A origem emocional das doenças físicas

Existem certos tipos de dificuldades e doenças físicas que parecem não ter uma causa concreta. Se você sentir um mal estar em seu estômago, após uma feijoada, talvez a causa seja essa certo?

17 JUN 2019 · Leitura: min.
A origem emocional das doenças físicas

Você já percebeu que acontecem algumas coisas com nosso corpo das quais não conseguimos encontrar uma causa plausível, seja geneticamente falando ou não? Você já escutou aquelas histórias, (ou até mesmo, quem sabe já aconteceu com você mesmo) em que a pessoa sentindo dores ou incômodos físicos, foi até um profissional de medicina, realizou diversos exames e, não foi encontrada uma causa para sua queixa? Ou então aquelas pessoas hiper saudáveis que descobriram alguma doença e por isso não compreendemos como aquela pessoa foi acometida por ela, sendo tão saudável ?. Você já escutou algum relato assim?, ou você já passou por algo parecido?

Pois bem, vou te dizer que isso é realmente muito normal. Parece muito estranho quando essas coisas acontecem não é?! Muitas pessoas não compreendem que muito do que acontecem conosco tem uma causa emocional e/ou psicológica. Uma causa que está além das características e sintomas físicos.

Ainda é um pouco estranho para muitos, aceitar que as doenças e as emoções podem estar ligadas de alguma maneira, e assim entender que uma doença possa ser causada por distúrbios emocionais. Se pararmos para observar significativamente, faz muito sentido essa relação. Padrões emocionais desequilibrados que influenciam/causam o aparecimento do adoecimento físico, mas que se são equilibrados novamente podem então atenuar ou ate mesmo "extinguir" a doença em questão.

Você já ouviu falar daquela frase "mente sã, corpo são"? Pois bem, de modo geral, tudo que afeta o corpo é provocado por algum agente físico ou biológico, isto significa dizer que, uma infecção, por exemplo, tem como principal causador um vírus ou bactéria, e assim as alterações metabólicas são conseqüência de alguma disfunção biológica. Isso todos nós entendemos, compreendemos e aceitamos.

Mas o que a maioria de nós não sabe e muitas vezes não aceita é que, na estrutura psicoemocional é onde se encontram padrões emocionais que em função de algum conflito, apresenta uma baixa imunidade corporal e permitem então que a infecção se instale.

A tese central não é o que acontece com a pessoa, mas sim o que essa mesma pessoa faz com os acontecimentos da sua vida. A maneira como ela irá entender, decifrar e conseqüentemente interagir com as situações desagradáveis, principalmente, que ela venha a vivenciar.

A maioria das pessoas prefere um remédio que atue no corpo e elimine as doenças, sem considerar que a causa pode ter um fundo emocional, como um acontecimento desagradável, ou um trauma por exemplo. Procuram por uma pílula mágica que sane o problema físico, sem que precise refletir sobre o que está acontecendo no seu mundo interior. Se colocar frente a frente consigo mesmo e descobrir o que causou aquele adoecimento.

Vejo muitas e muitas pessoas dizerem que preferem buscar um psiquiatra ao invés do psicólogo, porque o psiquiatra vai lhe receitar um medicamento e o psicólogo não. A tentativa frenética de querer "tampar o sol com peneira", só procrastina a possibilidade e oportunidade de cura. Ficam-se anos e anos a base de medicamentos, muitas vezes de tarja preta, na esperança de que um dia aquele remédio venha fazer um efeito definitivo.

Ou então, quantas pessoas chegam a largar o tratamento medicamentoso depois de anos, como atitude de desistência na busca de melhorar, e de aumentar a sua qualidade de vida e de saúde. Ou pior ainda, é quando você percebe um crescente vicio em relação ao medicamento. Pessoas que dizem não conseguir viver sem a ingestão dos milagrosos comprimidos. Até mesmo nesse ponto, podemos perceber a influência dos pensamentos e emoções para o efeito.

Entenda que não estou dizendo para você parar de tomar qualquer tipo de medicamento. O que gostaria que você refletisse, é que a forma como você sente e "interioriza" os acontecimentos influenciam significativamente no processo de adoecimento ou não. Ouso até dizer que são causadores específicos de muitas doenças.

Veja por exemplo o câncer. Esta doença está intimamente relacionada com as emoções. Estudos mostram que sentimentos de rancor e/ou mágoas afetam drasticamente as células corporais.

E até mesmo depois do diagnóstico e tratamento, podemos perceber que as pessoas com maior remissão da doença apresentam comportamentos mais positivos frente ao câncer. Você já deve ter ouvido falar no falecimento após o doente ter se "entregado", certo? Você poderia observar que esta entrega não é relacionada com o aspectos físico especificamente, mas ocorre também quando a pessoa aceita emocionalmente.

A psoríase, por exemplo, é uma alergia causada pela forte presença de estresse, nervosismo, e ansiedade. Quando buscamos as causas dentro da medicina, encontramos muitos estudos que revelam que a própria medicina não conhece as causas físicas da doença. O que nos faz pensar nas causas emocionais.

Existem muitas outras correlações entre as emoções e as causas de várias doenças. Até mesmo a gripe ou resfriado tem influência emocional. Alergias, gastrite, sinusite, bronquite, doenças de pele, entre muitas outras. Além é claro, da síndrome do pânico, fobia social, transtorno de ansiedade, depressão, transtorno bipolar, enfim. Uma gama de outras doenças que estão intrinsecamente relacionadas com as emoções.

Assim, não podemos desconsiderar a presença dessa, e nem mesmo desconsiderar os aspectos físicos ou genéticos, no entanto, observamos a necessidade do tratamento psicológico, e mais além, dos conhecimentos da psicologia e de como ela pode prevenir muitos adoecimentos. Algo como aquele ditado: "é melhor prevenir do que remediar", se encaixa perfeitamente nessa reflexão. Porque quando a boca cala, o corpo fala.

Por Alessandra Castegnaro de Freitas, psicóloga inscrita no Conselho Regional de Psicologia do Paraná

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Escrito por

Psicóloga Alessandra Castegnaro de Freitas

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Comentários 2
  • João Oliveira

    Enttão como explica o caso de crianças com autoimunes ou cancros?

  • Diana de Fátima Nocete

    Tenho gastrite nervosa há anos. E não consigo me livrar dela nem com remédio. O que fazer ?? Ctz que é meu lado emocional que desencadeou isso, mas ela dói msm em momentos que não estou nervosa. O que fazer nesse caso?

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