Meu filho de 1 ano e 1 mes está prendendo o cocô, não quer fazer de jeito nenhum, ja nao sei mais o que fazer! Já fiz troca de leite... dou frutas e já tomou até remédio e nada... acho que ele não teria entendimento se fosse ao psicólogo nessa fase! Alguma dica do que fazer? Quando ele começar a fazer a força poderia intervir de alguma forma? Ou seria melhor deixar por ele mesmo?
Resposta enviada
Em breve, comprovaremos a sua resposta para publicá-la posteriormente
Algo falhou
Por favor, tente outra vez mais tarde.
A melhor resposta
29 NOV 2019
· Esta resposta foi útil a 4 pessoas
Olá Lala! Imagino sua preocupação com está situação.
Mas assim tente entender: os bebês aprendem que fazer cocô traz atenção e satisfação por parte de seus responsáveis e o contrário disso, ou seja, não conseguir, pode gerar ansiedade, levando a criança a prender mais o cocô, ter medo de ter dor, chorar, conseguir evacuar só quando coloca a fralda, ou nem assim. A consciência da dificuldade leva a criança a sentir-se envergonhada perante os outros, incapaz, isolada e irritada.
Mas sua situação é diferente, não é mesmo? Seu bebê está segurando o cocô, alterações em relação a segurar o cocô podem denunciar dificuldades das crianças em lidar ou entender algumas situações, como: alterações de rotina (nova escola ou o nascimento de um irmão); falta de limites; medo do vaso do sanitário (peniquinho, fralda, hora da troca das fraldas).
Se à dificuldades para fazer cocô, os responsáveis devem observar se a criança está familiarizada e tranquila com os estímulos envolvidos nesse processo, ou seja: com a observação dos responsáveis no uso do banheiro (a imitação é o modo mais comum para aprendizagem, em geral); com seu penico (é legal que os pais permitam a criança sentar com roupa, colar adesivos, colocar os bonecos fingindo que fazem cocô); com o “fim do cocô” (a criança deve saber que o cocô vai para o esgoto e só as coisas pequenas vão com a descarga.
Isso acontece com tempo e quando todos esses estímulos vão sendo associados a sentimentos positivos e gostosos.
Enfim, o “fazer cocô” deve ser tratado com naturalidade, mas, se for necessário, é preciso tornar esse momento lúdico e agradável para as crianças. Os responsáveis devem sempre valorizar e comemorar quando ela consegue, ser afetivos e principalmente, pacientes. Portanto não se esqueça de nunca demonstrar frustração ou irritação, fazer cara feia para o cocô, ou falar coisas do tipo: uii que fico fedorento... Ui que coco feio... O cocô deve ser tratado como uma obra de arte feita pela criança, e que ela terá que se despedir todos os dias, e a cada dia virá mais bonita e diferente.
1 DEZ 2019
· Esta resposta foi útil a 1 pessoas
Bom dia!
A psicologia pode ser pensada para vários segmentos: Psicanãlise/TCC/Sistemica etc. Na linha psicanalítica alguns autores que trabalham com crianças, da primeira infância, a denominam de "Intervenção Precoce", ainda muito pouco utilizada, mas com resultados muito efetivos
A técnica empregada nas psicoterapias pais-bebê nunca será igual para todos os casos. Procura-se em cada família o essencial para ajudá-los naquele momento. A importância desse encontro é compreender o sofrimento do bebê e de seus pais, neste caso a encoprese retentiva, o que faz de cada sessão um setting único e especial. Uma das características específicas desta modalidade de atendimento é receber, juntos, os pais e o bebê. O pequenino age como agente revelador do negativo implícito à formação dos sintomas nas relações, sendo o maior mobilizador do estado de transparência psíquica em seus pais.
Cramer & Palacio-Espasa, (1993), referem "Na intervenção precoce o terapeuta é convidado a uma observação multidimensional da interação dos pais e seu bebê. Para desenrolar a trama da família que chega para a consulta pais-bebê, criam-se estratégias que resultem em novas maneiras de compreender seus vínculos. O bebê está crescendo rapidamente e precisa retomar seu desenvolvimento da forma mais saudável possível. O trabalho consiste em ajudar os pais a exercer suas funções a tempo de cuidar do seu bebê. O objetivo é proteger os vínculos precoces para que a vida siga, mesmo que tenha havido traumas. Os pais são convidados a refletir sobre questões como: composição da sua família, a árvore genealógica do bebê, a cultura a qual pertencem, a religião, etc. Formulam-se indagações para que possam atualizar as suas histórias e pensar a nova identidade da família".