Depois que fui a uma psicóloga e ela me disse que a maior causa dos meus gatilhos é minha mãe, não consigo mais ter calma com ela, ela é carinhosa e me ajuda sempre, mas as vezes ela me humilha de formas horríveis, me expondo, me xingando, e até jogando confidências que dividi com ela na minha cara e na frente de outras pessoas, mesmo que eu fale que isso é errado ela diz que a vida é assim e ponto. Mas agora toda vez que ela faz algo do tipo só consigo sentir ódio e desprezo da vontade de nunca mais olhar na cara dela e nem falar com ela, mas ainda assim tenho consciência que ela é boa, mas quando eu atendo as expectativas dela. Como faço para controlar esse sentimento de ódio e desprezo pela minha mãe?
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26 ABR 2022
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O controle nunca é a resposta para o mundo das emoções. Controlar é como você varrer sua casa, mas colocar a sujeira debaixo de um tapete... Em algum momento aquele tapete será movido e toda a sujeira exposta.
O que eu poderia responder a você é: reconheça quem sua mãe é (você nessa descrição, parece mostrar que sabe muito bem como sua mãe funciona), cabe agora você agir conforme seu conhecimento. Se ela compartilha suas coisas, pare de compartilhar com ela.
Boa tarde EuJ, respondendo a sua pergunta, apenas posso sugeri que, retorne a terapia e converse com a psicóloga sobre todas essas questões, "fui a uma psicóloga e ela me disse que a maior causa dos meus gatilhos é minha mãe", pois, essas questões fazem parte do processo terapêutico, seu novo olhar sobre essa situação já vivida tantas vezes, e todas emoções e sentimentos despertados. Retorne a terapia.
EuJ
Primeiro, voce precisa se conhecer, conhecer como voce funciona, como a sua mente funciona, qual a sua forma de amar e de se relacionar. Cada pessoa é diferente
Segundo, precisa ver se voce está funcionando nos seus recursos ou se está na zona de sofrimento.
Terceiro, vou contradizer o que a sua terapeuta falou: o problema não é sua mãe... o problema é voce que não sabe lidar com a situação que enfrenta. Voce não tem poder sobre a sua mãe e ela não vai mudar; mas, voce pode mudar.
Voce é dona da sua vida e pode sempre fazer novas escolhas.
Precisa fazer psicoterapia, precisa fazer análise corporam para saber como a sua mente se organizou para atuar no mundo.
Abraços
Bom dia, EuJ,
Parece que seu ou sua terapeuta não soube trabalhar com você estes gatilhos, te fazendo inverter os valores e culpar sua mãe por tudo.
Que tal pensar melhor neles, pra que não sejam gatilhos de "ódio e desprezo", mas gatilhos de aceitação e superação?
Hoje você sabe o que aconteceu no passado, e seja como for, a relação de vocês já não é, e nem será a mesma que antes, e é assim que as coisas acontecem quando amadurecemos.
O foco agora deve ser você, melhorar e superar estas adversidades pra encontrar o caminho da SUA superação. Primeiro cuide de, e só depois preste atenção na sua mãe.
Costumo dizer que ninguém erra de propósito quando o assunto é a criação dos filhos. Fazemos o melhor que podemos com o que temos.
Hoje você é uma pessoa crescida, assumindo o controle da sua vida.
Diminua o valor dos gatilhos, agora que está conseguindo identificá-los, até que não possam mais te controlar. Até que SUA MÃE não tenha mais poder sobre você, e esteja finalmente livre pra viver da maneira que achar melhor.
Se quiser conversar melhor, estou à disposição.
É possível que esses sentimentos de ódio e desprezo venham de uma revolta instaurada a partir do momento em que você, talvez, tenha culpabilizado sua mãe pelos seus males, mas ela não teria como ser diferente, por mais que se possa acreditar que seria melhor se ela não tivesse esse outro lado desagradável. Na verdade, trata-se muito menos de ela ser o que é e muito mais das reações que você tem perante o comportamento dela, ou seja, como você lida com todo esse lado de imperfeições da sua mãe e culpabilizá-la pelos seus males pode estar servindo para te manter inerte sobre esse trabalho de desenvolver meios de lidar com sua mãe. Enfim, não se trata de controlar seus sentimentos de ódio e desprezo, mas de assumir a responsabilidade de lidar com esse lado desagradável da sua mãe que pode render frutos.
Olá EuJ! Grato por escrever. Dificilmente há uma causa claramente preponderante que esteja sozinha. Quando essa causa é externa (por exemplo: a mãe), significa que não há controle interno, falta de autonomia. O jeito que você descreve tua mãe sugere que você a entende como uma mãe normal. Ela é carinhosa, ajuda sempre; por outro lado, as vezes humilha, expõe. São características bastante comuns em mães e pais, vistas como administráveis, até certo ponto.
Diante disso será importante você fortalecer os delimitadores da tua identidade, consolidar tua verdade interna.
Possivelmente você está vivendo troca social insuficiente. Caso seja, procure aprimorar interações com colegas e conhecidos, faça atividade física regular, posicione-se diante de estudos e trabalho, com a melhor consistência possível.
Estaremos a disposição para aprofundamentos.
Abraços virtuais (em tempos de pandemia verdadeira, de maioria de falsos políticos, de grande maioria de falsos religiosos - atores, comerciantes da fé, opositores do conhecimento - até de alguns falsos cientistas, sigamos as recomendações de instituições como: Anvisa, Tvs Educativas, Universidades Públicas, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Organização Mundial da Saúde!)
Vacine-se! Vacine as crianças! Seja sensato com a máscara e com o enriquecimento afetivo, mantendo o adequado distanciamento físico.
Olá
Não gosto muito da ideia de que temos que "controlar" um sentimento. Não somos um cérebro dando ordens a um corpo. Acredito que a melhor saída seria buscar compreender esse sentimento. Aparentemente a fala da outra psicóloga te marcou muito nesse sentido, então talvez buscar entender como isso te afetou, pode ser uma forma de compreender. Além disso, retornar a um processo de terapia pode te ajudar não só a compreender esse sentimento, mas a reestruturar a tua relação com a sua mãe. Podemos até pensar na possibilidade de chama-la a sessão e conversar sobre coisas que poderiam melhorar na relação de vocês.
