Redes sociais: novas relações e novos problemas

As redes sociais trouxeram muitas facilidades e benefícios, mas você já parou para pensar como essas novas formas de relacionamento afetam sua vida e interação com o mundo?

21 JAN 2015 · Leitura: min.
Redes sociais: novas relações e novos problemas

Se conectar com amigos e conhecidos através do Facebook, Twitter, Instagram, Linkedin e uma infinidade de outras redes sociais já é algo quase imprescindível na vida da maioria das pessoas. E as redes sociais trazem muitas facilidades e benefícios, como poder contatar pessoas em qualquer lugar e a qualquer hora. Mas você já parou para pensar como essas novas formas de relacionamento afetam sua vida e sua interação com o mundo?

Existem, no entanto, alguns problemas que são causados pelas novas formas de relacionamento virtual e eles que merecem atenção. Entenda um pouco mais sobre o assunto e saiba como não cair nas armadilhas das redes sociais.

Uma falsa noção de interação

Estudos sobre o tema não desmerecem os benefícios que as redes sociais trazem, mas ressaltam a importância de manter um equilíbrio e preservar os relacionamentos no mundo offline.

No seu livro "Alone Together", o psicólogo Sherry Turkle expõe uma análise feita com 300 crianças e 150 adultos. Os resultados indicaram que pessoas que passam muitas horas conectadas em redes sociais ficavam cada vez mais desconectadas de suas vidas "não virtuais" e apresentavam sintomas de ansiedade, fadiga mental e uma desconexão emocional com o mundo "real".

Ele ainda aponta que esse tipo de comportamento é uma maneira de fugir das obrigações que uma relação interpessoal exige, na qual o indivíduo prefere se isolar através de conexões virtuais, abrindo mão de relacionamentos mais significativos.

E o problema é justamente esse. Quando nos vemos substituindo relações na vida real por algo mais cômodo e seguro, como conectar-se pelas redes sociais.

As dicas para não cair em "armadilhas" nas redes sociais são simples. Tente criar o hábito de não mexer no celular ou outros dispositivos durante refeições em família e encontro com amigos, por exemplo.

Outro exercício importante é saber valorizar seus momentos de solidão. Você não precisa checar suas notificações a cada minuto. Aprenda a dar um tempo na tecnologia e saiba lidar com esses momentos para apreciar o que acontece à sua volta, em um ambiente físico.

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Produtividade no trabalho

Além de influenciar nossa interação na vida pessoal, as redes sociais também afetam a produtividade no ambiente de trabalho. As últimas pesquisas sobre o tema ressaltam que se conectar nas redes sociais durante o trabalho pode ajudar no rendimento do funcionário, se utilizada com bom senso.

Uma pesquisa realizada Universidade Irvine, em Califórnia, constatou que redes sociais funcionam como uma pausa para se distrair, fato que ajuda a melhorar o humor e o rendimento do funcionário. O estudo verificou que fazer essa pausa no trabalho para interagir nas redes sociais é uma maneira eficiente de refrescar a mente para voltar a trabalhar mais concentrado. Mas claro, sempre mantendo uma disciplina para não perder horas navegando pelas redes.

Fim da privacidade?

Os nossos hábitos também mudaram. Nós provavelmente não conversaríamos sobre nossos relacionamentos amorosos, sobre como foram as últimas férias e outras detalhes da intimidade com aquele ex-colega de classe do ensino médio. Mas acabamos nos habituando a expor muito mais detalhes de nossa vida pessoal na Internet.

No entanto, deixar sua vida exposta, compartilhar informações, fotos e videos fazem parte da natureza das redes sociais. Mas é possível ter mais controle sobre quem recebe informações sobre você, configurando a privacidade do seu perfil em sites de relacionamento.

As recomendações do Electronic Privacy Information Center (Epic) para usuários no Facebook são configurar a privacidade do seu perfil de modo que somente os seus amigos possam ter acesso aos seus posts e buscar seu perfil. Outra dica é desabilitar a opção que permite amigos marcarem você em fotos e posts.

Fotos (ordem de aparição): edar e PDPics (Pixabay)

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