Quais os benefícios da Psicoterapia Sexual?

A Organização Mundial de Saúde reconhece a sexualidade como um dos pilares da qualidade de vida, sendo um aspecto central que perpassa toda a existência do ser humano. Isso explica a necessidade de valorizar, cada vez mais, sua abordagem no tratamento psicoterápico. Falar de sexualidade é falar sobre a importância da longevidade dos relacionamentos afetivos e prazerosos, do bem estar da saúde e da qualidade de vida.

Podemos definir a sexualidade como um fenômeno biopsicossocial, resultado das interações sociais e culturais e de como sentimos e experenciamos nosso corpo. O aspecto psicológico está relacionado a como nos sentimos conosco e com os outros, o quanto as emoções e pensamentos afetam a qualidade do prazer sexual.

Sexualidade é um tema que confunde muitas pessoas, pois pensam que sexualidade é sexo. E não é! É o resultado do que vivenciamos e aprendemos sobre educação sexual na família, o que nos foi transmitido de afeto, carinho e relação com o próprio corpo.

Todo conteúdo perpassa o contexto histórico/social/cultural e como cada família irá interpretar e transmitir os ensinamentos. Esta educação será internalizada e conduzirá nosso comportamento emocional e social.

A partir do conceito individual de sexualidade, cada pessoa irá significar suas relações interpessoais e consigo mesmo. Sexualidade é a forma de existir e se expressar no mundo. É como sentimos e trocamos afetos, carinhos, toques, e o quanto nos permitimos sentir e receber prazer e amor. É a energia que nos movimenta e nos impulsiona na vida, de criar laços e conexões afetivas. Uma sexualidade saudável irá resultar numa experiência sexual plena e satisfatória. Para isto, é necessário ressignificar o seu conceito negativo de culpa, pecado, imoral.

As queixas sexuais surgem quando existe alguma dificuldade em manter uma vida sexual satisfatória e uma vivência não saudável da sexualidade.

Os sintomas mais frequentes são as disfunções sexuais femininas e masculinas que se caracterizam por uma perturbação clinicamente significativa na capacidade da pessoa responder ou de experimentar o prazer sexual.

OS PRINCIPAIS SINTOMAS SÃO:

❌falhas recorrentes na ereção,

❌ lubrificação e no orgasmo,

❌ausência de desejo sexual,

❌ausência de controle ejaculatório,

❌medos, receios e ansiedades durante as atividades eróticas,

❌fuga do contato sexual, as dores e dificuldades na hora da penetração,

❌dificuldades de lidar com a orientação sexual,

❌ sensações de fracasso iminente, a falta de confiança sexual, insegurança, vergonha e traumas sexuais que ocasionam conflitos na relação conjugal.

A terapia sexual é voltada para tratar as queixas e sofrimentos sexuais. Ela oferece subsídios para que o indivíduo possa perceber como ele lida com o prazer sexual, com o seu próprio corpo e mente, e como interage nos relacionamentos interpessoais, inclusive nas relações mais íntimas. É realizada em um ambiente ético, sigiloso e acolhedor.

Quando se fala em psicoterapia sexual, alguns mitos vêm à tona, tais como: existe contato físico entre profissional e cliente? Ficarei sem roupa no consultório?

A resposta é NÃO! Não há razão técnica e nem científica para isso, somente o urologista e ginecologista são profissionais aptos a tocarem seus clientes. O psicólogo conduzirá a psicoterapia pautado no seu código de ética.

As técnicas específicas são baseadas em entrevistas, acolhimento e orientação.

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