Enteado mimado
Olá,
Tenho um relacionamento há 6 anos e há 2 o filho de meu companheiro passou a morar conosco. A ex dele já está em outra, saiu do país por conta de um relacionamento e o menino morou com a avó por 1 ano. A mãe mudou-se diversas vezes, o menino mudou de escola todos os anos. Tentei conversar com ela, mas ela nunca está disponível. De uns tempos pra cá notei que a mãe alimenta raiva dele por mim e pelo próprio pai. A criança, que já era mimada, passou a mentir descaradamente para os outros, me acusando de coisas terríveis (de fazê-lo passar fome, de obrigá-lo a lavar as próprias roupas na mão, até de roubar dinheiro da pensão dele...). Soube que me xinga e ao próprio pai aos vizinhos (alimentado pela família materna). Muita gente acredita nele e já passei por maus bocados, inclusive pessoas que pararam de falar comigo achando que sou um monstro, me olhando feio na rua. As pessoas só se dão conta das mentiras dele quando a criança passa a fazer coisas maldosas com elas (furtos, mentiras, destruição). Já ouvi casos bizarros de coisas que fez com os vizinhos (adultos) cortassem relações com ele. Aliás, é sempre assim: depois de um tempo todas as amizades dele acabam por atitudes erradas dele. Tanto que fi proibido de ir sem um acompanhante nos passeios da escola.
Descobri, há um tempo, que ele bateu num colega de sala com uma cadeira aos 6 anos e bateu na professora que apartou a briga. E a mãe escondeu tudo isso do pai (que deveria ter sido mais presente).
A mãe ignora. Finge que ele é um anjo, embora ele grite com ela ao telefone quando contrariado. Quando o menino está no telefone com a família materna é um festival de insultos a terceiros, a mim e ao meu companheiro. Eu chorava de ouvir, me fazia mal (ele deixava no viva voz, eu não me esforçava para ouvir). Hoje saio de perto, acho nojento.
O pai, afastado por anos do filho por conta das mudanças constantes da mãe e por não ter pulso firme, se sente culpado e não age para educá-lo; perde a paciência e acaba explodindo na raiva. Aliás, de vez em quando sinto que ele se ressente da presença da criança, porque o menino está sempre reclamando ou exigindo algo do pai. Até c dar boa noite no quarto virou motivo de cobrança, com ele sacudindo o pai no sofá e exigindo que ele fosse a-go-ra no quarto dar boa noite. Eu, como madrasta, sou colocada como bruxa, ignorada e meu companheiro sente dificuldade de me defender, pois não sabe dessas fofocas e mentiras que o filho conta (não falo para não dar problema para os vizinhos) e acha que exagero, que sou dura demais. Estou nutrindo muita raiva, pois a ideia de trazer a criança foi minha, o esforço para montar o quarto dele foi meu, eu compro presentes, passei a cozinhar coisas de criança de forma saudável.. . mudei tudo para que ele tivesse a oportunidade de estar junto do pai e agora vejo que ele me tem como inimiga e que me destrói perante vizinhos e colegas.
Queria ouvir opiniões sobre como manter minha sanidade sem queimar os relacionamentos da casa, meu com meu companheiro e dele com o filho e se, diante do ódio semeado pela família materna, posso continuar a indicar que é melhor que ele venha apenas para passar férias. Afinal, a mãe claramente não quer ver ele feliz aqui.