Olá a todas e todos! Escrevi aqui em julho, sobre o meu relacionamento de 11 anos com um homem que sempre carregou a incumbência de prover os desejos da mãe. A mãe, por sua vez, sempre trouxe para o cenário a necessidade de cuidar das próprias filhas (irmãs dele com aproximadamente 40 anos hoje), os netos (sobrinhos dele) e as sobrinhas (primas dele). Assim, a mãe e ele mantém um elo praticamente de casal, em que a mãe se compromete com filhas, netos e sobrinhos, e tem no meu namorado o alicerce para oferecer suporte para os demais, pois a mãe dele afirma a necessidade de todas essas pessoas se manterem vinculadas a ela (morando na mesma casa e ela planejando a vida das pessoas).
No momento em que escrevi aqui, em julho, eu havia deixado de assumir um cargo público mais rentável e em melhor posição do que ocupo hoje, pois eu precisaria me mudar de cidade e eu me sentia muito frágil e sozinha. Ao mesmo tempo, no entanto, prestei outro concurso naquela mesma cidade, fui aprovada novamente, agora para um cargo ainda melhor, e já fiz algumas opções que inevitavelmente me levarão àquela cidade no próximo ano, quando pretendo assumir o concurso que acaba de ser homologado.
Bom, tenho então tentado priorizar a minha vida profissional. Por outro lado, ainda fico pensativa sobre o que fazer com este relacionamento. Temos 11 anos juntos e desde janeiro ele está fazendo terapia comportamental. Acontece que, ainda assim, não sinto que exista construção de sonhos e uma vida comum entre nós. Irei morar sozinha novamente (levamos o relacionamento assim por 10 anos), mas a preocupação dele é a mãe ficar sozinha, mesmo que ela esteja rodeada de pessoas, como relatei acima.
Neste contexto, pretendo tomar uma decisão no processo de mudança. Ao ir para a nova cidade, não quero estar presa a alguém que não pode se comprometer efetivamente comigo. Acontece que ele não assume esta posição. Sinto que, para ele, seja tranquila a situação de eternos namorados (e não falo em convencionalismos, formalidades, mas de companheirismo). Sinto como se ele quisesse me prender, mas não quisesse arcar com as consequências de um compromisso real, pois a fidelidade primordial para ele está no "casamento" que ele já mantém com a própria mãe, se responsabilizando junto com ela pelos "filhos" que ela arranja para eles.
Bom, ele faz terapia há quase um ano, quais mudanças posso esperar disso? É muito doloroso tomar uma decisão definitiva com essa incógnita... Quais orientações e comentários vocês teriam a respeito do cenário todos?
Obrigada!
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23 NOV 2016
· Esta resposta foi útil a 58 pessoas
Boa tarde Kátia,
pelo seu relato, bastante detalhado, sobre seu namorado, parece que vc vê uma situação muito clara de que ele tomou o lugar do pai provedor nesta família, inclusive no que concerne ao casamento com a mãe. A questão quanto à terapia dele é: por que ele procurou terapia? Pois, pelo visto, os resultados que você esperava talvez não sejam as respostas que ele procura. se ele está confortável neste lugar, como vc diz, talvez esta questão seja apenas sua, e nem surja na terapia dele.
O TCC é voltado para sintomas muito pontuais. e talvez na terapia dele esta questão dos papéis assumidos ou do relacionamento com a mãe sequer sejam mencionados.
Outra questão é: Por que vc está pondo sua vida nas mãos dele? Que ele é bom pai - para mãe, irmãos e sobrinhos, já sabemos. Resta saber se vc também deseja este lugar, já que, pelo jeito, é empenhada em melhorar na carreira e não suportaria muito ser dependente dele, como os outros.
que tal vc buscar um psicanalista para você? e descobrir também o que vc quer?
29 NOV 2016
· Esta resposta foi útil a 47 pessoas
Bom dia, olha 1 ano e pouco tempo para aves uma mudança. Ele tem uma relação patológica com a mãe , agora vc deve decidir quanto energia vai colocar nessa relação.
24 NOV 2016
· Esta resposta foi útil a 47 pessoas
Kátia , você já resolveu a questão, apenas descreveu a situação atual, talvez seja importante um acompanhamento psicológico para você fazer o fechamento da sua relação com mais tranquilidade.
A resposta foi útil a você?
Obrigado pela sua avaliação!
24 NOV 2016
· Esta resposta foi útil a 47 pessoas
Ola Kátia,
Avaliando pelo que você descreve, você acha que uma pessoa por 11 anos vive na mesma vida vai mudar agora? O que poderia faze-lo sair da sua zona de conforto?
Quem tem que fazer terapia é você, quem tem que ter o controle pela suas decisões é você.Pense nisso.
Maria da Conceição V. Gioia
Psicóloga
23 NOV 2016
· Esta resposta foi útil a 47 pessoas
Bom dia Katia,
Você chegou a conversar diretamente isso com ele? Acho que expondo o que você está sentindo, talvez ele perceba o que você gostaria para a relação de vcs. Caso você já tenha feito, talvez seja realmente importante avaliar se você realmente quer se relacionar com essa pessoa, pois não dá pra ficar com alguém contando que talvez ele mude para o que você quer. Ele está fazendo terapia para tratar as questões dele, talvez não sejam as questões que você espera que ele trate. Recomendo que você faça a sua psicoterapia, para conseguir definir melhor as coisas e lidar com essa situação complicada na qual se encontra.
22 NOV 2016
· Esta resposta foi útil a 49 pessoas
Bom dia Katia, bem pela sua narrativa vejo que você já tem a resposta para esta situação e só lhe falta coragem para mudar esta e outras situações do seu relacionamento e de sua vida. Se questione, se você está confortável nesta situação e quais os reais ganhos secundários te mantém presa a esta pessoa? Do que você tem medo, o que você tem a perder? e se perder esta pessoa, o que de ruim pode acontecer na sua vida que você não possa suportar e dar a volta por cima e seguir em frente? Lembre-se terapia só funciona quando a pessoa quer mudar de pensamento e comportamento, existe pessoas muito rígida que não está aberta a mudanças. Outra coisa quem está incomodada com está situação é você e não ele, então porque ele tem que mudar? A pessoa ideal que almeja nele talvez não exista no real e só exista para você, entende. Não se pode querer mudar as pessoas, os seus comportamento para nos agradar, as pessoas tem as suas próprias histórias de vida e experiências e nem sempre as incomoda a ponto de querer mudar, pode incomodar a terceiro e não necessariamente a ele.
Você não acha que está precisando de fazer um acompanhamento psicológico para trabalhar essas questões e elaborar melhor essa história e ficar mais forte para poder tomar a decisão que você já tem, sem sofrer tanto?
Att. a Psicóloga Ussénade