Olá, pessoal. Conheço ele há quase 03 anos, desde o início houve desentendimentos e sempre ele usava chantagem emocional, simulava sentimentos e contava mentiras para conseguir o que queria. E o pior de tudo é que quando eu queria terminar ele começava a dizer que iria se cortar, se suicidar e tal. Ele sabe como me deixar culpada. Resultado: ele ganhava.
Somado a isso e outros fatores da minha vida, adoeci e cai em uma depressão (que por sinal ele nem sabe). Terminei e ouvi horrores dele.
Fiquei meses em paz, mas ele sempre corria atrás de mim mandando mensagens. Caí na besteira de voltar a falar com ele. E fui ingênua em pensar que ele tivesse mudado, e quando percebi já estava envolvida novamente.
Eu não aguento mais, quero terminar e seguir em frente, mas ele é persuasivo e sempre ameaça se suicidar.
Já cansei de aconselha-lo a procurar ajuda psicológica, mas o mesmo recusa. Semana passada avisei a um parente dele sobre as ameaças suicidas e mandei ele ficar atento. Isso é o máximo que posso fazer.
Não estou feliz, não queria está nessa situação, sei que tenho a minha parcela de culpa em ter dado espaço para que ele entrasse na minha vida, novamente, mas tenho que confessar que mtas vezes sou ingênua.
Diante disso tudo, como devo proceder? como devo abordar o término?
Desde já, obrigada.
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28 FEV 2018
· Esta resposta foi útil a 198 pessoas
Olá Malu, o que você está descrevendo é o clássico Transtorno de Personalidade Borderline. Neste quadro há muita manipulação por parte do paciente com ameaças desse tipo. E não exclui do paciente ter outros transtornos associados, como depressão, logo o paciente pode ter transtorno de personalidade borderline (TPB) e depressão ao mesmo tempo, ou outros transtornos. Logo é um quadro muito complexo e difícil, até mesmo para profissionais da saúde mental, pois como mencionei há muita manipulação e chantagem. Em geral esses pacientes melhoram depois de uns anos de terapia e medicação (o acompanhamento deve ser feito por um psicólogo e um psiquiatra).
Você não é obrigada a permanecer nessa relação se não quer, se não se sente à vontade, se não há perspectivas pra você. Assim como você não é responsável pela vida dele. Ele é responsável pela própria vida. Sua atitude de informar os familiares foi correta, muito acertada, é papel da família dele cuidar para que ele possa buscar ajuda profissional. Espero ter ajudado.
24 MAI 2023
· Esta resposta foi útil a 5 pessoas
Ola
Imagino que situação delicada e difícil que esteja passando!
Pelo que dá pra entender pelo seu relato que ele é um homem adulto, você não tem responsabilidade sobre as escolhas e vida dele.
Avise a família, o suporte que ele tem e termine.
Sei que não é fácil, o medo que algo aconteça é grande, mas essa responsabilidade é da família dele.
Você não é obrigada a permanecer em uma relação que te trás tanto sofrimento.
Quando você permite, você sustenta as ameaças que ele faz, porque de fato funciona, você permanece na relação!
Não há maneira correta de terminar.
Avise a família do discurso dele de ideação suicida, e saia da relação.
Se preciso e for melhor pra vc a manter a decisão termine por mensagem, sendo assertiva é claro.
Se conseguir presencial ótimo, mas pense em ti, e não negligencie a sua saúde mental!
Uma coisa : você se manter na relação não vai faze-lo melhorar, você só ficará refém.
Ele precisa necessariamente de tratamento.
Espero ter te ajudado e fique bem
Qualquer coisa estou a disposição ☺️
Se cuide
1 MAR 2018
· Esta resposta foi útil a 59 pessoas
Malu,
Que situação difícil você está vivendo...
Olha, você não é obrigada a estar com alguém que você não gosta.
Você disse que avisou a um parente dele. Não nos disse quem foi. Fale abertamente com os pais dele, e conte aos seus pais também, para que eles te apoiem e te respaldem.
Escolha sempre pelo que te faz bem.
28 FEV 2018
· Esta resposta foi útil a 137 pessoas
Parece uma situação sem saída. Quando alguém de quem você é próxima diz algo assim, pode parecer que o mundo simplesmente parou de girar. Pessoas com algum tipo de doença mental, como a Síndrome de Borderline, normalmente são mais propensas a cometer suicídio. Depressão, um histórico de abuso de substâncias e outros transtornos aumentam o risco também. Se seu parceiro deseja realmente morrer e tem um plano e a intenção de fazer isso acontecer, procure ajuda imediatamente. Mas se seu parceiro ameaça cometer suicídio com regularidade, particularmente quando você não faz algo que ele quer,você deve entender que isso é uma forma de abuso emocional: seu parceiro está tentando manipulá-la, brincando com seus sentimentos de amor e de temor por ele. Você pode ficar com raiva quando isso acontece, mas pode também se sentir obrigada a ceder ao que ele quer para evitar uma possível tragédia. Com isso acontecendo, voce pode ajudá-lo: demonstre que você se importa com ele, mas respeite seus próprios limites. Ceder a ameaças de novo e de novo não torna seu relacionamento saudável e só permite que você desenvolva sentimentos de raiva e
ressentimento..Coloque a escolha de viver ou morrer onde ela deve estar – no seu parceiro. Você não pode ser responsável pelas ações de outra pessoa, independentemente de qualquer coisa – e isso inclui a escolha do seu parceiro de ser abusivo. Acredito que esse relacionamento deveria se basear em amor e respeito, não em ameaças. Você pode gostar muito dele, mas isso é uma escolha dele e não pode impedir que você a tome.. Lembre-se de que, independentemente do que seu parceiro disser, você não tem nada a provar. Embora ele possa estar dizendo coisas como "Se você realmente me amasse, iria me impedir de me matar", a verdade é que há um padrão nocivo no seu relacionamento. Até o momento em que esse padrão seja posto em pauta, provavelmente irá continuar independentemente de quantas vezes você venha a ceder às exigências do seu parceiro. Mantenha em mente que se seu parceiro diz com frequência que vai se matar quando as coisas não acontecem do jeito que ele quer, ele não está demonstrando amor ou fazendo um gesto romântico; está provavelmente tentando controlar suas ações. Se esse for o caso, pense em tudo que lhe expliquei acima e tente conseguir ajuda como puder. Você terá que fazer terapia com profissional psicólogo. Mas lembre: você não é a orientadora do seu parceiro e não pode forçá-lo a buscar ajuda se ele não quiser. Ele tem que tomar essa decisão ele mesmo.