Há 6 anos sou casada, ano passado nos separamos por alguns meses, 5 meses para ser exata. Não estávamos mais conseguindo conviver juntos, não tínhamos nenhum tipo de interesse no outro, nem respeito e muito menos admiração mútua. Em outubro, acabamos tendo uma recaída e estamos até hoje tentando reatar algo... Mas temos uma bagagem muito grande de erros, eu não sei se consigo perdoa-lo e ele também não sabe se consegue perdoar. Acredito que o amor tenha acabado, mas o sentimento de "gostar" permanece, isso no meu caso, já da parte dele, ele está apático, mas não só sobre mim, está apático com a vida. Ontem tivemos uma conversa não tão franca assim, mas ele disse que só me admira como mãe (temos um filho de quase 6 anos) só que eu, não consigo admira-lo em nenhum aspecto mais. Não sei se estou presa no passado, na idealização de quem ele era antes, no início da nossa relação. De fato, ele foi alguém que me machucou bastante sentimentalmente, me decepcionei muito com ele e suas pequenas atitudes que fizeram com que eu tivesse reações explosivas (sou border) e consequentemente afetava ele, por mais que eu enxergue que minhas ações foram acima dos erros dele (o que acarretou na perda de confiança entre ambos) ainda sim, no fundo eu queria que conseguíssemos superar todas essas mágoas e voltarmos a sermos felizes juntos como casal, mas será que é possível essa "restauração"? Não sei se devemos seguir em frente e conhecer outras pessoas, mas só essa ideia de um novo relacionamento, um novo ciclo... Me deixa triste, pois sem dúvidas queria muito que ele fosse meu parceiro de vida, tínhamos tanta conexão que parecia que seria para sempre. Eu me sentia tão amada, éramos muito amados. Tivemos muitos desentendimentos, confusões, falta de diálogos que resultou nesse grande desastre.
Será que vale a pena tentar nos salvar?
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18 MAR 2025
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Olá
Pelo que entendi, vcs haviam se separado por falta de respeito, interesse e admiração. Acho difícil ter resgatado o que faltava no relacionamento em 5 meses de recaída. De fato, é uma bagagem grande e sentir que não pode perdoá-lo mostra que ele te machucou muito e não adianta apenas perdoar nesse caso, é necessário que uma transformação aconteça para que vc não continue se machucando. Se vc não o admira mais e ele só te vê como mãe, não é possível se relacionar afetivamente porque ele não é seu filho. Me parece que vc está sim presa na idealização do passado, daquilo que foi, mas deixou de ser. É doloroso passar por um término quando já houve amor e momentos positivos, muitas vezes não queremos aceitar, insistimos em tentar salvar a relação, mas acabamos presas em uma ilusão. A ideia do "felizes para sempre" que nos condicionaram a acreditar desde crianças está por trás disso, pois na tentativa de viver esse sonho, nos resignamos a pesadelos. Vejo que vc se culpa pelas explosões que teve, mas pelo que disse elas foram reações às violências que vc sofreu, uma forma de se defender. È delicado isso, pois muitas vezes o foco vai para a reação da mulher, assim ela sai de "louca", mas ninguém enxerga as manipulações e as micro agressões por trás. Isso faz parte de um mecanismo disfuncional presente nos relacionamentos. Nem sempre nossas reações acontecem de um modo equilibrado e nem o devem ser quando se trata de violência. Isso se potencializa quando temos cargas do passado e para ser diagnosticada com border, certamente vc tem um histórico grande de violações dos seus limites. Penso, inclusive, que esse relacionamento pode ser uma repetição de ciclos por conta do que vc viveu na infância. Nesse caso, é ainda mais importante fazer psicoterapia, pois mesmo terminando esse relacionamento, pode se envolver em outro com o mesmo padrão. Em relação a sua pergunta, a decisão é sua, mas posso te responder com base na minha vivência e tb na minha experiência clínica: insistir no que machuca é como esmurrar ponta de faca. Acreditar gostar é o suficiente para um relacionamento "dar certo" e que ele pode mudar, é se iludir. Pare de esperar que ele mude e busque fazer isso por si mesma. Invista em um processo de autoconhecimento, te fará muito bem. Visite o meu site, tenho vários textos no blog que podem expandir sua consciência. Se precisar de ajuda para aprofundar, estou a disposição. Um abraço
14 MAR 2025
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Reconstruir seu casamento é possível, mas exige esforço mútuo, comunicação e perdão genuíno. No entanto, a falta de admiração e a desconexão emocional são desafios significativos. Reflita: ainda há amor ou apenas apego ao passado? Se ambos estiverem dispostos a mudar, a terapia de casal pode ajudar. Caso contrário, seguir caminhos diferentes pode ser a melhor escolha, por mais dolorosa que seja.
14 MAR 2025
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Essa dúvida que você está vivendo é muito comum em relacionamentos longos que passaram por muitas turbulências. O fato de você ainda sentir vontade de resgatar o que tinham antes mostra que, de alguma forma, essa relação ainda tem significado para você. Mas, ao mesmo tempo, você reconhece que a admiração e a conexão não são mais as mesmas, e que ambos carregam feridas difíceis de cicatrizar.
A questão central talvez não seja se "vale a pena", mas se há, de fato, vontade e disposição dos dois em reconstruir essa relação. O amor pode mudar ao longo do tempo, mas para que um relacionamento se fortaleça novamente, é essencial que exista um esforço mútuo — e, pelo que você descreve, ele parece estar apático em relação a tudo, não só ao casamento. Isso pode indicar que ele também está perdido nesse processo e que talvez precise entender melhor o que sente antes de qualquer decisão.
A sua dor de imaginar um novo ciclo com outra pessoa pode estar ligada ao luto do que esse relacionamento já foi, e não necessariamente ao que ele é hoje. Às vezes, o desejo de resgatar o passado pode nos fazer ignorar os sinais do presente. Você mencionou que tem Transtorno de Personalidade Borderline, e isso pode tornar a separação ainda mais difícil, porque há uma tendência maior ao medo do abandono e à idealização do que foi bom no passado.
Se realmente há um desejo de tentar, pode ser interessante buscar ajuda profissional, seja para vocês dois juntos (em terapia de casal) ou para você individualmente. Independentemente da decisão que tomar, o mais importante é que você se sinta bem e consiga encontrar um caminho que te traga paz.
14 MAR 2025
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BK
Com certeza voces podem reverter esssa situação e construirem uma união, um casamento baseado no amor.
Vocês apenas não se conhecem, não resolveram seus problemas particulares de ordem pessoal, da esfera individual e depois que casaram levaram para a esfera de casal.
Precisam retomar e resolver isso.
Você precisa se resolver e focar na sua felicidade. É de esfera individual
Ele precisa se resolver os problemas de esfera pessoal dele como, por exemplo "ele está apático, mas não só sobre mim, está apático com a vida"... isso ele precisa resolver.
Vocês dois juntos precisam combinar como podem conviver juntos, cada um se responsabilizar pela própria realização e um auxiliar o outro no enfrentamento das dificuldades que surgirem, os dois focarem o problema e não atacar o outro.
Casamento passa por três estágios:
1. Lua de Mel: fase em que tudo parece perfeito. Voce se sente apaixonada(o), parece que nada pode dar errado. É uma fase linda, mas passageira. O erro de muitos casais é achar que casamento será uma eterna lua-de-mel.
2. Provação: As dificuldades começam a aparecer, há brigas, discussões, traições, desaprovações... isso não significa que está sendo ruim, ele está sendo LAPIDADO e toda a lapidação, dói. Em vez de fugir dos desafios, enfrentem juntos, aprendam a se perdoar, a controlar suas emoções, colocar o bem do outro acima do seu.
3. Amor Maduro: O casal que persevera descobre um amor que não depende de sentimentos passageiros, mas que é sustentado pelo amadurecimento e descoberta que o amor verdadeiro não é encontrado, é construído diariamente. Pode ser que vocês nem tenham iniciado a fase do amor maduro ainda e a vida esteja fazendo pressão para voces se darem conta. O casamento, como um jardim, precisa ser cuidado regado, adubado, podado, arrancar as ervas daninhas... só assim ele florecerá.
Dizer um para o outro: bebê, princesa, rainha, rei, minha deusa, amor, minha esposa, meu homem, minha eterna namorada é lindo, mas não significa nada; dar filhos não significa nada; colocar aliança no dedo, também não significa nada. Mostrar amor com lealdade, respeito através de ações e não só com palavras, que te faz sentir amada(o), que aprecia, que apoia seus sonhos, suas ambições, é honesto(a), querida(o), sincero(a), que respeita, prioriza, te valoriza, respeita suas diferenças, não fica tentando te mudar, te aceita como realmente é, te defende publicamente, embora depois possa lapidar em particular, isso sim significa amor.
13 MAR 2025
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Bom dia, BK! Grato por escrever. Sempre é possível salvar casamento quando as duas partes estão efetivamente comprometidas com esse esforço. Acontece que antes de salvar casamento é preciso que cada uma das pessoas salve sua essência pessoal. É frequente as pessoas querem salvar convenções sociais, satisfação para expectativas culturais, sem verificar o custo dos sacrifícios a fazer por isso.
Será prudente uma análise científica, com psicólogo, mais aprofundada.
Atenciosamente,
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
13 MAR 2025
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Entendo que você está em uma situação muito difícil, onde sentimentos misturados e mágoas passadas estão impedindo de enxergar com clareza qual caminho seguir. A busca pela “restauração” de um relacionamento que já passou por tanto desgaste é algo natural, especialmente quando há ainda o desejo de recuperação, mas é preciso considerar alguns pontos importantes.
Primeiro, se ambos sentem que o amor acabou, mas o “gostar” e a convivência ainda persistem, pode ser um sinal de que o vínculo emocional que existia foi abalado de tal forma que talvez não seja mais o mesmo, mas sim uma forma de afeto remanescente. A relação de vocês foi marcada por grandes erros e desentendimentos, o que deixou cicatrizes difíceis de superar. Mesmo que haja amor, o respeito e a admiração mútua são essenciais para a reconstrução de uma relação saudável.
Você menciona que, apesar de querer que as coisas se resolvam, sente uma dificuldade muito grande em perdoá-lo e que ele, por sua vez, também não parece estar completamente disposto a fazer o mesmo. Isso, de certa forma, pode ser um indicativo de que a relação, como ela é agora, talvez tenha esgotado suas possibilidades de restauração. Se ambos estão apáticos, e a comunicação continua a ser difícil, é necessário pensar com sinceridade sobre o que ambos realmente precisam para a felicidade individual e a estabilidade emocional de todos, principalmente do filho de vocês.
Se vocês dois estão lutando, mas com pouco ou nenhum progresso, talvez seja hora de reavaliar se essa tentativa de reconstrução é realista ou se está sendo alimentada pela saudade do que foi bom no passado. Não há problema em reconhecer que um ciclo se fechou e que talvez o melhor para ambos seja seguir em direções separadas. Às vezes, a ideia de “conhecer outras pessoas” pode gerar medo, mas também pode ser a chance de uma renovação, tanto para você quanto para ele.
O importante é tentar tomar decisões que levem em consideração o bem-estar emocional de todos, incluindo o seu. A paz interna é fundamental, e a convivência com o outro não deve ser uma luta constante para manter uma conexão que, no fundo, já não é mais a mesma. Respeitar seus próprios sentimentos e sua necessidade de um relacionamento saudável e equilibrado é o primeiro passo para decidir se vale a pena tentar mais uma vez ou se é hora de buscar algo novo.