Não gostar de convivência social

Feita por >João · 30 mai 2021 Habilidades sociais

Bom dia! Tenho mais de 30 anos, casado e 2 filhos. Não tenho vontade alguma de convivência social. Frequentemente sou "forçado" a ir em eventos, tipo churrascos e festas por minha esposa. Não sinto angústia ou algo do tipo, apenas não tenho vontade mesmo. Não vejo sentido. Pessoal bebendo, falando de BBB, jogo de futebol e afins, além do burburinho e música alta, que me incomodam muito. Até tento entrar de alguma forma no assunto pra manter o protocolo, mas é complicado, não consigo sustentar. São intervenções pontuais. É uma perda de tempo e energia, poderia estar lendo, vendo um filme. Os assuntos que gosto não rendem conversas. O que me incomoda não é que eu queira interagir, mas apenas a reação da minha esposa. Sei que ela fica incomodada. Nunca fui de ter amigos. Sempre isolado na escola. Tinha geralmente um amiguinho mais próximo, mas mesmo assim o contato era apenas na escola. Adolescência só estudei, sem qualquer contato amoroso, sequer um beijo. Minha primeira namorada foi aos 27 anos (minha esposa). Minha esposa diz que tenho meu próprio mundo, que se eu pudesse seríamos apenas nós 4 e o computador. No trabalho tenho um ótimo desempenho, na maior parte do tempo as tarefas são desempenhadas por computador. Tecnologia é o meu principal foco de interesse. De resto, gosto de sossêgo, ambientes calmos, sem agito e barulho e sem muita luminosidade (meu filho mais novo brinca que gosto de caverna). Já teve situação em viagem que tive que parar o carro por estar passando mal com a gritaria das crianças no banco de trás. Em casa também, fico desnorteado com gritaria e correria. Por outro lado, gosto de filmes e o barulho do cinema não me afeta em nada. Também tenho hipersensibilidade à dor.
Enfim, pelo relato, posso considerar que levo uma vida "normal", sendo apenas o meu jeito, ou seria aconselhável buscar auxílio?

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A melhor resposta 2 JUN 2021

Olá João.
Grata por sua participação.
É muito importante que você esclareça essa questão pois conforme os resultados você poderá entender não só o seu comportamento mas também poderá talvez ajudar outros familiares com dificuldades similares.
Para obter um diagnóstico você deve procurar um especialista neurologista ou psiquiatra que poderão fazer a pesquisa do seu histórico familiar e de comportamentos. Se possível procure um profissional com experiência em Autismo. Esse profissional saberá como conduzir a pesquisa e dará além do diagnóstico os esclarecimentos necessários que com certeza irão deixá-lo bem mais confortável em relação às cobranças. O profissional também fará, se necessário, outros encaminhamentos e orientações à sua esposa e filhos.
Fico à disposição.
Psicóloga cognitivo Comportamental Maria Nair de Castilho Ramlow

Maria Nair Psicólogo em Curitiba

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31 MAI 2021

Bom dia João.
Vc parece estar bem, a questão são os seus familiares.
A socialização faz parte da evolução humana, na época das cavernas havia reuniões e festejos.
Acredito que vc possa negociar com seus familiares sobre eventos que exijam sua presença, caso isso seja um drama, o apoio psicológico pode ser eficaz.
Célia Jovanka.

Célia Jovanka Psicólogo em Rio de Janeiro

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31 MAI 2021

Olá João! Obrigado por escrever. Seu relato apresenta alguns componentes interessantes: primeiro, convivência social é uma necessidade, não é e não pode ser questão de gostar ou não. Certamente, na origem, todos gostam. A questão é que, através de avalanches superficiais de mídias, uma grande parte da população fala sobre banalidade, sem vincular com vivências ou construções. Caso observemos a história do local de morada das pessoas ao longo da história, veremos que não tínhamos televisão, telefone, internet, água encanada, populações urbanos. As pessoas do sítio, com necessidades mais básicas, fazendo os devidos movimentos corporais, com intenção objetiva, morando longe uma das outras, tinham tempo, espaço para ponderar a a necessidade de elaborar a utilidade da comunicação.
Será interessante você procurar ajuda para compreender que a convivência, você goste ou não, será necessária, para que, no futuro, você mantenha saúde e vida plena. Também será interessante você ver que é possível escolher vínculos com falas e trocas mais edificantes.
Outro aspecto a considerar é que filmes e barulhos do cinema, são audições e visualizações passivas, que você não modifica, a não ser na fantasia.
É necessário ação real, física e mental.
Espero ter ajudado. Estarei à disposição para esclarecimentos e aprofundamentos que se fizerem necessários.
Abraços virtuais (em tempos de índices elevadíssimos de pandemia - o Brasil tem o pior do mundo, façamos fechamento total por quinze dias, para que obtenhamos os mesmos benefícios que Araraquara, tanto para a economia, quanto para a saúde. Utilizemos máscara, higiene, distanciamento físico, vacina obrigatória e rápida para todos e por todos, para que obtenhamos os mesmos benefícios que Serrana - SP) senso de comunidade, empatia, Ciência!)

Ary Donizete Machado - psicólogo clínico.

Ary Donizete Machado Psicólogo em Limeira

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31 MAI 2021

Oi João,
Diante do que escreveu, me parece que seu comportamento está ligado a Síndrome da sensibilidade a sons. Talvez seu comportamento antissocial, é uma defesa para evitar lugares onde tenha muita conversa, música alta, luz e agitações.
Entendi que não te afeta não ter convivência social, mas pode ter consequência na relação com seus filhos e sua esposa.
Mas é preciso fazer uma avaliação mais profunda, para entender melhor seu comportamento.
Fico à disposição caso queira se aprofundar no assunto.
Um abraço.
Rute Martins - Psicóloga Clinica

Rute Martins Psicólogo em São Paulo

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