Por que sentimos culpa?
A culpa é um sentimento importante, porque nos permite crescer e avançar. Porém, como qualquer outro sentimento, precisa ser administrada. Entenda de onde vem e por que pode ser nociva.
O sentimento de culpa é uma das reações naturais que qualquer pessoa experimentou ou vai experimentar ao longo da vida, a não ser que haja um transtorno mental que afete o mecanismo associado ao arrependimento. Trata-se de uma resposta vital para o nosso crescimento, porque ajuda a distinguir o que é certo do que é errado.
"Para Freud, a culpa é um sinal de que o indivíduo começou a assumir a responsabildiade por si mesmo, por seus sentimentos e conflitos e por decisões difíceis de que ele tenha que tomar. Carl Jung disse que desenvolvimento e crescimento só ocorrem quando somos capazes de reconhecer e tentar retificar nossas trangressões."
Porém, como qualquer outra emoção, é importante saber administrá-la. Os excessos podem desencadear pensamentos disfuncionais e paralisar a vida da pessoa. É como um processo corrosivo: o remorso excessivo vai alimentando uma postura reacionária, indelicada e que reclama de qualquer coisa. Isso sem contar na chance de desenvolver comportamentos compulsivos.
Em suma, a pessoa pode entrar num ciclo de negatividade constante, perdendo a oportunidade de aprender com os erros, de se desenvolver e se conhecer melhor.
Mas por que sentimos culpa?
De acordo com psicólogos especializados no desenvolvimento humano, a sensação de culpa está intimamente ligado ao sentimento de responsabilidade. A culpa é a forma que temos de reconhecer que não cumprimos nossos próprios valores e padrões. Na melhor das hipóteses, é uma oportunidade para reconhecer e corrigir erros. Mas muitas vezes a culpa se transforma em vergonha, e entrão se torna outra história. Quando uma pessoa se arrepende de algo, costuma de ser de uma situação ou ato que está sob seu próprio controle. O indivíduo fica pensando no ocorrido, e quando mais tempo dedica a rememorar, mais sente raiva, culpa e vergonha.
São emoções tão persistentes que podem acompanhar a pessoa por toda a vida, até no leito de morte. A enfermeira e escritora australiana Bronie Ware, autora do best seller "The Top Five Regrets of the Dying" (Os cinco maiores arrependimentos antes de morrer), afirma que o arrependimento a longo prazo costuma ser por coisas que se deixam de fazer, e que a culpa poderia ser dividida em cinco grandes grupos:
- não ter vivido como queria: haver dedicado a vida a viver como os demais esperavam, para cumprir expectativas da família, sociedade, status, etc.
- haver dedicado demasiado tempo ao trabalho: ter sido incapaz de alcançar um equilíbrio entre a vida profissional e a vida familiar ou social.
- não ter sido honesto com seus sentimentos: por muitas vezes não ter tido a coragem de expressar o que realmente sentia, da forma como sentia.
- não ter estado mais em contato com os amigos: ter sido incapaz de entender quão importantes são esses momentos compartilhados.
- não ter se permitido ser mais feliz: haver sido um dos grandes entraves, mesmo que inconsciente, para a sua própria felicidade.
Dicas para enfrentar o arrependimento
Para que o sentimento de culpa traga algo de positivo, deve vir acompanhado de aprendizado. Por isso, enfrente os desafios, assuma sua responsabilidade e permita-se viver com plenitude. Estas são algumas posturas que vão ajudar você nesse processo:
- não responda aos erros com irritação, pois seu corpo reagirá com tensão e dor;
- veja na falha de hoje a oportunidade de ser precavido, de evitar deslizes no amanhã;
- evite a autocrítica negativa;
- não seja do tipo de pessoa que sempre transfere a culpa para os demais;
- permita-se sentir tristeza pelo erro cometido, mas não deixe que o pessimismo se instale;
- peça perdão e tente corrigir sua atitude na próxima oportunidade;
- reflita sobre seu comportamento e suas necessidades;
- seja compassivo, com você e com os demais;
- peça ajuda, sempre que necessário.
Fotos: MundoPsicologos.com
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Do ponto de vista comportamental e emocional, qual é a importancia do arrependimento e do reconhecimento de uma culpa real? Pessoas que adimitem seus erros e se arrependem podem ser mais felizes e equilibrados qua aquelas que não fazem? Por quê? Quais são os perigos de carregar a culpa durente muito tempo? O arrempendimento produz alguma mudança mental? Qual e por quê?