Baixo rendimento no trabalho, estresse e depressão? Pode ser Burnout!

Quadros como ansiedade, depressão e estresse são recorrentes no ambiente de trabalho, porém, não tão conhecido, o burnout atinge muitos profissionais deixando cicatrizes. Mas como evita-lo?

25 MAI 2016 · Leitura: min.
Baixo rendimento no trabalho, estresse e depressão? Pode ser Burnout!

Revendo um artigo da Revista da Associação Médica Brasileira, intitulado "Prevalence of burnout syndrome among Brazilian medical oncologists" (A prevalência da síndrome de burnout entre os médicos oncologistas brasileiros), que tratou da síndrome de Burnout. Apesar de ser um artigo de 2007 o tema é ainda muito atual.

O Burnout se trata de um tipo de estresse gerado no e pelo ambiente de trabalho, acometendo assim profissionais que em suas atividades exerçam algum tipo de relação com outras pessoas, e que ocorra de forma contínua, direta e de maneira emocional.

Os sintomas que caracterizam o burnout são a exaustão emocional, a despersonalização e a sensação de baixa realização pessoal nos assuntos de trabalho. Muitos profissionais acabam se culpando e exigindo cada dia mais de si mesmos sem perceber que na verdade estão com um quadro clínico que prejudica sua saúde e rendimento. Lembrando que se temos um quadro clínico é importante o diagnóstico e tratamento adequado. Vamos entender um pouco mais estes sintomas?

Exaustão emocional

Trata-se daquela sensação de baixa energia, de estar perdido por não saber mais como agir adequadamente dentro do contexto profissional, a redução do entusiasmo frente aos desafios da profissão. Apenas neste ponto, caro leitor, peço que ao pensar no sintoma mantenha a distinção entre a exaustão emocional e as possíveis frustrações geradas pelo dia-a-dia profissional.

Despersonalização

Trata-se do distanciamento afetivo das relações, a perda sucessiva da capacidade empática, tornando mecânica a forma de se relacionar entre clientes e colegas, tratando-os como objetos. Tal condição pode até mesmo extrapolar os limites do ambiente de trabalho, afetando os relacionamentos pessoais.

Sensação de baixa realização pessoal

Neste caso o termo que nomeia sintoma já torna claro, por si só, a sua definição. Trata-se daquela sensação de que os resultados gerados pelo trabalho não possuem mais nenhuma importância, levando assim a pessoa a uma autoavaliação negativa e muito contaminada.

Feitas as definições, neste momento você pode estar se perguntando: Mas e agora?

Caso você se encontre nesta condição, minha principal orientação é que busque auxílio profissional imediato. Os problemas físicos, mentais, sociais e profissionais gerados pelo prolongamento do quadro podem agravar o quadro e aumentar o tempo para a sua resolução. Neste caso a melhor opção é buscar o apoio de um psicoterapeuta, e se necessário também a intervenção medicamentosa conforme orientação de um médico.

Sendo assim, caso você se encontre nesta situação avalie buscar ajuda o quanto antes. Aqui vão algumas dicas para evitar esta síndrome.

  • Encontre o seu hobby

Isso mesmo que você leu. O simples fato de possuir um já reduz consideravelmente as chances de você desenvolver este quadro. A energia despendida para alimentar este comportamento e o envolvimento emocional existente nele gerarão resultados positivos para você.

  • Busque o autoconhecimento

A busca pelo desenvolvimento do seu autoconhecimento e, consequentemente, a sua autopercepção elevam a sua coerência emocional (equilíbrio entre o sentimento, o pensamento e o comportamento) ampliando assim as inúmeras formas de respostas que você pode ter frente às situações do seu dia-a-dia. Isso pode te levar a uma liberdade de agir, aumentando a espontaneidade e modificando a forma de você se relacionar, tanto no trabalho (seja com colegas, clientes ou a própria relação com o trabalho), quanto nas suas relações pessoais e familiares.

  • Realize atividades físicas

No artigo anterior já abordei as questões da atividade física, principalmente quando aliadas a psicologia do esporte, e aqui estão elas novamente. Os hormônios liberados pela atividade terão efeitos positivos sobre seu corpo e mente.

  • Envolvimento espiritual

Entenda-se aqui que o envolvimento espiritual não se trata exclusivamente das religiões, mas busca por práticas como meditação, yoga, ou qualquer outra com este cunho pode gerar o resultado esperado. A busca por este envolvimento e crescimento pessoal e espiritual são um dos principais pontos de prevenção do burnout.

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Escrito por

Hélio Savi Bastos

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