Psicólogo, psiquiatra e neurólogo: quais são as diferenças?

Você sabe quais profissionais podem tratar uma pessoa com síndrome do pânico? E uma doença como o Alzheimer? Ou ainda, quem pode receitar um medicamento para depressão?

29 JUL 2014 · Leitura: min.
Psicólogo, psiquiatra ou neurólogo? Saiba qual profissional procurar em cada caso.
Você sabe quais profissionais podem tratar uma pessoa com síndrome do pânico? E uma doença como o Alzheimer? Ou ainda, quem pode receitar um medicamento para depressão?

É cada vez mais comum buscar ajuda profissional para lidar com algum transtorno de comportamento ou com questões que afligem a mente. Mas você saberia a qual profissional recorrer para tratar um problema que você ou alguém próximo esteja enfrentando? Reunimos aqui três especialidades, que têm formação e finalidades bem distintas, mas que podem chegar a confundir quem necessita de ajuda profissional.

Psicologia

Vamos começar pela psicologia. Trata-se de uma ciência que estuda os pensamentos, emoções e o comportamento humano. De maneira geral, um psicólogo observa as interações que um indivíduo tem com outras pessoas e com o mundo ao seu redor. E, sendo assim, a psicoterapia basicamente é feita através de conversas e técnicas que ajudam o paciente a se autoconhecer.

Por isso, um psicólogo não necessariamente trata doenças ou distúrbios, mas pode atuar na orientação profissional, em Recursos Humanos de empresas ou em atividades esportivas. Somente para citar um exemplo recente lembramos o caso da psicóloga Regina Brandão, que auxiliou os jogadores da seleção brasileira durante a Copa. Não se tratava de uma patologia dos jogadores, mas de um estado emocional que precisava ser administrado durante as partidas.

Psiquiatria

Agora, vamos supor que um jogador desenvolvesse uma síndrome do pânico. A psicóloga poderia tratá-lo? Sim, mas poderia ser necessário aliar um tratamento medicamentoso, que só pode ser feito com o suporte de um psiquiatra.

A psiquiatria é uma especialidade da medicina que diagnostica a psique e trata doenças mentais que alteram o comportamento de uma pessoa. Como por exemplo a esquizofrenia, o transtorno bipolar ou a síndrome do pânico. Um psiquiatra deve primeiro formar-se em medicina para então fazer uma especialização em psiquiatria.

Portanto, para alguns tipos de doenças mentais, é bem recorrente que um psicólogo e psiquiatra trabalhem juntos no tratamento. Mas lembrando que somente um médico psiquiatra pode determinar certos diagnósticos e receitar remédios alopáticos.

Neurologia

Já deu para perceber que psicologia e psiquiatria, mesmo com suas particularidades, se encontram em muitos aspectos. E a neurologia?

É também uma vertente da medicina mas, segundo especialistas, trata-se de uma especialidade que cuida de doenças do cérebro, medula e nervos. Um neurológo pode tratar doenças que afetem o sistema nervoso, como o AVC, Alzheimer ou simples dores de cabeça.

Por fim, para demarcar bem a diferença entre neurologia e psiquiatria, podemos pensar assim: a primeira trata doenças de origem mais biológica e orgânica. Já a segunda, foca-se em doenças de origem psíquica.

E agora que você entende um pouco mais sobre as diferenças entre estes profissionais, você consegue responder as perguntas feitas anteriormente?

Foto: falequin (Flickr)

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Comentários 3
  • Ritha Borges

    O psicólogo pode dá encaminhamento para Neurologia?

  • Mathis Cormoran

    Caro amigo Miguel Ângelo, com esta chuva de espinhos, o senhor realmente foi cordial?

  • Miguel Ângelo

    Sou psicólogo e professor. Em minha pós-graduação stricto sensu não me lembro de tal definição de Psicologia. Primeiro lugar tal concepção de Psicologia (atentem-se para o incultismo dos textos como nome de áreas e/ou profissões com letras minúsculas). Em primeiro lugar tal comentário sobre as Ciências Psicológicas (é um erro grosseiro usar o termo Psicologia ao se referir a área como um todo (vide Hilton Japiassu - Psicologia dos Psicólogos - 1992). Onde fica a Psicobiologia? Onde fica a Psicoterapia Cognitiva, cuja condição básica para sua aplicação é o estabelecimento do diagnóstico multiaxial ou pluridimencional, no qual se estabelece o diagnóstico nosológico, isto é, de doenças mentais? Judith Beck, psicóloga e atual presidente do Instituto Beck (Universidade da Pensilvânia expõe a imprescindibilidade da semiologia e da nosologia em seu relatório de resumo de casos - Terapia cognitiva/Teoria e Prática, Editora Artmed). Onde fica o estudo do comportamento animal? Cesar Ades deve estar se revirando no túmulo... Onde fica a prerrogativa comum em países desenvolvidos como os Estados Unidos da prescrição psicofarmacológica pelos psicólogos? Essa xamanização tupiniquim, fruto do incultismo e da idolatria de um povo mal formado considera o médico, o juiz, o religioso e o político como um semideus. E tem mais: o DSM e o CID são manuais estatísticos multidisciplinares. Basta entrar no site do APA (American Psychological Association) que qualquer indivíduo com a capacidade mínima cognitiva para não ser enquadrado em um transtorno específico do Eixo II será capaz de confirmar que tais manuais não pertencem à Medicina. Respeitamos a Medicina, mas honramos a Psicologia. Precisamos sair dessa visão paleolítica e estudarmos muito antes de dizer algo sobre uma ciência. Temos que conhecê-la bem! Nosso país terá futuro um dia. Cordialmente, do amigo Miguel Ângelo

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