Medo saudável x patológico

Considerado uma emoção primária em nossa vida, o medo tem a função de nos proteger. Até certo ponto, doses diárias e pequenas são essenciais para nossa sobrevivência.

Em uma mente saudável, o medo trabalha a favor da nossa autopreservação e nos alerta para possíveis ameaças. Sendo assim, a nossa saúde mental depende da autonomia que desenvolvemos para utilizar nossos recursos de autoproteção.

Alguns autores classificam o medo em 6 fases:

1. Prudência
2. Cautela
3. Alarme
4. Ansiedade
5. Pânico (medo intenso)
6. Terror (medo intensíssimo)

A medida que o medo se intensifica, as reações físicas e emocionais aumentam. Por isso, é importante ficar atento à intensidade do medo e ao quanto ele está interferindo em atividades básicas na vida.

Quando a pessoa passa a evitar o contato com lugares, com pessoas, com experiências novas e, até mesmo, com os próprios sonhos e desejos, provavelmente o medo, considerado saudável, já se transformou em patológico.

Fique atento se o medo:

1. Faz você só ver o lado negativo;
2. Já não deixa você pensar de forma racional e analisar a melhor forma de agir;
3. Está impedindo você de viver experiências novas e de tomar qualquer decisão;
4. Desencadeia em você sintomas físicos diante de algum acontecimento;
5. É generalizado, inclusive fazendo com que você tenha medo de ter medo.

Para que isso não aconteça, busque compreender seus medos. Se possível busque ajuda profissional. Falar sobre seus medos pode ajudar você a descobrir quais são as suas formas de defesa saudáveis e suas melhores estratégias para superar seus medos mais devastadores.

Entretanto, confrontar o medo é difícil. Por isso, esteja ciente que, mesmo se você "vencer" a etapa de enfrentar o seu medo e agir, mesmo assim você pode fracassar. E não há nada de errado nisso. Enfrentar o medo, agir, conquistar ou fracassar faz parte do jogo de amadurecimento emocional.

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