Um relacionamento de 4 anos, moramos juntos, 40 dias de discussão e desgaste por ciúmes da parte dele. Trabalho de plantão 24 hrs como enfermeira, e ele me diz que estou traindo ele com médico, pois sou rapariga de médico. Se vou pra academia, diz que vou atrás do personal. Se uso uma roupa mais apertada, é porque estou querendo chamar atenção. Esses dias foi a formatura da minha filha, e ele me falou que eu me arrumei para o pai dela me ver (tenho uma filha do meu primeiro casamento). Ele tinha meu gps conectado no celular dele em tempo real, e tirou em uma briga quando disse que ia sair de casa. No outro dia voltou pra casa, mas eu não aceitei mais o rastreados, e disse que ele deve confiar em mim sem isso. Ele falou que eu não coloquei pq estava enganando ele. 5 dias depois, ele pegou as coisas e saiu de casa. A noite bebeu todas, e pulou o muro da minha casa pra saber se eu estava só, porque antes ele pediu pra vim pra casa e eu não aceitei, afinal ele quem saiu e também ele já havia bebido muito. Sigo com a postura da separação, mas por termos um filho de 2 anos, estou pensando em voltar.
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27 DEZ 2024
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Olá
Voltar com ele não é recomendado, ele é abusivo com vc, excede todos os limites. Te vê como um objeto de sua posse e quer te controlar, isso não é saudável em um relacionamento. Existem 5 formas de violência contra a mulher, sendo a psicológica e moral as mais comuns. Ele claramente é imaturo, inseguro e tem uma masculinidade tóxica, voltar com ele acreditando que ele vai mudar é uma ilusão. Dificilmente a pessoa se transforma sem ajuda e esperar que isso aconteça, além de perda de tempo, te coloca em risco, pois essas violências podem aumentar com o tempo. Sua saúde mental e emocional, assim como a do seu filho, são afetadas em um relacionamento abusivo. Se manter separada e estabelecer limites sólidos é fundamental. Vc conhece o ciclo da violência? Ele tem 3 fases: lua de mel, quando o homem promete mudar, presenteia e faz juras de amor, a fase de tensão onde os sinais de violência começam a se apresentar e a explosão da violência onde acontece um episódio mais claro de violência - seja psicológica, moral, sexual, física ou finaneceira. É comum que esse ciclo se repita muitas vezes, pois logo após a violência o homem geralmente se mostra arrependido para tentar reconsquistar a mulher. Esteja atenta a esse ciclo para se proteger. Se se sentir ameaçada ou tiver medo que ele continue te perseguindo vá a delegacia e peça uma medida protetiva. Muitos homens não aceitam o fim do relacionamento e é importante que tenha informação e saiba como se proteger. Se possível faça psicoterapia, aceitar esse tipo de abuso é indício de dependência e emocional e histórico de relações violentas, seja na infância ou em outros contextos. Requer tratamento para que quebro o ciclo do abuso e aprenda a se relacionar de modo diferente. Fico a disposição para te atender, sou especialista em violência contra a mulher. Um abraço
27 DEZ 2024
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Boa tarde!
Não é um problema uma criança crescer com os pais separados, o problema é a criança crescer com um pais casados em um casamento em que o pai não respeita a mãe, que é o que me parece que aconteceria caso optasse por seguir junto do seu marido. Os comportamentos dele não me parecem ser de um parceiro que respeita a companheira, pular o muro da sua casa depois de você se recusar a vê-lo é um grande desrespeito e um crime. Pense na segurança sua e do seu filho.
26 DEZ 2024
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Olá Esposa ansiosa, espero que esteja tudo bem com você.
Pelo seu relato parece o pai de seu filho tem uma série de questões relacionadas a inseguranças, que ele precisa trabalhar caso deseje continuar em um relacionamento. Viver dessa forma em uma relação, quer dizer, desconfiando o tempo todo, é um prenúncio para que a relação não se desenvolva e acabe por terminar. Apesar de você ter vindo aqui em nosso fórum de suporte, é ele quem precisa desenvolver as competências socioemocionais necessárias para modificar o comportamento dele, para experimentar e favorecer uma relação mais saudável entre vocês, caso seja de sua vontade. Não é possível afirmar de onde vem essas inseguranças, e porque ele está se fixando nelas desta forma. Um processo de psicoterapia pode ajudar neste sentido, tanto para para o casal, quanto para ele. A desconfiança excessiva, quando presente de maneira constante e intensa, acaba por desgastar a relação em muitos aspectos, o que pode levar a muitas brigas, discussões, desentendimentos e o término, propriamente dito. Caso ele não se comprometa realmente em mudar, se engajando de fato em um processo de mudança, será muito difícil a relação seguir por um melhor caminho, onde possa haver respeito, cumplicidade, verdade, consciência e planos em comum. Retornar para não haver mudança, é como ficar voltando sempre para o ponto de partida, sem nada ter modificado, permanecendo o desgaste e o sofrimento. Seu pensamento de voltar é válido, mas deve ser apoiado pelo contraponto de desejo de mudança da parte dele, se não, nada vai acontecer. Se houver possibilidade, considerem a psicoterapia de casal, ou apenas para ele, e isso tem que vir da vontade dele. Mas, se você desejar conversar com um profissional de psicologia de sua escolha, isso também pode te oferecer um importante auxilio no momento, ampliando sua consciência sobre essa questão, como você se relaciona com ela, e quais são as novas possibilidades de escolhas.
24 DEZ 2024
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É uma escolha e uma decisão...
Porém, é uma profissional, tem teu trabalho e precisa ser repeitada pelo que é.
É um ser humano, a vida te deu a liberdade e o poder de escolha; não deves satisfação da tua vida a ninguém, muito menos pra ele que se mostra inseguro, dominador, petulante, abusador, autoritário.
Você não nasceu para ser subordinada a ele... nasceu para se realizar, ser feliz, compartilhar com quem te faça ser mais e não com quem te diminui.
Creio que isso seja uma provação que a vida esteja te testando para ver se és capaz de perceber e se manter em alta ou se vais sucumbir à carência.
Esteja atenta
Abraços
24 DEZ 2024
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Bom dia, Esposa ansiosa! Grato por escrever. Pelo conteúdo descrito, o desgaste da convivência parece maior do que a os momentos de harmonia. Ciúmes doentios são altamente inadequados e perigosos. Você não pode se anular, não pode ser objeto de desconfiança o tempo todo. Uma pessoa altamente desconfiada vê coisas que não existem.
Será prudente que você acione a justiça, conte com cuidados de autoproteção, de proteção da criança.
O histórico que você descreveu, a cronologia das coisas, os afazeres, indicam que ele não amadureceu, não se modificou.
Com a devida sabedoria, estratégia, rede de apoio e proteção, será melhor que permita a ele ser pai, desde que com os aparatos de segurança, mas sem a convivência na mesma casa.
Lembre-se de que a criança é filho de vocês dois. Não se deve desvalorizar nem ser desvalorizado perante a criança. Crianças precisam do carinho, sempre que possível, na medida do possível, de ambos os pais, com a melhor imagem possível.
Atenciosamente,
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
24 DEZ 2024
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Esposa Ansiosa, seu relato descreve uma situação de intenso desgaste emocional em um relacionamento marcado por desconfiança, controle excessivo e comportamentos potencialmente abusivos. Na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), explorar pensamentos, comportamentos e padrões emocionais que sustentam essas dinâmicas pode ajudar a tomar decisões mais saudáveis e assertivas.
1. Reconheça os sinais de abuso emocional
Comportamentos como rastrear seu GPS, acusar sem evidências e invadir seu espaço privado (pulando o muro) não são expressões saudáveis de amor ou preocupação. Esses comportamentos podem ser sinais de abuso emocional, que prejudica a autoestima, a segurança e a confiança no relacionamento.
2. Reavalie suas crenças e pensamentos
Pergunte-se:
Por que considero voltar a um relacionamento que me faz sentir controlada e desrespeitada?
Estou priorizando a harmonia familiar em detrimento do meu bem-estar emocional?
Identificar pensamentos automáticos, como "preciso tentar pelo bem do meu filho" ou "talvez ele mude", ajuda a compreender o que sustenta essa indecisão. Reestruturar esses pensamentos com base na realidade pode trazer clareza.
3. Considere os impactos no seu filho
Uma criança cresce observando e absorvendo as dinâmicas familiares. Viver em um ambiente onde há controle, desconfiança e discussões constantes pode impactar o desenvolvimento emocional dela. Oferecer um ambiente seguro e respeitoso, mesmo que isso signifique a separação, é fundamental para o bem-estar do seu filho.
4. Fortaleça seus limites pessoais
Definir limites claros é essencial. A decisão de não permitir mais o rastreamento do GPS foi um passo importante para reafirmar sua independência e reforçar que confiança é uma base necessária para qualquer relacionamento. É crucial manter essa postura e não ceder a pressões que comprometam sua autonomia.
5. Planeje passos concretos
Na TCC, trabalhamos com ações práticas para lidar com a situação. Alguns passos que podem ser úteis:
Estabeleça prioridades claras: Considere seu bem-estar emocional e o de seu filho como prioridade.
Procure suporte: Amigos, familiares ou um terapeuta podem ajudar a fortalecer suas decisões.
Defina condições: Se considerar a reconciliação, defina condições claras, como a necessidade de ele buscar ajuda profissional para lidar com o ciúme excessivo.
6. Gerencie a ansiedade da separação
A separação pode trazer sentimentos de culpa, medo e insegurança. Foque no que está sob seu controle e pratique técnicas como respiração diafragmática ou mindfulness para reduzir a ansiedade.
Conclusão
Um relacionamento saudável se baseia em confiança, respeito e liberdade. Se essas bases não estão presentes, voltar ao relacionamento sem mudanças significativas pode perpetuar o ciclo de controle e desgaste emocional. Avalie se ele está disposto a buscar ajuda para lidar com o ciúme e o controle. Se não, manter sua decisão de separação pode ser o caminho mais seguro e saudável para você e seu filho.