Como a psicologia pode contribuir para a qualidade de vida dos idosos

Um psicólogo pode colaborar para a melhorar a saúde mental do público idoso, tendo em vista que este grupo está crescendo mundialmente.

25 ABR 2019 · Leitura: min.
Como a psicologia pode contribuir para a qualidade de vida dos idosos

Um dos fenômenos mais significativos da nossa sociedade urbanizada e do avanço das tecnologias é o envelhecimento da população. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2050, o mundo terá 2 bilhões de idosos e, pela primeira vez, o número de pessoas com mais de 60 anos será maior do que o de crianças de até 5 anos.

De fato, as pessoas estão vivendo mais e, por isso, nas últimas décadas, nossa sociedade tem demonstrado maior preocupação com os idosos e com sua qualidade de vida.

Essa tem se tornado uma demanda para os profissionais envolvidos com saúde mental. Quais os efeitos dessa transformação em nossa sociedade? Com o envelhecimento da população, os déficits cognitivos passam a ter maior incidência, bem como outras problemáticas como a depressão, que podem causar prejuízos na cognição. Assim, o envelhecimento saudável passa a ser uma temática relevante para a formulação de políticas públicas e convoca os profissionais a se qualificarem para atender essa população.

E, então, como a psicologia tem buscado contribuir para o envelhecimento saudável? Hoje em dia há um consenso na literatura científica quanto à ideia de que há um continuum clínico que se estende desde o funcionamento cognitivo normal no idoso até alterações leves e progressivamente mais graves de memória, funções executivas e outras esferas da cognição, atingindo uma fase de importante comprometimento cognitivo e funcional.

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Neste sentido, o psicólogo com especialização em avaliação psicológica e neuropsicologia tem um papel muito relevante, fornecendo subsídios para o diagnóstico precoce destes idosos. Além disso, há outro aspecto muito importante a considerarmos: as medidas interventivas e preventivas que podem retardar a progressão da deterioração cognitiva, reduzindo o número de casos no futuro.

O psicólogo atua também nessas medidas interventivas, através da estimulação cognitiva, reabilitação neuropsicológica e treino cognitivo, melhorando as funções cognitivas e proporcionando melhor qualidade de vida aos idosos. Diversas tecnologias como jogos e outras plataformas tecnológicas de treino cognitivo são aliadas neste processo.

Envelhecer com autonomia, independência, qualidade de vida, é um desafio que se coloca na nossa sociedade atual, e o treino cognitivo tem demonstrado efeitos significativos na redução de ansiedade e depressão.

Por Valéria Fraga, psicóloga inscrita no Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul 

Fotos: MundoPsicologos.com

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Valéria Fraga

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