Perda, um processo natural?
A perda é uma experiência inerente à condição humana e de extrema importância para desenvolvimento emocional da pessoa.
Sendo assim, deveríamos estar acostumados a encarar com naturalidade, pois já se nasce perdendo o calor, o aconchego materno, bem como, os diversos 'eus" construídos no decorrer da existência.
Mas, apesar de sabermos e utilizarmos diversas estratégias de enfrentamento possíveis para lidar com o sofrimento advindo desse processo "natural", no confronto com a situação, a realidade é bem outra. A dor é inevitável!
Como seres demandados de amor, que buscam, incessantemente, a satisfação, completude, individuação, encontro com o self, como proceder num momento tão crucial, onde o vazio faz-se tão presente? Talvez reaprender, buscar novos mecanismos de enfrentamento, rememorar, revirar os arsenais da memória e pensar que existe algo imperdível, infinito e eterno: o sentimento, pois tamponar a lacuna deixada pela ausência, impossível!
Perdemos pessoas, amores, amizades, perdemos objetos, coisas, situações e oportunidades. Entretanto, existem algumas "perdas" que extrapolam os liames da consciência, do entendimento de que, por mais que amemos tudo o que amamos, não temos o poder de fazer com que tudo permaneça, e adentre o campo do "sentir".
São aquelas decorrentes das pessoas que fazem parte do nosso script existencial, personagens principais, as que temos certeza que se não existissem, o enredo da nossa história teria sido outro
Então, segundo Marla de Queiroz, deixa que as coisas se renovem, e que as perdas tenham mais de um sentido, que os vazios te ofereçam mais espaço, pra que a vida te compense com o impossível.
Foto: MundoPsicologos.com
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