As primeiras impressões contam (e muito)
Quanto dura a primeira impressão que temos de alguém? É normal, ao aprofundar o contato, reconsiderar e mudar de opinião? Descubra a seguir o que diz uma investigação recente sobre o tema.
Pesquisas recentes demonstram que há muito de verdade no ditado popular "a primeira impressão é a que fica". Sabia que a pessoa tende a manter as primeiras impressões que teve de alguém, mesmo que o primeiro contato tenha sido por foto, inclusive depois de ter a oportunidade de conhecê-la cara a cara?
Essa é a conclusão de um estudo realizado pela Universidade Cornell, que fica em Ithaca, Estados Unidos. É uma tendência sociológica. O ser humano costuma dividir e classificar seus conhecidos em função das primeiras impressões que tem sobre as pessoas em questão, fazendo valer aquelas sensações positivas, mas também mantendo pré-julgamentos criados no primeiro contato.
Conduzido por Vivian Zayas, professora associada da Faculdade de Psicologia, o estudo mostrou aos participantes fotos de quatro mulheres em atitudes diferentes, ora sorrindo, ora com expressão neutra, etc. Em cada caso, os participantes comentavam suas impressões, tratava-se de uma pessoa extrovertida, agradável, aberta a novas experiências, desagradável, emocionalmente estável, entre outras.
Numa segunda etapa, foi promovido um encontro entre os participantes e as mulheres fotografadas, desta vez cara a cara. Os encontros costumavam acontecer entre um e seis meses depois da primeira etapa do estudo. Os participantes estavam em contato com as mulheres em questão por aproximadamente 20 minutos.
Após o encontro presencial, quando questionados, costumavam manter a mesma valoração sobre a personalidade e características da mulher, demonstrando que as primeiras impressões, positivas ou negativas, seguiam valendo semanas ou até meses após o primeiro contato.
Outro aspecto curioso revelado pelo estudo era que tanto os participantes que tiveram impressões positivas como aqueles que tiveram impressões negativas estiveram em contato com a mesma mulher, porém saindo do encontro com visões radicalmente distintas.
De acordo com a psicóloga, uma das possíveis explicações para esse tipo de postura seria a chamada "confirmação do comportamento". As pessoas que, inicialmente, tiveram uma visão positiva da foto da mulher, encararam o encontro presencial de forma mais amistosa e aberta, implicando-se mais em estabelecer vínculos.
Cuidado com o efeito Halo
O termo foi criado pelo psicólogo Edward L. Thorndike, em 1920, para definir um viés cognitivo que se repetia frequentemente: as pessoas costumavam tirar conclusões globais e aplicá-las a indivíduos ou grupos étnicos, sem conhecê-los individualmente. Por exemplo, acreditar que uma pessoa fisicamente atrativa tenha opiniões admiráveis.
Dicas para causar boa impressão
Está claro que as primeiras impressões são importantes, mas que não deveriam ser determinantes, já que nem sempre são coerentes com a realidade. Daí a importância de cuidar de determinados aspectos da comunicação verbal e não verbal se queremos causar uma boa impressão. Confira a seguir algumas dicas para fazê-lo de forma mais fácil e natural:
- cuide da sua aparência e use roupas com as quais você se sinta confortável. É importante minimizar fatores de preocupação.
- sorria e seja simpático, apesar de uma possível timidez. Esse tipo de atitude sempre abre portas.
- seja educado em todas as situações, e com todas as pessoas.
- saiba escutar e evite interromper os demais.
- não tenha medo de opinar sobre assuntos que domina. Para os demais temas, estimule a interação fazendo perguntas. É uma ótima forma de demonstrar interesse.
Fotos: MundoPsicologos.com
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