A empatia é indispensável na vida de um casal?

De acordo com estudos recentes, homens não se importam com os sentimentos da parceira. Entenda o que dizem as pesquisas e compartilhe o seu ponto de vista de especilista.

17 FEV 2015 · Leitura: min.
A empatia é indispensável na vida de um casal?

O que um casal precisa fazer para ter um relacionamento feliz? Essa é uma pergunta que provavelmente já apareceu muitas vezes ao longo da sua carreira. E a resposta, com certeza, não se resume a uma fórmula mágica que pode ser aplicada em todos os casos.

Mas alguns estudos recentes, que analisaram mulheres e homens em relação ao sentimento de empatia, indicam como essa dinâmica pode influenciar em um relacionamento satisfatório. Saiba o que dizem as pesquisas e compartilhe o seu ponto de vista de especialistas conosco.

Existem diferenças entre homens e mulheres?

Quando o assunto é "sentir empatia", a resposta é sim. Pelo menos é o que afirma um estudo publicado pela Griffith University. A pesquisa pediu para 20 mil australianos, de ambos os sexos, revelarem os momentos mais negativos de suas vidas, como a morte de um ente querido ou perda de emprego.

Ao invés de contarem algum episódio de suas próprias vidas, 24% das mulheres elegeram algum momento vivenciado pelos seus parceiros. Enquanto somente 7% dos homens escolheram algum episódio relacionado as suas parceiras.

O estudo ainda indica que o sentimento de empatia das mulheres é equivalente ao que ela sentiria caso o episódio acontecesse diretamente com ela. O mesmo nível emotivo não foi identificado nos homens.

A autora da pesquisa, Cindy Mervin, aclara que isso não significa que homens são insensíveis ou indiferentes, e que eles se mostram fortemente afetados pelo que acontece com eles mesmos.

Além disso, o estudo também descobriu que casais com filhos foram mais afetados por choques negativos que acontecem ao seu parceiro do que os casais sem filhos.

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Empatia e a satisfação no relacionamento

Segundo uma pesquisa desenvolvida pela American Psychological Association, para 50% das mulheres, demonstrar compreensão em momentos difíceis está diretamente ligado à sua felicidade em um relacionamento. Enquanto somente 22% dos homens tem a mesma percepção.

O estudo ainda demonstra diferenças interessantes de gênero. Para eles, a satisfação no relacionamento tem a ver com a habilidade em interpretar as emoções positivas da parceira. Já para as mulheres a lógica é inversa: elas ficam mais satisfeitas quando conseguem identificar emoções negativas no parceiro.

A pesquisa sugere que ser empático com momentos tristes ou negativos na vida da parceira pode ser percebida como uma situação ameaçadora para os homens. No entanto, quando eles conseguem identificar que as parceiras estão tristes ou frustradas, elas se demonstraram mais satisfeitas.

PhD pela Escola de Medicina de Harvard e autora da pesquisa, Shiri Cohen explica que, para as mulheres, perceber que o parceiro é passível de ficar triste é uma forma de demonstrar algum grau de investimento e comprometimento emocional no relacionamento.

Um raciocínio que tem tudo a ver com uma reclamação bem comum das mulheres: aquela quando eles ficam emocionalmente distantes ou se afastam quando aparece algum conflito.

Fotos (ordem de aparição): por mark sebastian (Flickr) e SnapwireSnaps (Pixabay)

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Comentários 2
  • Luzinete Maria de Vasconcelos Gomes

    A empatia é essencial nas relações. Diante do fato dessa pesquisa ter sido na Austrália, aqui no Brasil poderia ser diferente, a cultura, o modo de pensar e viver das pessoas influência em qualquer pesquisa. Mas mesmo assim, a empatia é o ponto de partida para qualquer relacionamento.

  • Maria de Fátima Araujo Martins

    Criar um sentimento empático é a base para qualquer relação seja afetiva, interpessoal ou profissional. Empatia cria laços, aconchego e aproxima o outro na medida que ao nos tornarmos empáticos estamos nos colocando no lugar do outro, nosso olhar muda com relação à situação conflitante ou mesmo frustrante. Passamos a lidar melhor com as diferenças e nos tornamos mais flexíveis, hábeis e resilientes diante da vida, com as pessoas. Na relação de gênero, casal é fundamental pois o companheirismo passa pela empatia até mesmo a sexualidade . Quando usamos de empatia conseguimos praticar a alteridade, ou seja, temos compaixão pelo outro, colocando-nos no lugar desta pessoa que amamos. Aprendemos a praticar a arte da aceitação e buscar mudanças construtivas para as relações de afeto.

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