Tive um casamento de 13 anos, tivemos dois filhos que estão com 8 e 6 anos !!! Separamos há 9 meses e os filhos estão comigo! Meu ex marido vem na minha casa todas as manhãs para ficar os meninos pois eu trabalho o dia todo e ele não trabalha pela manhã. Foi uma separação até que amigável digamos, alguns problemas normais de divórcio, mas relativamente tranquilo. Eu comecei a me relacionar com um outro homem que não teve filhos biológicos, teve dois de adoção e que acabaram falecendo em um acidente. Nos damos muito bem, eu gosto muito dele e sinto isso da parte dele também !! Aquele sentimento forte de verdade, só que ele se incomoda muito com a educação dos meus filhos, acha eles mimados e que fazem o que querem em casa, além de não gostar que meu ex frequente minha casa todos os dias. Meu filho de 5 anos dorme comigo e sempre que meu namorado quer ficar na minha casa, acabamos tendo que desistir porque o pequeno fica me chamando o tempo todo, dorme 30 minutos e acorda chamando. O mais velho agora sem escola, vive no vídeo game ou celular. Os dois ainda tomam mamadeira e comem usando o celular. Sei que são hábitos horríveis, mas com tantas coisas pra fazer no dia a dia, acabei permitindo certas coisas pra não ter tanto stress com eles. Não queria perder esse amor, nos gostamos muito mesmo...mas tá bem difícil de lidar com tantos sentimentos e frustrações ! Alguma dica ?
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2 JUN 2020
· Esta resposta foi útil a 4 pessoas
Olá Faby! O bom seria que toda separação/divórcio acontecessem sem conflitos, mas o positivo no seu caso, é que você e seu ex tiveram uma separação amigável. No caso de seu filho de 5 anos dormi com você: isso acontecia antes da separação ou somente depois? Dentre outras questões que precisariam ser melhor avaliada... Contudo, compreenda que seu filho de 5 anos ainda não tem a sua individualidade amadurecida e é comum que aconteça da criança acordar no meio da madrugada, pois se sente sozinha, desamparada, e ficará tranquila quando estiver próxima dos pais. Mas pelo que entendi seu filho dorme com você. Essa prática atrapalha o desenvolvimento de sua autonomia, dificultando uma separação mãe/filho. Além, de poder prejudicar a vida do casal. Uma atitude interessante nesta situação seria começar gradativamente conversar com seu filho, podendo junto com ele arrumar seu cantinho, deixando ele escolher o jogo de cama, etc. E as poucos ir tentando levá-lo para sua cama. Acolhendo ele por alguns minutos com carinho e, posteriormente, levá-lo de volta para a cama dele – mesmo que isto implique em fazer este trajeto várias vezes…Vale ressaltar que não vale levar seu filho e dormir na cama dele. Se for necessário, melhor seria ficar alguns minutos em uma cadeira a seu lado. Leia uma história na hora de colocá-lo para dormir. Precisará ter paciência. Converse com seu ex e com seu atual sobre isso. É importante que seus filhos vivenciem que seus pais estarão sempre dispostos a protegê-los, mas que cada um tem o seu espaço na constituição familiar.
Com relação a seu novo relacionamento, se ele gosta de crianças possivelmente entenderá e se não estiver disposto a entender, espero que seja madura para tomar atitude coerente, a resposta está com você..
A presença do pai é importante na vida dos filhos, assim como a presença da mãe. Seu ex demonstra estar disposto em ajudar nas responsabilidades com seus filhos. Mas só você é quem pode saber se há algo a mais ou se é apenas ciumes do seu namorado.
Caso encontre dificuldades que ultrapassem as orientações, procure ajuda psicológica.
Faby, a situação fora de controle na qual se encontra exige estruturação de um plano e mudança de atitudes.
Converse com o pai de seus filhos sobre a questão de ele ir todos os dias na sua casa. Explique quanto transtorno está causando na relação com o seu namorado.
A guarda compartilhada pode ser uma solução, muitos pais separados estão dando conta da educação e cuidados dos filhos cada um em sua casa.
Não compre mamadeiras. Comece a introduzir o uso de xícaras para dar o leite ou mingau para seus filhos na mesa da cozinha.
Arrume o quarto do seu filho de forma aconchegante e avise que à partir de agora ele vai dormir lá, independente do seu namorado estar na sua casa ou não. Seja firme e persista em deixá-lo e saia do quarto. Crianças que dormem na cama dos pais podem se tornar ansiosas, inseguras e com baixa auto estima.
Na hora de dormir pode ir no quarto do seu filho, contar histórias e conversar por alguns minutos.
Monte um cronograma das atividades escolares e lazer de cada um de seus filhos.
Escreva cada atividade e a hora que deve ser realizada. Intercale atividades mais difíceis com as mais fáceis e também as de lazer. Explique cada uma. Supervisione diariamente se foram todas realizadas. Faça isso todos os dias ao chegar em casa. Aponte o que ficou bem feito e o que precisa melhorar. As regras e o cronograma devem ser seguidos todos os dias e horários independente dos filhos estarem na casa da mãe ou do pai.
Coloque um horário bem específico para jogo e uso do celular. Fora desse horário intercale outras atividades de brincadeiras ou pequenos serviços de ajuda das crianças como guardar brinquedos, ajudar no jardim, brincar com cachorro, etc.
Caso sinta-se insegura para implantar essas mudanças sozinha sugiro pedir ajuda psicológica para ajudá-la nesse processo.
Fico à disposição,
Psic. Maria Nair de Castilho Ramlow
Ola Faby;
Primeira sugestão seria uma autoavaliação sobre qual a importância para você que seu filho ainda durma no seu quarto e o quanto estará disposta para executar a ação de seu filho fique no seu próprio quarto, essas questão servem para que seja ponto de partida para mudanças. O que adianta dicas se você não estiver disponível para realiza-las e ter todas as consequências dessas modificações na rotina da casa??
Outra é importante que o pai das crianças esteja e se faça presente na criação dos filhos, desde que vocês tenham um acordo de cada um não se meta na vida do outro.
Att;
Jéssica Clarissa
Fabi,
Precisa corrigir várias coisas se quiser ensinar os filhos:
1 - Dormir no seu quarto, não junto contigo. Assim vai afastar teu namorado e ele estaria certo!
2 - Disciplina. No horário das refeições é conversar e rir e não se admite uso de celular.
3 - Estabelecer determinados horários para uso de celular. Voce liberou total... vai ter problemas.
4 - Disciplinar o tempo e os programas a assistir... está escancarando o mundo das enganações aos filhos.
5 - Correta de o Pai participar e acompanhar os filhos, contanto que não se meta na tua vida.
Olá Faby! Grato por participar. Seus filhos, segundo seu relato pontual mostrando que você sabe quais pontos são problemáticos: filho dormir com você, mamadeira ainda, videogame e celular, comer usando o celular. Estão nesses aspectos, em caminhos prejudiciais. Será muito importante, com sensibilidade, diálogo, firmeza, você modificar o hábito deles. Seus filhos precisam te amar, aos seis anos, aos nove, vinte, trinta; não pode ser somente aos cinco anos. Eles, no futuro, se orgulharão de você os ter conduzido, agora, com firmeza. Crianças não tem entendimento de implicações a longo prazo, de certas atitudes; precisam ser conduzidos por adultos. As crianças precisam muito de gastar energia física, viver interações reais. Sabemos que, excepcionalmente, nessa pandemia, isso fica um pouco difícil, mas há como adaptar para que eles mantenham, ma medida do possível, contatos reais e interrompam contato com celular e videogame. Geralmente essas atividades atrapalham muito as matérias de vida, muito mais importantes do que as matérias escolares: saúde físico-mental e interações sociais com riqueza e segurança. Vá conversando com eles, explicando, mas aja com firmeza, disciplina e prática para modificar esses comportamentos. Passar a dormir cada qual em sua cama, cortar mamadeira, racionalizar celular e videogame, introduzir atividade física, dar prioridade para interações sociais reais. Mudanças sempre antecedidas de diálogo e afeto. Estou à disposição para aprofundamentos. Abraços virtuais (em tempos de pandemia, saia de casa, somente para o que for necessário, com máscara, higiene e distanciamento físico: uma morte a mais evitada, vale toda a vida preservada!) Ary Donizete Machado - psicólogo clínico.
