Convívio conturbado com meu pai, não sei o que fazer.

Feita por >Cris · 11 nov 2020 Terapia familiar

Desde nova sinto a diferença de tratamento que meu pai tem comigo para com meu irmão, ele sempre foi mais próximo ao meu irmão, sempre se orgulhou mais dele, a vida toda meu pai sempre me chamou de "burrinha", que não sou capaz, que diversas situações é muito para eu conseguir concluir, enfim, e isso carrego comigo até hoje e me afetou muito. Minha mãe faleceu quando eu tinha 14 anos, depois disso, eu me criei praticamente sozinha, me emancipei aos 16 e conseguia me virar sozinha. Poucos meses após o falecimento da minha mãe, meu pai já estava com outra mulher, que transformou minha vida e meu convívio com meu pai mais difíceis ainda. Essa mulher já colocou meu pai contra mim por várias vezes, me sinto mau em dizer isso, mas chegou um momento que eu tinha ódio do meu pai e meu pai tbm tinha ódio de mim. Ficamos sem nos falar por mais de 5 anos, morando na mesma casa, pois não tenho condições financeiras de morar sozinha. Meu pai tem um comércio, eu comecei trabalhar com ele aos 12 anos, aos 21 eu comecei minha faculdade e sai do comércio em virtude do meu pai ter contratado a filha da mulher que ele estava, eu sempre fui contra, sempre falei para não envolver pois nenhum deles eram de confiança. Pois bem, não muito tarde caiu por terra tudo que eu dizia a respeito dessa filha, ela furtou o comércio e por ironia do destino eu que descobri, informei a gerente na época, que falou com meu pai, e meu pai simplesmente não fez nada, mesmo a filha tendo confirmado tudo, e ainda ele tentou colocar a culpa em mim, dizendo que tinha sido eu. Infelizmente, meu pai acreditou nela. Foi aí que eu me afastei completamente do meu pai. Claro que existiu inúmeros casos de desentendimento. Com 27 anos eu voltei trabalhar no comércio do meu pai, e essa filha estava lá, eu conversei com meu pai, e disse que não ficaria lá se ela estivesse, ele disse que ela estava devendo para ele, e que se não trabalhasse ali, ela não iria pagar ele, que era pra eu ter um pouco de calma que assim que ela terminasse de pagar a divida ele a dispensaria. Nesse meio tempo dela terminar a divida arrumou várias confusões com outros funcionários, e como sempre ainda saia por cima. Quando terminou a divida, eu já estava num cargo de gerência, logo contratei outra pessoa qualificada para ficar no lugar dela, e por conhecidencia, na mesma semana uma empresa me chamou pra uma entrevista. Conversei com meu pai, que havia contratado outra pessoa para colocar no lugar da filha da mulher, e para minha surpresa ele virou as costas pra mim mais uma vez, disse que não iria dispensar ela. Portanto informei que eu sairia, pois não achava justo tudo que acontecia lá dentro e a garota ainda saia por cima. Eu não deveria estar surpresa por ele ter feito isso mais uma vez. E mais uma vez eu não sei o que fazer.

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A melhor resposta 12 NOV 2020

Olá Cris! Grato por escrever. Somos compreensivos com a tua história, que você queria que fosse diferente, mas aos vinte e sete anos, com autonomia e vivência, parece hora de você construir seu caminho.
Pai, do jeito dele, com erros e acertos, com coerências e incoerências, gosta dos filhos. Certamente seu pai quer seu bem, mas tem leitura da vida de forma diferente de você. A experiência dele é algo a ser ponderado.
Seu relato, no entanto, indica sequência de mais dez anos de desgaste. De certa forma será enriquecedor você caminhar com autonomia, olhar de outro ponto de vista, mais distante, para enriquecer sua análise e consolidar tua caminhada independente.
Espero ter ajudado. Certamente há muitas coisas que não se fala em espaços como esse.
Caso entenda com enriquecedor, estarei à disposição para maiores esclarecimentos e aprofundamentos científicos.
Abraços virtuais (em tempos de iminente segunda onda da pandemia, sejamos mais raoáveis: máscara, higiene, distanciamento fisico, senso de comunidade, Ciência!)

Ary Donizete Machado - psicólogo clínico.

Ary Donizete Machado Psicólogo em Limeira

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23 NOV 2020

Olá Cris.
Você demonstra muita maturidade, independência e sensatez. No entanto, entenda que nem sempre as situações são como deveria ser, talvez por traz deste ato de seu pai exista muito mais coisas que não saiba ou você não quer ver. Enfrentar seu pai como tem feito não parece ser uma forma assertiva de lidar com tudo isso. E se ele aceitou você novamente na empresa, talvez não te ache tão "burrinha" como relatou. Lembre-se que a verdade sempre aparece, uma mentira não se sustenta por longos anos, pois exigirá cada vez mais e mais mentira para se sustentar.
Quando não souber o que fazer siga seu coração, e para ouvi-lo busque o silêncio interior e exterior, diminua os pensamentos e foque em solução e não em reclamação.
Buscar o silêncio interior pode se conseguir afastando dos problemas, procurando locais que te tragam tranquilidade e paz como parques em que possa contemplar a natureza, ou locais de espiritualidade.
Espero ter ajudado.
Jane Assunção.

Jane Assunção Psicólogo em São Paulo

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12 NOV 2020

Oi Cris,
Voce deve se afastar do negócio do teu pai, deve morar afastada do teu pai, deve morar sozinha e refazer a sua vida profissional em outro lugar.
Acredite mais em voce...
Voce veio através do teus pais mas não é deles, deve fazer a sua vida como queres. Teus pais já cumpriram com a função deles. Tua mãe ja faleceu. Agora precisa voce mesma ser mãe de ti mesma, precisa ser pai de ti mesma. Teu pai tem este tratamento contigo para ver se voce reage e não fica na dependência dele.
Portanto, mostre a ti mesma que voce tem o poder interno de fazer a tua realidade, de construir o teu mundo.
Não deve ouvir ninguém, siga o teu coração, não queira insistir com o teu pai, saia da influência dele e não deixe ele te influenciar.
Seja feliz porque a vida quer que voce seja isto. Tens o poder de fazer todas as experiências que quiser e puder. Tens o livre arbítrio para te conduzir. Não há nenhum deus salvador que gratifica, e nem nenhum Deus castigador, que pune. Só tem consequência das tuas escolhas e decisões.
Tenha coragem e seja voce mesma. Ouse ser voce mesma. Faça Psicoterapia para que compreenda todo este processo que não é possível colocar aqui.

Geime Rozanski Psicólogo em Brasília

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12 NOV 2020

Cris. Vc já passou por muitas situações com essa família. Com.seu pai... talvez esteja na hora de vc seguir em frente. Procurar um lugar onde te respeitem.
Caso precise de ajuda e queira fazer terapia sou Mônica psicóloga

Monica Mesquita Psicólogo em Rio de Janeiro

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12 NOV 2020

Oi Cris,
Desde sua infância você sofre com rejeição, abandono, desprezo, falata de confiança, muito dificil lidar com tudo isso. Te aconselho a fazer psicoterapia para trabalhar seus traumas, medos e conflitos, gerados por todas essas situações que foram vividas.
Fico a disposição.
Um abraço.
Rute Martins - Psicóloga Clinica

Rute Martins Psicólogo em São Paulo

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