Como enfrentar a perda de um colega de trabalho

Falar de morte continua sendo um tabu para muitas pessoas e muitas vezes essa cultura anti-morte nos prejudica quando nos deparamos com a perda de alguém querido

30 MAR 2016 · Leitura: min.
Como enfrentar a perda de um colega de trabalho

A notícia da perda de um colega de trabalho geralmente traz desconforto, inundação de sentimentos confusos que geralmente não sabemos como fazer para enfrentá-los. Sendo a morte um assunto pouco debatido e pouco aceito nas rodas de conversa, quando nos deparamos com a morte de alguém com quem trabalhamos, ficamos muitas vezes sem saber o que fazer ou dizer e muito menos como agir.

Você poderá sentir-se ansioso, deprimido ou mesmo desorientado, parece que aquilo não é real. Você mesmo nem acredita que aconteceu e perguntas como Por quê? Como? Onde? Inundam o ambiente de trabalho. Tudo isso é bem normal quando perdemos alguém próximo e entramos em luto.

Seu processo de luto se faz necessário e deverá tomar sua dedicação por um tempo. Tal processo dependerá de muitas variáveis como, sua relação com o colega que se foi, idade, sexo, crenças religiosas e até mesmo experiências anteriores de perdas em sua vida.

A princípio, você pode sentir-se em estado de choque e depois como se estivesse anestesiado, parece que nada aconteceu. Raiva culpa, tristeza, angústia são alguns dos sentimentos normais nesse momento da perda e a expressão de seus sentimentos faz-se necessário. Chorar, falar sobre o colega, trazer lembranças que envolvam o colega morto, dividir sua dor é de fundamental importância no seu processo de luto.

No luto normal você perceberá que com o passar do tempo os sentimentos vão se reorganizando e o ambiente de trabalho vai também se redefinido. É importante saber que não se volta ao estágio anterior à perda, os colegas irão encontrar novas maneiras de viver, trabalhar e redefinir seus selfs sem o colega que se foi. O processo de luto leva tempo e não deve ser negligenciado.

Entretanto, algumas pessoas sentem que seus sentimentos estão mais acirrados e já não conseguem elaborar sua dor. Tristeza, ansiedade generalizada, insônia, falta de apetite entre outras coisas, já impedem que sua vida caminhe para uma normalidade. Estas pessoas precisarão de ajuda de profissionais qualificados que trabalhem no sentindo de favorecer o processo de luto e consequentemente prevenir um luto complicado. É o trabalho do luto que permite o reencontro com a alegria. O trabalho do luto é o desenvolvimento da capacidade de dizer sim ao não.

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Escrito por

Ana Cecilia Britto Freitas

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