Desconfio que minha namorada tenha problemas com bebida mas ela se recusa a fazer terapia. Ela sempre diz que não tem tempo ou que vai pensar nisso mais tarde. A bebida ainda não afetou nosso relacionamento, estamos juntos há cerca de de um ano mas já presenciei muitos momentos em que ela bebia sem necessidade e tinha dificuldade para saber seus limites. Fico preocupado pois sei que a bebida de forma exagerada é sinal que algo lá dentro não anda bem. Ela fez terapia quando adolescente por alguns anos mas desistiu. Agora ela tem 29 anos, não tem mais idade para beber desse jeito, até passar mal e depois tenho que cuidar dela, entende? Alguns meses atrás fomos para um bar com amigos e ela foi a pessoa que mais bebeu, saiu de lá cambaleando, tive que levá-la para casa, dar banho e quando comentei sobre essa minha preocupação com ela, ela caiu no choro e não soube me explicar direito o que sentia para precisar chegar nesse estado.
Existe a possibilidade de minha namorada ser alcoólatra? Eu sei que o pai dela é e isso me preocupa ainda mais. Ela é uma pessoa fantástica, carinhosa, divertida, atenciosa e sensível e sei que não merece passar por isso. De que forma posso ajudá-la a ver que esse escape não é necessário?
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31 MAI 2019
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Olá Leandro. As condições para classificação do transtorno por uso de álcool são várias, não é possível diagnosticar somente por um relato.
Mas é muito provável que haja um comprometimento a nível cognitivo, social e comportamental para a forma como você descreve o comportamento impulsivo para beber.
Não é fácil convencer alguém para que procure tratamento. Tente ler para ela alguns artigos relacionados aos danos causados pelo excesso de bebida e que esse comportamento está deteriorando a relação de vocês, valorize o que ela tem de positivo ao falar do problema, a terapia cognitiva comportamental tem muitas técnicascomportamentais, além de trabalhar a reestruturação cognitiva. Porém só ela pode tomar a decisão de mudar.
Espero ter colaborado de alguma forma. Estou à disposição. Abraços. Eliana Benedetti.
4 JUN 2019
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Leandro não tem como convencer a ninguém a fazer terapia, ela precisa entender que ela precisa de ajuda e no momento certo ela irá procurar. O que você pode fazer é falar sobre como a terapia pode ajudar ela.
Abraços!
31 MAI 2019
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Leandro,
Ninguém pode forçar outra pessoa a fazer terapia. Mas você pode evitar ir em lugares que a exponham à bebida, como os bares por exemplo. Se ela cresceu em ambientes que sempre usaram bebidas alcóolicas tem mesmo mais tendência a usar, até mesmo por hábito. Você pode também antes de saírem de casa para um evento já combinar com ela a questão do limite da bebida. Como ela tem o pai alcóolatra ela poderá entender com mais facilidade onde você quer chegar, ou seja, evitar problemas futuros. Explique para ela o que você espera para o futuro de vocês, que tipo de vida quer ter. Se mesmo assim, ela repetir o comportamento peça ajuda psicológica. Comece por você. Lembre-se pedir apoio é amar-se.
Fico à disposição
31 MAI 2019
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Olá Leandro! Obrigado pela participação. A psicoterapia decorre da disposição da pessoa por ir a ela. Você relata que ela já foi à psicoterapia na adolescência. Pode ser que naquela ocasião o contexto ou o profissional, tenham gerado lembranças desconfortáveis. Pode-se pensar em buscar psicólogo com perfil diferente: mulher, homem, jovem, experiente, ou qualquer outra variável. Por outro lado é preciso pensar: o álcool substitui o que? o álcool anestesia o que? O grupo de participação estimula o que? Quais são os planos dela? É possível muitas adaptações para se criar outras formas de viver. Espero ter contribuído. Coloco-me à disposição para maiores esclarecimentos. Um abraço: Ary Donizete Machado.