Tempo é dinheiro! Será?

Vamos pensar sobre a ansiedade, o stress diário e como temos lidado com as nossas relações nesta vida corrida? Leia o texto que fala sobre a nossa relação com o tempo atualmente.

8 JUN 2017 · Leitura: min.
Tempo é dinheiro! Será?

Talvez você já tenha se sentido como se estivesse seguindo um script diário e vivendo no modo automático até que um dia o roteiro sofre uma brusca alteração, seja por uma doença, perda do emprego, crise, divórcio ou até mesmo a morte. Somente nestas horas paramos para refletir sobre os nossos objetivos e o sentido que damos para nossas vidas. Quantas vezes você já ouviu ou disse a frase "tempo é dinheiro"? Ok! Talvez você não tenha dito com essas palavras, mas você já disse "fala rápido, tenho pressa!"? É sobre essa pressa que vamos falar hoje.

A pressa é o produto da vida corrida e com poucas horas disponíveis que vivemos atualmente, ela acompanha muita gente o dia todo e surge como uma tentativa de diminuir a ansiedade que acumulamos durante o dia. Só que o tempo não segue a lógica da pressa, o tempo não é ansioso nem imediatista, não corre nem desacelera. O tempo segue uma lógica própria que não é difícil de ser entendida, afinal todos sabemos que o dia tem 24 horas, mas é absolutamente difícil de ser vivida, pois mesmo sabendo a regra somos impelidos a acreditar que o dia durará 30 ou 72 horas. Quanto mais tentamos encaixar as atividades de 72 horas em 24 horas, menos noção do tempo temos e mais ansiosos ficamos.

A verdade é que deixamos de aproveitar os dias ao lado de quem amamos e fazendo coisas que gostamos por que estamos muito preocupados com o que ainda não fizemos. O adoecimento emocional dos membros da família pode iniciar com a dificuldade de gerir o tempo, os pais tem pouco tempo para os filhos, os filhos tem pouco tempo para os pais, os irmãos não se veem e o marido e a esposa já não se falam. A falta de comunicação causa mal entendidos e prejudica os relacionamentos de tal forma que não se sabe mais por onde iniciar uma reconciliação. Quantos casamentos estão sendo desfeitos pela simples falta de tempo e quantos filhos sentem saudade dos pais que moram com eles?

A vontade de oferecer o melhor financeiramente para os filhos e cônjuge é legítima e boa, mas é preciso não reduzir seu tempo em dinheiro, lembre-se que seu tempo é sua vida. Por mais que as pessoas necessitem do dinheiro e precisem gastar tempo trabalhando, ainda existem necessidades afetivas que só podem ser supridas quando gastamos tempo ouvindo, conversando e prestando atenção ao outro. Para gerir o tempo é preciso esforço, consciência, prioridades e muitas vezes é preciso ajuda de um profissional. É certo que quando somos satisfeitos em nossas necessidades básicas de afeto somos mais felizes e até mesmo o tempo gasto trabalhando longe da família e amigos é vivido com intensidade e prazer.

PUBLICIDADE

Escrito por

Maria Santos

Consulte nossos melhores especialistas em
Deixe seu comentário

PUBLICIDADE

últimos artigos sobre família

PUBLICIDADE