A felicidade está em viajar, não em comprar
Especialistas destacam que existe uma diferença básica entre a felicidade de comprar algo e a de poder viajar. No primeiro caso, é emoção fugaz. Já no segundo, é perene. Saiba mais a seguir.
Muita gente passa grande parte da vida trabalhando, tratando de reunir os recursos necessários para comprar melhores casas, carros, roupas e coisas em geral. Contudo, e para seu pesar, isso nem sempre se traduz em felicidade.
O que estaria faltando nessa equação? Mesmo não havendo uma fórmula para ser feliz, vários especialistas focaram seus estudos em tentar responder o que é preciso para alcançar a felicidade. Muitos chegaram à conclusão de que, ao invés de comprar mais coisas, deveríamos investir nosso tempo e dinheiro em viajar mais.
Felicidade fugaz
Ninguém está tentando negar a emoção que produz adquirir um objeto desejado. Trata-se de uma alegria genuína e fácil de compreender. Entretanto, esse tipo de felicidade é demasiado fugaz.
A emoção é passageira. A pessoa acaba se adaptando e o objeto deixa de ser novidade. Isso é o que impele o sujeito a voltar a seu estado natural. A sensação de triunfo e alegria faz com que muitos dediquem sua vida a felicidades momentâneas e, sem perceber, ficam presos a um círculo de compras excessivas, que em longo prazo termina em frustração.
Não há nada de errado em comprar o que se quer, o problema está em acreditar que podemos chegar a construir uma vida realmente feliz tendo essas alegrias fugazes como base.
Segundo especialistas no assunto, o segredo para viver com alegria estaria justamente em permitir-se viver. Por mais redundante que pareça, o ímpeto para conseguir coisas acaba ofuscando aqueles momentos que realmente são importantes.
A base para ser feliz
A felicidade é uma meta para todos, e cabe dizer que para as gerações mais novas é um assunto ainda mais sério. De acordo com uma pesquisa da Universidade de São Francisco (EUA), a base para se ter uma vida feliz está nas vivências pessoais, não em acumular coisas. Experiências que se obtêm especialmente viajando.
Casar, ter um filho, participar de projetos, tudo isso marca a vida de uma pessoa, e se converte em lembranças maravilhosas. Porém, segundo estudos de mercado realizados por empresas como Booking, a maioria das pessoas se diz mais feliz ao viajar. Mais de 70% dos entrevistados afirmaram que viajar é mais prazeroso que adquirir um bem material.
Todas as etapas da viagem, procurar destinos, o planejamento, chegar ao local, conhecer novas pessoas e experimentar realidades diferentes, despertam uma grande quantidade de emoções positivas, emoções que continuam com a pessoa através de suas lembranças. Relembrar é uma forma de reviver essa conquista imaterial, assim como o é compartilhar parte dessa história.
Viajar ao invés de ter
As estatísticas não mentem, e o fato de a maioria das pessoas priorizar as férias a comprar produtos tecnológicos ou fazer reformas em casa, por exemplo, evidencia a sensação coletiva de que as experiências que viajar desperta são mais importantes do que certo conforto.
Importante lembrar que a felicidade que cada viagem propicia não tem, necessariamente, uma relação direta com gastos excessivos, nem com hotéis de cinco estrelas.
Comprar ajuda a satisfazer uma necessidade imediata relacionada a um vazio. Viajar, ao contrário, está relacionado a uma necessidade de bem-estar pessoal em sua essência mais pura, respondendo a uma necessidade mais profunda do sujeito.
Tanto o pesquisador Shawn Achor, como o psicólogo Thomas Gilovich, ambos especialistas em felicidade, coincidem em que as experiências que conseguimos com as viagens são ingredientes vitais para ter uma vida mais feliz. São experiências únicas, que nos afastam da rotina e que têm potencial, inclusive, de transformar nossas essências.
Ao viajar, nos afastamos das preocupações e de todos aqueles temas tensos que demandam nossa concentração. Dessa forma, é mais fácil retomar a motivação necessária para seguir adiante com a rotina.
Ao contrário do que acontece quando se compra alguma coisa, que cedo ou tarde terminará por se desvalorizar, o que se sente durante uma viagem fica com a pessoa em forma de lembrança e aprendizado. É material perene para a construção da nossa felicidade.
Fotos: por MundoPsicologos.com
As informações publicadas por MundoPsicologos.com não substituem em nenhum caso a relação entre o paciente e seu psicólogo. MundoPsicologos.com não faz apologia a nenhum tratamento específico, produto comercial ou serviço.
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Só li verdade nesse texto todas as emoções e sensações citadas acontecem. Depois de ano todo de trabalho viajar renova a minha bateria.