Olá, meu nome é David, sou de SC e tenho 23 anos
Meu caso é o seguinte, tive um relacionamento turbulento e abusivo aos 15 anos de idade que era um ioiô (vai e volta), até que um dia me cansei dos abusos (e de ser abusivo tbm pois o abuso partia de ambos os lados) e terminei.. meses depois, conheci um rapaz e me apaixonei, demos muito certo e estamos juntos desde então (há 5 anos). Porém, durante esse ano, recebi a notícia de que o meu ex foi morar na Califórnia, onde sempre quis morar, e desde então ele não sai mais da minha cabeça. Fico pensando se na vdd eu não fui o errado e deveríamos ser amigos hj em dia, se ele se deu melhor do que eu na vida, entrei em paranóias pensando se na vdd não o havia superado, mas durante todo esse tempo desde que terminamos nunca nem o quis perto de mim e torcia pra que ele ficasse longe. Estou ficando maluco? Realmente existe a possibilidade de eu ainda o amar sem nem ter pensado nessa possibilidade durante todos esses anos?
Amo muito meu namorado e não pensaria jamais em substitui-lo por esse ex ou qualquer outro cara, mas sinto que estou enlouquecendo.
PF me ajudem.
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27 ABR 2022
· Esta resposta foi útil a 4 pessoas
Olá
Não sei se pensaria nessa situação como "amor", mas talvez como concretização de desejos que você teve no passado e que talvez possam ser desejos atuais.
Acredito que o processo de terapia pode te abrir espaço para pensar nessa e em outras possibilidades que te ajudem a compreender seus sentimentos, resolvendo esse "não sai mais da minha cabeça".
Olá David, lendo o seu relato me parece que tu começastes a pensar no teu antigo namorado a partir do momento que tu ficastes sabendo que ele tinha se mudado pra Califórnia, começou a te comparar com ele, como se ele tivesse feito algo que tu sonhavas, talvez ficastes desejando ter realizado esta mudança, ou seja, não se trata de amor mas de comparação.Talvez tu precises avaliar tua própria vida e teus sonhos, agora numa relação mais feliz e saudável.Abraço, Luciana Berton.
Oi David.
Pela pergunta achei que seria outra coisa.
Mas pelo relato que descreveu, creio ser frustração de algo.
É bem comum a gente fazer comparações da nossa vida com os outros, também é bem comum nós olharmos para o passado e ficar pensando o que seria diferente se tivéssemos feito isso ou aquilo diferente.
Mas essa é uma armadilha que nós mesmos criamos, ficar fazendo isso é o que gera em nós frustração.
Pelo que entendi esses pensamentos só surgiram quando você ficou sabendo que ele estava na Califórnia, certo?
Eu não posso dizer se é amor ou não, mas pelo pouco que senti pelo que escreveu eu arrisco dizer que não seja amor. Mas pra ter certeza seria necessário muito mais tempo para conversarmos.
Espero que você consiga superar esses pensamentos e se encontrar!
Qualquer coisa estarei aqui.
Jean Pierre
Olá David! Obrigado por escrever. Cuidado! Você precisa amadurecer e amadurecer muito. Sempre, olhando de longe, sabendo das dores internas, os outros - aparentemente- para os depreciadores de si mesmos, estarão melhores. Não se pode agradar a dois deuses ao mesmo tempo, não se pode vivenciar dois vínculos com a mesma qualidade ao mesmo tempo. É preciso cuidar do que se tem na realidade.
Falta-te delimitar tuas metas pessoais, tua identidade, tua essência, para interagir com o outro, e não para obscurecer o que é teu - de fato - diante das possibilidades imaginárias. Na imaginação muita coisa pode. Na realidade, a maior parte delas, se desdobra diferente.
Será preciso construir autonomia, amadurecimento.
Estaremos a disposição.
Abraços virtuais (A pandemia ainda é verdadeira, há muitos falsos políticos, mais falsos religiosos ainda - atores, comerciantes da fé, opositores do conhecimento - até alguns falsos cientistas. Diante disso, sigamos recomendações de instituições como: Anvisa, TVs Educativas, Universidades Públicas, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Organização Mundial da Saúde!)
Vacine-se! Vacine as crianças! Respeite a Ciência, essa é confiável! A Ciência não é diretamente ligada aos poucos falsos cientistas. Pondere o uso de máscara, melhore a qualidade do afeto! Evite aglomerações.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
