Eu me casei muito nova, com 18 anos. Nesse mês farei 10 anos de casada. O meu marido é um homem perfeito, muito prestativo, me coloca num pedestal. Mas de uns 4 anos pra cá, tenho dúvidas quanto ao nosso relacionamento, sinto que o amo, mas não como marido e sim como alguém que é da minha família. Há uns 2 chegamos a cogitar a separação, fui embora, mas acabei voltando logo depois. Chegamos num consenso que a relação ficaria aberta, mas somente pra ele. Depois de todo esse tempo que nós resolvemos e agora estou cheia de dúvidas, esse pensamento de separação vai e volta praticamente todo ano, não consigo sentir atração física por ele mais, chegamos a ficar meses sem transar. Quero me separar mas tenho medo de me arrepender. Não sei o que fazer
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17 MAR 2023
· Esta resposta foi útil a 4 pessoas
Oi Fernanda
Como assim, relação aberta só para ele?
Voce tem a liberdade para fazer sempre novas escolhas, mas saiba que cada escolha tem seus resultados/ consequências.
Não há como outra pessoa decidir por voce.
Diante de uma decisão tomada, os resultados virão, não há o que mudar nisso.
O que voce quer na vida? Quer sofrer ou se realizar? Quer manter este relacionamento e ficar frustrada, aguentando a companhia de uma pessoa que não tem mais atração? O que será que mudou entre voces que te fez perder a atração?
O que voces não estão se falando? Por medo ou por vergonha ou por ...
Identifique as causas do porque está tendo estes resultados da tua vida com ele... sem esta aprendizagem, a escolha poderá ser um novo fracasso e maior que este. Pode acontecer que o diálogo faça voces evoluírem e compreenderem que podem continuar juntos.
Se necessário, façam terapia de casal para terem clareza e superação de si mesmos, pouco importa se ficam juntos ou não.
Abraços
Saudações!!!
É muito importante que vocês conversem sobre esse momento de forma madura e aberta, onde cada um possa expor seus verdadeiros sentimentos (de forma gentil) e a partir dai decidirem o que é mais adequado para cada um e para o casamento. Podem também procurar a ajuda de um(a) psicólogo(a) para mediar essas intenções. Em relação ao arrependimento é muito comum que ele surja, no entanto preciso me perguntar: o que espero dessa relação? Tudo tem preço e é interessante conhecer que preço você está disposta (e é possível) pagar!
O casamento não é algo estático. Exige manutenção constante e disposição para reagrupar e reconsiderar um problema se algo não estiver funcionando bem. È necessário estar comprometido com a relação e comprometimento vai muito além de estar com o outro, comprometimento é estar pronto para lutar junto quando as adversidades surgirem. Alguns casais perdem a paixão e, com isso, a intimidade diminui. O desinteresse pode durar muito tempo e é um problema que não é facilmente detectado. Com o passar do tempo, a falta de interesse e intimidade faz com que o casal não fique mais atento um ao outro, ou seja, o casamento pode não fazer mais sentido, porque há a impressão de que não exista mais amor. Esse é um dos fatores determinantes para que surja o interesse de um dos cônjuges por outras pessoas, o que pode levar a traição, atitude que cada vez mais destrói casamentos.
Por pior que o cenário esteja, a crise matrimonial não significa o fim do relacionamento. Com boa disposição e com os meios adequados, é possível superar as dificuldades e fortalecer a relação. A terapia de casal pode ajudar a ver a situação de forma mais objetiva, desconstruindo ideias equivocadas através de métodos e ferramentas. Como cada cônjuge tende a dar um enfoque diferente ao problema, um orientador pode canalizar os pontos de vista diversos para encontrar uma solução.
Olá Fernanda! Obrigado por escrever. Atitudes dessa amplitude devem ser tomadas com formação de posições firmes, antevendo, o melhor possível as ações e seus desdobramentos. De fato, casar-se aos dezoito anos, em cultura complexa, com expectativas de apropriações científicas, sociais e culturais complexas, não é idade que permite, tempo, vivência, experiência e maturação. De outro lado casamento consolidado precisa ser refletido. Casamento sem sexo, ou com pouco sexo, é complexo. Mais complexo ainda é administrar as chamadas relações abertas.
Será prudente que você, com mente aberta, persistência, disciplina e regularidade, conte com a assessoria científica de um de nós, psicólogos, para que construa convicções enriquecidas e fundamentadas.
Estarei a disposição.
Abraços! A Covid, a Dengue, exigem cuidados e atenção. Vacine-se, vacine as crianças. Valorize mais a Ciência. Ela não é perfeita mais permite avanços. É impressionante como falsos políticos e falsos religiosos usam a fé dos mais simples. Cuidemos do atual resgate da civilização e da democracia. Não há meios de comunicação neutro ou perfeito, mas há instituições mais sérias, mais abertas. Verifiquemos as informações com maior critério. Vejamos o que falam as TVs educativas, os canais abertos com maior tradição de cultura. Valores aprimorados por décadas, não podem ser descartados por interesses de pequenos grupos radicais. Não fortaleça terroristas, bárbaros e antidemocráticos.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
Estar dentro de um relacionamento duradouro não é fácil a ninguém. Requer esforço, dedicação e escolher estar compartilhando o dia-a-dia ao lodo de um alguém. O amor é diferente da paixão e desejo. Porém vocês podem se resignificar dentro dessa relação, buscando a terapia de casal, atividades que possam ser prazerosas para os dois e ter tempo também para o individual dentro dessa relação com respeito e limites
Olá Fernanda.
Parece que o seu relacionamento precisa de amadurecimento para que reflitam com bastante responsabilidade sobre o que cada um espera do outro. O profissional com a escuta ativa vai levá-los a entender o que está acontecendo e como a dinâmica do relacionamento os prende na relação mesmo estando desgastada. A terapia de casal poderá auxiliá-los nessa caminhada. Se possível procurem um psicólogo na área da sexualidade. Fico à disposição para aprofundar os temas abordados aqui em terapia.
Maria Nair
Psicóloga
