Preocupações: a arte de torná-las produtivas
Ser sempre preocupado, não necessariamente indica que você é um pessimista sobre a vida, mas que de certa forma você se acostumou em ser assim.
Quem nunca teve não é mesmo? Uns mais, outros menos, mas elas estão sempre lá, as preocupações! Podem até te adoecer, em outros casos desencadear quadros de ansiedade, depressão, insônia, hipercompensar trabalhando demais, fazer uso excessivo de bebidas ou drogas como forma de "fugir um pouco".
Em muitos casos, nossa preocupação está relacionada a fatos reais, porém associados a pensamentos irreais, e que não te permitem encontrar a solução. Ser sempre preocupado não necessariamente indica que você é um pessimista sobre a vida, mas que de certa forma você se acostumou em ser assim.
Estar preocupado te dá uma falsa sensação de estar no "controle das situações", você estará ciente do problema, mas não necessariamente no controle. Aceite o caos e não fuja das circunstâncias. Não adianta entrar em modo culpa por estar com problemas, isso não resolve.
Às vezes, o que acontece é que você pensa que está sozinho e que ninguém mais passa por isso. Tenha certeza que muitas pessoas passam pelo mesmo que você, muitos buscam ajuda, compartilham depoimentos na internet e talvez você acabe tendo uma luz escutando histórias semelhantes.
Sabe aquela frase "Pare de se preocupar"? Ela só te deixa mais angustiado, pois dá a impressão que ninguém te entende. A mente de um ansioso normalmente não para, e se vê imerso em vários questionamentos.
É preciso parar, respirar, anotar, pesquisar, focar na solução ou na questão mais imediata.
Na verdade, você pode se preocupar sim! Mas de maneira eficaz! Escolha o modo preocupação produtiva.
Temos as preocupações improdutivas, que causam um estado de ansiedade e não depende apenas de você, ou entra em "adivinhações de futuro" ou "e se" e "será". Você vê e imagina coisas de forma maior do que realmente é, e em contexto negativo. Esse tipo de preocupação não é funcional, pois te coloca em "suposições da vida".
Existem as preocupações produtivas e que são funcionais! Aquelas que por mais difícil que as coisas pareçam algo poderá ser feito. Vamos colocar em prática?
A primeira coisa que precisa fazer é identificar qual é a sua maior preocupação, qual o contexto mais profundo existente nela, e que mexe com seus medos, determine algo que possa ser feito a respeito.
Determine qual a probabilidade da sua preocupação acontecer, quais hipóteses e saídas pode encontrar para a situação. O que de pior pode acontecer, seria algo superável? Pense nas melhores hipóteses, e nas estratégias do que pode ser feito.
Verifique se você tem muitos pensamentos limitantes que te impedem de encontrar a solução, se são exagerados ou muito negativos. Pense em quantas vezes já passou pela mesma situação e conseguiu resolver, e quantas vezes seus pensamentos te enganaram, criando problemas maiores do que são realmente.
Se algum amigo estivesse passando pela mesma situação e te pedisse ajuda com um conselho, o que você recomendaria? O importante é sempre ter este diálogo interno, se possível escrever, definir novas metas, colocar o problema em discussão.
Precisa mudar o padrão na forma de pensar, realizar debates internos. Muitas vezes as soluções são bem claras, mas você não consegue ver, pois fica no modo ansioso.
Talvez a arte de você se preocupar esteja ligado a algum comportamento de repetição. Por exemplo, se sua família passa por dificuldades financeiras ou de saúde, você pode ter uma "tendência condicionada" de se preocupar com as mesmas coisas na sua vida. Compreenda que é possível se preocupar de forma mais eficaz, a partir do momento que você decide aprender esse processo de enquadrar a preocupação no modo improdutivo ou produtivo e praticar mudar os pensamentos, conseguirá mais resiliência aos problemas.
Monitore seus pensamentos para trabalharem a seu favor!
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