Refazer o casamento ou viver uma paixão

Feita por >Kelly · 23 abr 2015 Terapia de casal

Fui casada por mais de 15 anos com um homem íntegro, muito trabalhador, dedicado à família. Temos duas filhas. Nossa relação sempre foi baseada na responsabilidade, me casei muito jovem. Saíamos mais para comer e viajávamos todo ano. Tínhamos uma vida financeira estável, casa e carro bons, contas pagas em dia. Ele é uma excelente companhia... divertido, gentil, mas não há paixão. Tenho um sentimento por ele de extremo amor, quase fraternal. O sexo seria uma obrigação e acho que ainda sou jovem demais para isso, tenho 35 anos.

Eis que um dia me apaixono e aí sim conheci a loucura de uma grande paixão. Ele me deixa atônita, gostamos das mesmas coisas, de atividade física, samba. O sexo é dos deuses! Porém, ele é um homem instável e não muito gentil, se comparado ao primeiro, que sempre me serviu, sempre fui mimada pelo ex-marido e sinto falta dessas gentilezas. Ele não tem responsabilidades... o que mais me preocupa. Trabalha só pensando em beber e sair e odeio bebida. Ele não é agressivo comigo, mesmo quando bebe, apesar da fama de briguento.

Por conta dessa paixão desenfreada, me separei, meu ex tentou o suicídio e ele ainda não refez a vida. Não me ajuda financeiramente com as nossas filhas porque está trabalhando para sobreviver, está dependendo da boa vontade das pessoas. Vivo fazendo contas e não entro com pedido de pensão por compaixão a ele. Ele disse que eu era o motivo da determinação dele, sem mim não há motivo para nada.

Minha paixão foi interrompida recentemente.

Hoje me pergunto: o que vale a pena... viver loucamente esse sentimento que me tira até a lucidez ou viver uma vida serena, onde as minhas filhas serão as maiores beneficiadas, além daquele que sempre foi uma pessoa íntegra. Pequeno detalhe... o sexo certamente será um enorme problema nessa perspectiva de retorno, porque experimentei uma relação praticamente impossível de encontrar em outro homem. A razão diz para retomar o casamento, entre outras razões, por ter um parceiro para dividir as responsabilidades com as filhas, que são muitas.

Não vejo grandes perspectivas de futuro com a minha paixão daqui 15 anos. Ele quer filhos e eu não mais. Tenho medo porque sei o quanto custa, emocional e financeiramente, criar bem um filho. Mas meu coração o quer, a cada segundo, mesmo sabendo de todos os problemas...

Detalhe: eu, meu ex e minha filha nos agredimos por conta da separação. Ele me agrediu e ela saiu aos tapas com ele para me defender. A nossa filha não fala com ele. Me sinto culpada por tudo que aconteceu com ele, porque sempre foi um bom homem e hoje está aos trapos.

Qual é o preço que devo pagar? Viver com essa culpa pelo futuro incerto do meu ex, que como ele mesmo diz, acho que a sina dele é trabalhar. Ou me jogar e arcar com as consequências por simplesmente querer amar?

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A melhor resposta 27 ABR 2015

Oi Kelly. A paixão é algo que tem prazo de validade e não costuma passar de 2 anos. O amor é um sentimento diferente, firme e duradouro. Você descreveu com precisão o que se passa com uma paixão. As coisas que nos incomodam o outro não tem importância. O sexo passa a ser o ponto central e a paixão nos faz ver que é o melhor de todos os tempos, até vir uma nova paixão. Um casamento de 15 anos pode levar a relação a uma rotina destruidora, enquanto a paixão é a aventura. A questão do sexo, num eventual retorno ao seu casamento, é algo que precisa ser conversado e muito. Você deixa claro que pode ser melhor e mais prazeroso para ambos, mas nunca compare, nem fale nada a respeito de outro homem. Kelly, se você ler o que escreveu aqui, vai ver que as coisas estão claras para você. Pense em você e naquilo que for melhor para você, mas decida com calma. Você quer mesmo se separar judicialmente? Será que isso tem de ser urgente? Dê mais tempo para as coisas se assentarem e depois decida pensando naquilo que for melhor para você. Se não der conta de tudo sozinha, não tem problema, procure um(a) psicólogo(a). Abraço.

Sergio Manzione Psicólogo em Salvador

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28 OUT 2015

Kelly, parece que você foi de um extremo ao outro. A escolha de um companheiro(a), é reflexo da nossa estrutura interna. Um casamento todo certinho e responsável mas sem paixão e outro apaixonante mas sem segurança. Acho que a segunda escolha foi uma compensação de um controle extremo anterior, mas nenhum dos dois te dá paz, equilíbrio entre sentimento e sexo, essencial para uma vida feliz em casal.

José Carlos Bastos Psicólogo em Rio das Ostras

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15 MAI 2015

Olá Kelly, primeiramente é importante ter em mente que a vida é feita de escolhas. Quando uma relação não está de acordo com nossas expectativas é importante estar ciente disso e procurar discutir com o parceiro sobre as necessidades de cada um e como chegar a um consenso. O que ocorre é que muitas vezes as pessoas buscam uma válvula de escape, no seu caso uma relação extraconjugal, que desenvolve uma série de problemas (consequências diretas e indiretas da sua escolha). São essas escolhas que constroem sua vida, ou podem destruí-la, por isso é preciso estar bem ciente delas. Você deve analisar o que é melhor para você, o que você realmente deseja, quais suas necessidades. Só reconhecendo esses fatores fica mais claro escolher.

Leonardo Viana de Vasconcelos Martins Psicólogo em Fortaleza

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14 MAI 2015

Sra Kelly nem tudo é perfeito. A sra fez suas escolhas e a vida é feita dessas escolhas. Existem decisões tomadas cônjugesnas relacoes conjugais que são impossíveis de voltar atrás, principalmente quando um dos cônjuges descobriu e viveu o amor verdadeiro, selvagem, enlouquente, nada será igual ao que vc viveu com o seu ex, e nada será igual ao que vc está vivendo hoje. Agora, nenhum ser humano vive somente de cama, de samba, de diversão, existe o lado da responsabilidade, do comprometimento, do companheirismo, da divisão do que é bom e ruim, e parece que o seu companheiro atual quer somente o lado bom do casamento. É muito cômodo separar e achar que o outro deva cumprir com as obrigações de pai sem ao menos dar a ele o direito de escolha, em ficar com os frutos dessa união que se rompeu. Vc tirou tudo dele e acredita que este homem possa recebe-la de volta sem nenhuma cobrança futura? Não se engane minha querida Kelly, esse homem está sofrido, magoado, foi trocado, seu brio de homem está ferido. Tenha cuidado com suas escolhas e boa sorte!

Consultório SoPsicologia Psicólogo em Rio de Janeiro

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6 MAI 2015

Boa tarde, Kelly !
A vida sempre nos apresentará inúmeras possibilidades na vida e toda escolha implica em bônus e ônus. Talvez fosse interessante você se questionar e refletir sobre o que a escolha por uma ou outra opção lhe proporcionará. O que cada escolha significa para você e até aonde você gostaria de chegar ou de pagar com ônus para colher o bônus ou até aonde o bônus compensará o ônus ?
Sds
Dielson Rocha

Dielson Rocha Psicólogo em São Paulo

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27 ABR 2015

Bem, lendo o que tu me escreveste, pareces ser uma mulher que está se questionando e querendo se olhar com o cuidado e carinho devido para poder levar em consideração todas estas possibilidades que descreveste. Não é uma tarefa simples, mas que precisa ser considerada, afinal, é sobre você que estás falando e apesar de não conhecer mais a fundo a tua história, como tu disseste, és uma mulher que foi uma esposa, mas com amor fraternal; uma namorada vivenciando uma paixão, que apesar de intensa, permeada por muitas incertezas; que és uma mãe que quer o melhor para as filhas (além de outros papéis que não entraram em questão). Ou seja, é como poder pensar que a melhor escolha quem sabe não precise ser nem o viver com culpa pela forma de como o teu ex-marido pôde lidar com a separação e nem a que tu te jogues na paixão... mas para poder organizar todas estas ideias vais precisar que tu te dê um tempo pra ti, pra olhar pra ti. Uma decisão imediata talvez implicasse em sentimentos que ficariam difíceis de dar conta. Entendo que a angústia deva ser muito grande, mas achas que seja possível de tu tentar? Porque não há respostas prontas, a resposta para a tua pergunta, tu vais encontrar na medida em que tu fores dando um sentido de como tu te sentes diante de cada um deles.
Espero ter te ajudado pelo menos com um início, um norte para tu pensares.

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24 ABR 2015

Olá Kelly em primeiro lugar parabéns por estar procurando ajuda.
Você descreve duas situações bem distintas, e a escolha se faz necessária. Acredito que o ideal é você procurar um profissional para que os detalhes de toda a situação possa ser compreendida e assim fazer a melhor escolha. Falarei alguns pontos que são importantes a serem pensados, mas o ideal é fazer uma psicoterapia.
1 - Para você, o que é um relacionamento conjugal ideal?
2 - O que você busca em um relacionamento?
3 - O que você espera de um companheiro?
4 - O que você tem a oferecer?
5 - Analise se o que você tem a oferecer é o que o seu companheiro espera receber, e se o que ele tem a te oferecer é o que você deseja receber?

Pelo o que você descreveu, o seu primeiro relacionamento sempre foi muito bom, mas sexualmente estava deixando a desejar, por outro lado, com este novo relacionamento, sexualmente é muito bom, mas somente isto!

Um relacionamento se desenvolve por um conjunto de fatores, e não podemos dizer qual é o principal, pois isto depende de cada pessoa. Contudo é fundamental para que o relacionamento se desenvolva que haja equilíbrio entre os vários fatores presentes num relacionamento.
Pense sobre o que foi citado, e procure um profissional para que você possa ter consciência dos fatores envolvidos na situação e sua escolha seja a melhor possível.

Conhecer e Agir Psicólogo em São Paulo

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24 ABR 2015

Bom dia, Kelly!
Vivemos de escolhas e, a cada escolha, abrimos mão de muitas outras para usufruir da que foi eleita como prioridade! No seu caso, você está dividida entre razão e emoção. Pese as consequências em longo prazo, de cada situação, e veja o que vai te trazer mais segurança emocional. Só reflita sobre a seguinte frase: Não se pode ter tudo! Além disso, você está, emocionalmente, fragilizada e este é o momento de buscar apoio profissional. Consulte um psicólogo! Um abraço.

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24 ABR 2015

O melhor seria você iniciar sua psicoterapia. Através dela encontrará opções de que caminho tomar em sua vida. Nenhum psicoterapeuta tomará decisões por você, mas poderá esclarecê-la e dar o apoio de que necessita. Não existe opções/escolhas sem perdas.

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24 ABR 2015

Boa noite Kelly. Só você poderá responder essas perguntas. Qualquer relacionamento requer custo e perdas. Um apoio psicológico te ajudará a escolher o melhor caminho. Saudações, Célia Jovanka.

Célia Jovanka Psicólogo em Rio de Janeiro

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24 ABR 2015

Boa noite! Kelly, seria interessante repensar os sentimentos envolvidos nesta relação. O que sente por si mesma, quais são suas expectativas com relação ao seu marido, família, filhos e futuros relacionamentos. O trabalho de autoconhecimento seria interessante para refletir sobre essas questões. Uma psicóloga, poderá te ajudar com estas questões. Atenciosamente, Psicóloga Mariéle

Psicóloga Mariéle Psicólogo em São Paulo

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23 ABR 2015

Boa tarde, Kelly.
É uma situação que exige mais clareza, se há dúvida você deve pensar melhor antes de tomar sua decisão.Um processo terapêutico seria muito importante uma vez que poderia entender todos esses sentimentos e tomar uma decisão de forma mais clara. Procure um psicoterapeuta na sua região. Grande abraço!

Andreza Fonseca Psicólogo em Belo Horizonte

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