7 mitos sobre psicologia: verdade ou mentira?

Em torno da psicologia real, a ciência que estuda os estados da mente, seus processos e os comportamentos humanos, existe uma visão popular sobre o que ela representa; uma visão que, muitas vezes, não coincide com a realidade e está repleta de falsos mitos.

Quem nunca ouviu que a psicologia é para loucos? Ou escutou que os sonhos têm um significado oculto, que precisa ser interpretado? Há ainda aqueles que acreditam que ir ao psicólogo é pagar para falar, e pronto!

Essas são apenas três das inúmeras teorias populares, que acabam contribuindo para que haja uma interpretação errada do trabalho realizado por um psicólogo. Neste artigo trazemos os mitos mais comuns e tratamos de explicar por que não se aplica à realidade.

1) Quem vai ao psicólogo é louco ou um fraco

Quando uma pessoa busca um tratamento psicológico, significa que está reconhecendo existir um problema e que precisa de ajuda especializada para encontrar uma forma de superá-lo. Não tem nada a ver com debilidade, ao contrário. É como reafirmar um compromisso com o seu bem-estar.

O psicólogo é o profissional que conta com os conhecimentos teóricos e práticos para intervir em situações assim, ajudando a pessoa a chegar à origem dos problemas e avançar, seja na superação de sintomas, no autocontrole ou no autoconhecimento.

2) Falar é o que resolve os problemas psicológicos

É evidente que a sensação de ser escutado, de ter um espaço para falar do que dói, entristece ou incomoda, é bastante reconfortante. Mas muita gente confunde o alívio que pode trazer falar sobre um problema com a solução do mesmo.

Um acompanhamento psicológico não é passivo, não se trata somente de falar e ser escutado. A maior parte dos problemas que levam uma pessoa a um consultório de psicologia é concreta e objetiva. Por isso, tanto o psicólogo como o paciente precisam estar implicados na busca de soluções e em como colocá-las em prática.

3) A hipnose tem o poder de controlar a mente

A hipnose não tem nada a ver com aquilo que, às vezes, aparece na TV. Não serve para controlar uma pessoa e obrigá-la a fazer o que não quer.

É um recurso para se chegar a um estado alterado de consciência e, nele, trabalhar com a sugestão para acessar memórias bloqueadas, liberar lembranças, chegar às origens de um problema e entender o comportamento de uma pessoa.

Pode ser utilizada como ferramenta durante uma psicoterapia. Para isso, o profissional precisa ter um registro específico.

4) Existe um cérebro emocional e outro racional

Muita gente acredita que coexistem, na nossa cabeça, um cérebro racional e outro emocional. As pessoas que utilizam mais o hemisfério esquerdo seriam mais lógicas e analíticas. Por sua vez, as que utilizam mais o hemisfério direito seriam mais criativas e emocionais.

Não é bem assim. O que pode ter suportado esse tipo de mito é o fato de algumas áreas do encéfalo, mais próximas ao tronco encefálico e ao sistema límbico, estarem mais ligadas aos processos emocionais, especialmente se comparadas zonas mais superficiais do cérebro como o lóbulo frontal.

Mas é uma simplificação pensar que nosso cérebro funciona assim. Todas as partes trabalham de forma conjunta e é impossível saber se um padrão de ativação de neurônios é racional ou emocional. Além do mais, ressonâncias magnéticas funcionais comprovam que os dois hemisférios trabalham por igual.

5) Os sonhos têm significados ocultos

Os sonhos teriam a capacidade de revelar verdades ocultas? Muitas pessoas acreditam que sim, e é possível que esse seja um dos falsos mitos mais difundidos.

Mesmo sem haver uma teoria que explique exatamente o que acontece nos sonhos, a formulação mais aceita no campo científico é a de que os sonhos são representações, mais ou menos confusas; um esforço do cérebro de ordenar a informação e as experiências por ele arquivadas.

Não há qualquer motivo para supor que os sonhos signifiquem algo concreto que vá mais além que a interpretação que cada um faça deles, partindo de sua própria vivência e potencial criativo.

6) Os opostos se atraem

Trata-se de algo que sempre se fala, como se fosse um padrão nas relações: os opostos se atraem, o vínculo é forte e as pessoas envolvidas na relação são felizes justamente pelo fato de serem tão diferentes.

Partindo do pressuposto de que cada relação é um mundo e que não há fórmula mágica para alcançar o sucesso, vale lembrar que estudos realizados sobre o tema indicam que, quanto mais similares forem as personalidades, mas chance de que haja atração e vínculo, seja amoroso ou de amizade.

7) O tempo cura qualquer problema

Todos sabemos que o tempo é um aliado: ajuda a ver as coisas sob uma nova perspectiva e a serenar emoções. Mas, por si só, não tem propriedades terapêuticas.

Isso quer dizer que há situações em que o passar do tempo serve apenas para tornar o problema mais crônico. Daí a importância de reagir e buscar ajuda, nos familiares, amigos e profissionais especializados.

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Há muitos outros mitos populares ao redor da psicologia. Compartilhe com a gente nos comentários outros que não foram citados aqui.

Fotos: por MundoPsicologos.com

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