A importância da terapia de grupo

Apesar de pouco divulgada, a terapia de grupo é um formato de atendimento clínico que traz excelentes resultados e oferece inúmeras vantagens para quem a procura.

9 AGO 2016 · Leitura: min.
A importância da terapia de grupo

A terapia em grupo é uma forma de terapia na qual um grupo de pessoas, previamente e cuidadosamente selecionados, se reúne regularmente com um propósito terapêutico e com a orientação de um psicólogo.

Apesar de pouco divulgada, a terapia de grupo é um formato de atendimento clínico que traz excelentes resultados e oferece inúmeras vantagens para quem a procura.

Quem pode fazer terapia de grupo?

Todas as pessoas que estão motivadas a trabalhar seus sentimentos e comportamentos podem fazer terapia de grupo. Também é necessário estarem dispostas a ouvir os outros, não apenas serem ouvidas, dispostas a dar e a receber.

Nem todos sabem que existe a possibilidade de optar por esse formato de atendimento psicoterápico, o que é mais falado e divulgado é a consulta individual.

Como funciona a terapia de grupo?

Ela funciona como uma terapia individual. O grupo não é apenas uma somatória de pessoas, mas o resultado da interação de seus participantes. Ela também contempla as mesmas questões de uma terapia individual, como ansiedade, depressão, problemas de relacionamento, dificuldades do dia-a-dia e assim por diante.

A terapia de grupo tem suas regras também como a terapia individual, atendimento semanal, horário e tempo de duração pré-estabelecidos, contrato de sigilo e comprometimento de todos os envolvidos no processo. Ela se utiliza de ferramentas como a fala, reflexões e dinâmicas para a melhor compreensão da problemática.

A diferença é que o psicólogo atua como um mediador e os outros membros do grupo também servem de apoio e suporte enquanto um dos participantes expõe a situação de conflito que está enfrentando.

Quais as vantagens de se optar pela terapia de grupo?

A terapia de gGrupo tem algumas vantagens e características próprias, como:

  • Tem um tema, um foco, ou seja, o motivo pelo qual aquele grupo está ali é compartilhado por todos. Por exemplo, temos grupo de emagrecimento, de depressão, de gênero, de pacientes oncológicos, de stress e ansiedade, enfim, são vários os temas. É evidente que cada membro do grupo tem uma história de vida única, mas todos estão vivendo o mesmo processo neste momento, por exemplo, o emagrecimento. São pessoas que buscaram na terapia de grupo novas formas de lidar com suas dificuldades e encontrar uma melhor compreensão e manejo deste processo.
  • Exatamente pelo fato de que cada participante do grupo é único e teve em sua história de vida vivências diferentes e também formas diferentes de analisar e significar essas vivências, é que temos a segunda característica da terapia de grupo – o apoio e a realimentação ampliados. Não é só o terapeuta que oferece apoio e realimentação, mas todos os outros participantes do grupo. O que enriquece significativamente a análise e a busca de novas alternativas para lidar com suas dificuldades. Obtendo diferentes perspectivas, cada um terá mais possibilidades de crescimento e de mudanças. Ao ver como os outros lidam com o problema, pode adicionar novas formas de enfrentamento. É a riqueza da variedade de perspectivas.
  • Outra característica é o custo da terapia de grupo, é um formato com custo menor e mais acessível a quem deseja fazer terapia, mas não dispõe no momento de recurso financeiro.
  • Pelo fato da pessoa não ser a única no grupo a apresentar determinado problema e dificuldade, essa forma de terapia, dá a cada um o sentimento de pertencer, de fazer parte. Aqueles que, em algum momento da vida, já se sentiram excluídos, sabem da importância e do valor do sentimento de pertencer, de fazer parte, de possuir afinidades, de aceitar e ser aceito.
  • Está implícita na terapia de grupo a característica de facilitadora na melhora das habilidades sociais. Os participantes do grupo não serão apenas ouvidos, serão estimulados a ouvirem. Fazer-se entender e entender o outro, nos parâmetros do outro. Isso é, no mínimo, muito enriquecedor e faz de qualquer pessoa um ser melhor e mais humano. Buscar a compreensão e a aceitação de si e do outro, ampliando suas competências interpessoais para lidar com os problemas. Também estimula um a ajudar o outro.
  • Todo o grupo é incentivado a não desistir e a olhar o outro como companheiro do seu processo. Proporciona oportunidade de todos melhorarem a capacidade de comunicação e o desempenho ao se relacionar com os outros.
  • A autoestima se eleva, pois todos são encorajados a não julgar e a oferecer apoio.
  • Como o grupo funciona como continente em relação às angústias de cada um acaba por possibilitar que todos desenvolvam seu potencial com relação à percepção, juízo crítico, criatividade, responsabilidade e capacidade de relacionar-se com o diferente.
  • A melhora do outro ajuda na crença de que também sou capaz de superação, de vencer. É a instalação da esperança.
  • Quando alguém compartilha suas questões, está dividindo e confiando e isso diminui o isolamento social. Desenvolve a capacidade de se autorrevelar, num contexto de confiança, potencializando a capacidade de autorreflexão.

Com tantas vantagens, o que impede as pessoas de procurar a terapia de grupo?

Um dos fatores é não saber que existe. Outro é não saber que é tão seguro como qualquer outro formato de terapia. Mas também pode ser por vergonha ou dificuldade de expor seus problemas para outras pessoas que não o terapeuta. Isso é totalmente compreensível, mas é importante as pessoas saberem que o grupo sempre é orientado a ouvir e apoiar, a não julgar, ridicularizar ou menosprezar os problemas e dificuldades dos outros.

Diante disso, esse medo fica sem fundamento, não existe lugar mais propício para superar a vergonha do que a terapia de grupo. É neste ambiente que você pode superar, com segurança, a desconfiança, a timidez, a vergonha, a dificuldade de se expor e a dificuldade do contato interpessoal.

Ao interagir e trocar as pessoas ficam mais próximas, preocupadas e comprometidas umas com as outras.

Foto: por lostintheredwoods (Flickr)

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Escrito por

Carpeendi Psicologia

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