Depressão, a doença do século

O transtorno depressivo, a depressão como popularmente conhecida, chegou a ser nomeada "a doença do século", pela forma a qual ganhou espaço nas últimas décadas. Vale sempre pensar no contexto em que vivemos, as características que tem a nossa geração, como trabalhamos, produzimos e lidamos com os momentos de lazer. Pensar em uma rotina de cuidados médicos para precaução de doenças orgânicas, um simples exame de rotina, é algo que podemos perceber que nem todos fazem. Os números diminuem quando falamos dos cuidados com a saúde mental. Pare e pense! Quantas pessoas você conhece que se dedicam aos cuidados com a saúde mental? No contexto em que estamos inseridos, os cuidados preventivos com a saúde física ainda é algo novo, e um território quase desconhecido para os cuidados com a saúde mental.

Ao observarmos a rotina da vida contemporânea, percebemos que problemas de saúde mental tem espaço para se instalar. Com vidas agitadas, com pouco ou nenhum tempo para descanso e lazer, com trabalhos que visam resultados a todo custo, permitimos mais um pouco que os problemas de saúde ganhem espaço. De repente a vida agitada e atarefada, começa a perder o brilho, a produtividade que sempre esteve em altos índices começa a diminuir, e aqueles momentos de cansaço e desanimo começam a ser rotineiros, chegando a momentos de choro e lamentações. Como ilustra a autora Joceli Aparecida em seu poema:

"No silencio dessa noite fria me encontro só.Em meu peito uma dor incessante lágrimas que insistem em rolar pela face, a alma está em frangalhos.Noite sombria o que fazer para calar essa dor que grita em meu peito, no silencio dessa noite fria estou só (…)"

Os principais sintomas da depressão são: tristeza, melancolia, choro fácil e/ou frequente, indiferença afetiva, sentimento de tédio, aborrecimento crônico e irritabilidade aumentada. Essa doença é uma das que mais envolvem as pessoas que estão no contexto do doente como, por exemplo, amigos, pais, filhos e cônjuge, e pode ter consequências lamentáveis para o doente e para os que estão ao seu redor. Em alguns casos a severidade da doença pode levar o paciente levar ao suicídio. A organização mundial da saúde estima que 350 milhões de pessoas vivem com depressão no mundo, e que as mulheres são as mais acometidas. Dalgalarrondo (2008) cita 8 tipos de depressão:

1. Depressão episódica e transtorno depressivo recorrente
2. Distimia
3. Depressão atípica
4. Depressão tipo melancólica ou endógena
5. Depressão psicótica
6. Estupor depressivo
7. Depressão agitada ou ansiosa
8. Depressão secundária ou orgânica

As classificações de depressão acima citadas também podem ser encontradas nos artigos da organização mundial da saúde, CID 10 e DSM 5. A depressão pode ser tratada por psicólogos e psiquiatras, através de terapias psicológicas e farmacológicas.

A falta dos sentimentos de prazer contribui para a existência da doença. Nos momentos de crises depressivas vale lembrar que devemos pensar em quem está agindo no momento: a realidade ou a doença?

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