Redes sociais sem monitoramento expõem as crianças

Uma pesquisa realizada pela Kaspersky Lab e B2B International revelou que 22% dos pais acreditam que não podem controlar o que os filhos veem ou fazem online.

18 MAR 2016 · Leitura: min.
Redes sociais sem monitoramento expõem as crianças

Uma pesquisa realizada pela Kaspersky Lab e B2B International revelou que 22% dos pais acreditam que não podem controlar o que os filhos veem ou fazem online, embora quase metade (48%) se preocupe com o fato de que os filhos possam enfrentar cyberbullying e outros riscos.

O uso pedagógico apropriado das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), em situações favoráveis e inovadoras de aprendizagem, pode levar as crianças a desenvolverem comportamentos colaborativos e autônomos de aprendizagem, benéficos para seu desenvolvimento. Este processo de formação do ser social e estas apropriações são condicionados por inúmeras mediações, as crianças percebem as mensagens midiáticas à sua maneira, de acordo com as mediações que se estabelecem em seu grupo familiar, social, escolar, de pares.

Segundo Piaget, até os 12 anos de idade as crianças ainda não possuem recursos cognitivos que permitam se defender, pois elas não têm a capacidade de distinguir entre o que é bom ou ruim. É curiosa em relação ao mundo e busca entendê-lo assim como as pessoas. É capaz de estabelecer relações de amizade duradouras, gosta de conversar e presta atenção nas outras pessoas. Dessa forma, as redes sociais são o lugar perfeito para serem ludibriadas, mesmo para quem nasceu com o computador fazendo parte de seu universo de socialização. Nessa idade as crianças ainda não tem a mesma capacidade de compreensão da realidade como um adulto, ficando expostas as informações e pessoas que circulam na rede.

Vale lembrar que segundo a rede social Facebook e Instagram, segundo os termos de uso da página, só podem ter perfil pessoas com mais de 13 anos. Mas tal segurança é facilmente burlada na criação do perfil, sendo que os pequenos mentem na hora de preencher o ano de nascimento.

Nem sempre as redes sociais são vilãs, apesar de criar uma nova configuração para a aprendizagem e letramento, utilizando-se de uma linguagem própria da internet. É necessário usar do bom senso e configurações de privacidade para não expor o menor ao bullying, assédios e abusos, ao contato facilitado com estranhos, rastreamento e localização fácil, spam, pornografia, violência e conteúdo pago com dados do cartão dos pais.

Há muita coisa boa que a criança pode aprender usando a web e as redes sociais, mas é importante ter uma fiscalização dos pais na privacidade de fotos e posts expostos, que precisam navegar junto com essas crianças e criar limites para o espaço que a Internet ocupa na vida delas.

E agora, o que fazer Psicólogo?!

1. Converse com as crianças sobre cibercrime

É um tanto óbvio que os assuntos devam ser tratados com os pequenos de forma natural e sem tabus, porém na prática muitos pais ainda não conversam com seus filhos sobre o perigo que ronda a vida deles. Informe seu filho sobre procedimentos de navegação segura e com uma linguagem acessível à sua idade.

2. Ensine seu filho a se deslogar de qualquer sistema

As crianças que possuem irmãos mais velhos acabam utilizando da mesma tecnologia presente na casa. Ensinar a sair de qualquer sessão aberta no computador, celular, jogos, e-mail e até mesmo Netflix, são grandes aliados de prevenção. Lembre-se que as pessoas que sofrem qualquer tipo de violência pela Rede, geralmente são ocasionadas por pessoas próximas e que tem contato com a criança.

3. Altere as configurações de privacidade da rede social

Crie, juntamente com seu filho, restrições de privacidade. Muitas crianças acabam compartilhando informações pessoais. Ao fazer as limitações, como tornar fotos visíveis apenas para amigos, por exemplo, explique as razões e consequências benéficas desses atos. De tempos em tempos, verifique com ele se as configurações permanecem inalteradas e seguras. Torne este ato prazeroso e aproveite para desfrutar da convivência com seu pequeno.

4. Ensine a criança a desconfiar dos links e tenha um bom software de segurança

Ao navegar pela internet, a certeza é se deparar com uma infinidade de links para download, muitos deles maliciosos. Aproveite para ensinar sobre a desconfiança, pedindo sempre auxílio e comunicando quando for clicar em algo suspeito. Ter um bom programa ajuda a proteger essa privacidade, quando o filtro presente na relação pais/filhos falhar.

5. Cartilhas e sites educativos

A Microsoft também já publicou no Blog do Windows um novo E-Book – Guia da Navegação Segura, que poderá ajudar muitos usuários. Com muitas dicas interessantes, este guia conta com algumas dicas indispensáveis, que podem e devem se tornar uma rotina para quem quer ter tranquilidade e segurança enquanto navega na web. Além disso, as dicas estão subdividas em categorias: Redes sociais, Mensagens Instâneas (IM's), Sites, Correio eletrônico (e-mail), Bate-papo, Softwares P2P.

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Escrito por

Clínica de Psicologia Márcio Ferreira

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