para nossos relacionamentos. O amor tem várias formas, que mudam de acordo com quem somos, com quem amamos, e como nos relacionamos. Talvez seja importante você descobrir o seu conceito próprio de amor, que te deixaria feliz, ao invés de tentar encaixar o que sente nas caixinhas dadas pela mídia e se frustrar.
2- Quando você fala sobre a "pessoa certa", você está justamente reforçando esse ideal romântico que acabei de dizer. Pessoa certa, amor eterno, felizes para sempre logo de cara só existe na mídia, e não deveria ser buscado como objetivo sempre. Só sabemos se a pessoa é certa, se o amor durou, se fomos felizes quando olhamos para trás e vemos nossa história com quem nos relacionamos. Ao encontrarmos alguém não podemos prever o futuro, e bater o martelo dizendo que "é o certo". Pessoas mudam, contextos mudam, e o que importa é como lidamos com essas mudanças de fato, e o vínculo que vamos estabelecendo um dia após o outro.
Antes de pensar em "bloqueio sentimental", penso que seria interessante você se conhecer, entender sua forma de amar, e tentar separar o que é realmente seu do que é padrão idealizado. Há várias formas legítimas de sentir e se relacionar, não apenas uma.
3 MAI 2017
· Esta resposta foi útil a 203 pessoas
Olá Daniela!
Pode sim ter sido construído um bloqueio devido esse relacionamento tão intenso que você viveu.
Pelo seu pequeno relato, parece que tudo que foi vivido ainda não foi elaborado.
Seria indicado que procurasse ajuda de um psicólogo para que possa pensar sobre este relacionamento novamente, mas também, refletir sobre suas emoções.
Este ´´frio na barriga`` ou a intensidade de seu primeiro amor, muito possivelmente não vão permanecer em futuros relacionamentos da mesma maneira. Tanto a paixão, como a adolescência, envolvem uma série de liberação de hormônios que promovem toda essa intensidade. É preciso compreender as formas de se envolver a partir de quem você é hoje, sem que sejam anulados o valor do relacionamento ou do parceiro.
2 MAI 2017
· Esta resposta foi útil a 182 pessoas
Daniela, percebo, através de tua história, uma grande dose de medo. O medo está te paralisando afetivamente. A priori poderíamos julgar que esse medo tem correlação com o namoro dos 16 anos porém, creio que exista algum medo maior e mais antigo em tua vida, algo que pode estar oculto. Em um contexto terapêutico você poderá entender e resolver essa problemática.
Pedro - consultório de psicologia regressiva - Curitiba
2 MAI 2017
· Esta resposta foi útil a 179 pessoas
Bom dia Daniela, tudo bem?
É natural que durante nossa vida acontece situações de términos de relacionamento, e com o termino surja o sofrimento e luto pelo fim da relação. E é normal também que possamos iniciar um relacionamento e não se sentir bem com a nova relação, nesses casos você pode optar sim, pelo término.
Se essas situações continuarem a te incomodar o melhor mesmo é procurar uma ajuda psicológica para você voltar a se sentir bem e se caso surgir um novo relacionamento conseguir se relacionar de forma saudável e que traga satisfação.
Abraços espero tê-la ajudado.
Marijara
2 MAI 2017
· Esta resposta foi útil a 181 pessoas
Daniela tudo bem?
No trabalho de Psicoterapia aprendemos a nos conhecer melhor, e nos conhecendo melhor podemos entender nossos atos, nossos medos e receios.
Faça terapia e depois me conte!
2 MAI 2017
· Esta resposta foi útil a 190 pessoas
Daniela!! Cada indivíduo tem um tempo específico para tudo inclusive para amar. Relaxe, no momento certo sentirá afeição por alguém. Me parece que está idealizando, colocando expectativas nas pessoas que conhece, percebo que está buscando inconsciente aquele que te fez sentir emoções fortes no passado. Quando liberar aquele sentimento de outrora, dará chance a si mesma para um novo recomeço. Acredito que algum ressentimento negativo por causa do rompimento daquele que amou continua ai, blindando seu coração.
Sugiro que procure um psicólogo para te dar o apoio necessário.
Atenciosamente,
Celeste.